Vesícula biliar
A vesícula biliar é um órgão anexo presente no organismo humano em forma de pera. Armazena até 50 ml de bile (bílis, em português europeu), que é utilizada no sistema digestivo, não sendo responsável por sua produção.
Vesícula biliar | |
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Vesícula biliar sendo representada pelo número cinco. | |
Esquema mostrando a vesícula biliar e órgãos próximos | |
Detalhes | |
Sistema | Sistema digestivo |
Vascularização | Artéria cística |
Drenagem venosa | Veia cística |
Inervação | Gânglio celíaco, nervo vago[1] |
Precursor | Foregut |
Identificadores | |
Latim | vesica fellea |
Gray | pág.1197 |
Anatomia
editarA vesícula biliar tem cerca de 7–10 cm de comprimento em humanos e tem uma aparência verde-escuro devido ao seu conteúdo (bile), não ao seu tecido. É conectada ao fígado e ao duodeno através do trato biliar.
- O ducto cístico sai da vesícula biliar e se une ao ducto hepático comum para formar o ducto colédoco (ducto biliar comum).
- O ducto colédoco então se une ao ducto pancreático e entra no duodeno através da Ampola hepatopancreática (de Vater) na papila maior do duodeno (de Vater).
É vascularizada pela artéria cística que normalmente é um ramo direto da artéria hepática direita.[2]
Anatomia microscópica
editarA vesícula biliar é constituída por quatro camadas, estruturalmente distintas:
- Camada mucosa — formada por epitélio cilíndrico simples com microvilosidades e lâmina própria;
- Submucosa e muscular da mucosa — ao contrário de outras estruturas do trato gastrintestinal, a vesícula biliar não possui as camadas submucosa e muscular da mucosa;
- Camada muscular — constituída por tecido muscular liso, que contrai involuntariamente com a colecistoquinina produzida no intestino, o que provoca a secreção da bílis;
- Camada serosa ou adventícia — é muito pequena, dificilmente vista.
Função
editarA vesícula biliar armazena bile, que é lançada apenas quando o alimento que contém lipídeos (gordura) entra no trato digestivo, estimulando a secreção de colecistoquinina (CCK). A bile emulsifica gorduras e neutraliza ácidos na comida parcialmente digerida.
Depois de ser armazenada na vesícula biliar, a bile se torna mais concentrada do que quando saiu do fígado, aumentando sua potência e intensificando seu efeito nas gorduras. A maior parte da digestão ocorre no duodeno.
Doenças
editarAs doenças mais comuns da vesícula biliar são a colelitíase e a colecistite. Muito raro, o cancro de vesícula biliar possui um prognóstico ruim.
Colelitíase
editarA colelitíase é uma doença na qual há acúmulo de pedras (cálculos) na vesícula biliar.
Colecistite
editarA colecistite é a inflamação da vesícula biliar. Pode ser causada por cálculos. Em seu exame pode ser encontrados seios de Rokitansky-Aschoff.
Cancro de vesícula biliar
editarUm tipo raro de cancro é o cancro de vesícula biliar. É raramente detectado precocemente, pois muitas vezes a detecção é acidental através de ultrassom. Possui um prognóstico ruim se for detectado tardiamente, mesmo se a pessoa for tratada com a remoção da vesícula biliar. O risco de cancro da vesícula biliar aumenta quando os seguintes fatores (combinados ou não) estão presentes com pólipos: pedras na vesícula, idade maior de 50 anos, pólipo com diâmetro maior de 10 mm, pedículo prolongado do pólipo.
Referências
- ↑ Ginsburg, Ph.D., J.N. (22 de agosto de 2005). «Control of Gastrointestinal Function». In: Thomas M. Nosek, Ph.D. Gastrointestinal Physiology. Col: Essentials of Human Physiology. Augusta, Georgia, United State: Medical College of Georgia. pp. p. 30. Consultado em 29 de junho de 2007. Arquivado do original em 1 de abril de 2008
- ↑ Nucleus Medical Media (2011). Anatomy of the Gallbladder. Smart Imagebase. Retrieved Apr 10, 2012, from http://ebsco.smartimagebase.com/anatomy-of-the-gallbladder/view-item?ItemID=663