A vibração flexional, também conhecida como vibração transversal, representa o modo de vibração mais complexo dentre os três principais modos de vibração (vibração longitudinal, vibração flexional e vibração torcional) em relação ao modo como a frequência de ressonância é afetada, não apenas pelo comprimento e secção transversal do corpo de prova, mas pela razão entre ambos.[1].
Para corpos de prova em formato de barras, é mais fácil excitar a vibração flexional do que a vibração longitudinal. E, sendo assim, a vibração flexional é a mais recomendada na determinação do módulo de Young de barras.
Uma barra apoiada livremente apresenta uma série de nós (locais cuja amplitude da onda é zero, ou seja, onde ocorrem interferências destrutivas) e antinós ou ventres (locais onde a amplitude atinge seu valor máximo, ou seja, apresentam interferência construtiva).
Para a menor frequência de ressonância chamada de frequência flexional fundamental (ou modo fundamental) os pontos nodais (amplitude zero) ocorrem a 0,224L de cada extremidade (sendo L o comprimento da barra), com os antinós ou ventres (amplitude máxima) localizados no centro e em cada extremidade.
Pela figura é possível observar que quando n = 1, os pontos nodais aparecem nas extremidades, (0,224L), enquanto que o máximo de amplitude localiza-se no centro da barra e em suas extremidades.
Portanto, as frequências flexionais surgem quando um corpo de prova no formato de barra encontra-se apoiado em seus pontos nodais (0,224L) e o mesmo sofre um impacto no centro ou nas extremidades (locais de maior amplitude da onda).[2]
Vários tipos de suportes são utilizados para apoiar corretamente os corpos de prova nos pontos nodais de acordo com sua geometria e tamanho e com auxílio de equações matemáticas[2] e equipamentos modernos obtém-se o módulo de Young com grande precisão.
↑ DAVIS, W.R. Measurement of the Elastic Constants of Ceramics by Resonant Frequency Methods. The British Ceramic, v. 67, n. 11, p. 515-541, 1967.
↑ abStandard Test Method for Dynamic Young’s Modulus, Shear Modulus, and Poisson’s Ratio by Impulse Excitation of Vibration; designation: E 1876 – 07. ASTM International, 2007. 15 p.
↑AZEVEDO, SAUTHER, Fábio, Esequia (2015). Análise de Fourier. Porto Alegre: [s.n.]