Viburnum treleasei

Viburnum treleasei Gand., comummente conhecida nos Açores como folhado[1] (não confundir com as espécies Clethra arborea[2] e Viburnum tinus, que também dão por este nome comum)[3] é uma espécie da família das Adoxáceas,[4] endémica no arquipélago dos Açores, onde é relativamente comum nos matos naturais de média altitude e ocorre em todas as ilhas, excepto na Graciosa.[1]
Viburnum treleasei | |||||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||||
![]() Quase ameaçada | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Viburnum treleasei Gand. |
A espécie é também conhecida pelos seus sinónimos taxonómicos V. tinus sensu Seub. (non L.), V. tinus var. subcordatum Trelease e var. lucidum Seub..
Etimologia
editarQuanto ao nome científico desta espécie:
- O nome genérico, viburnum, provém do latim, vīburnum, e era o nome comum no período clássico da espécie «rosa-de-gueldres».[5]
- O epíteto específico, treleasei, provém do neolatim, tratando-se de uma homenagem do botânico americano William Trelease.[6]
Descrição
editarTrata-se de um arbusto perenifólio, capaz de medir até 3–5 m de altura.[1]
O folhado é uma espécie de arbusto profusamente ramificada, pautada pelas suas folhas glabras, opostas, simples e inteiras, de feitio entre o oval e o ovado-orbicular, ou mesmo obtusas.[1] Estas folhas também apresentam uma coloração cor verde-escura brilhante na página superior, verde-pálido na página inferior, dimensionando-se entre os 8x5 centímetros.[1]
As flores do folhado organizam-se em corimbos terminais de feitio arrosetado, com 6 a 10 centímetros.[1] As corolas das flores são pentalobadas, e apresentam uma coloração branca ou cor-de-rosa.[1]
Floresce entre Abril e Junho.[1]
Os frutos são drupas de aspecto carnudo e subgloboso e coloração azul-escura brilhante, quando maduros.[1]
Ecologia
editarOcorre, preferencialmente, em florestas pluviais de bosques de louro e cedro-do-mato, entre e os 300 e os 800 m acima do nível médio do mar.[1] Também marca presença, embora mais rara e dispersa, em florestas de laurissilva basais e submontanheiras, taludes, orlas de estradas e caminhos.
Está presente nos matos de todas as ilhas, excepto a Graciosa.[1] É menos frequente no Corvo, Faial e Santa Maria do que nas restantes ilhas.[1]
Notas
- ↑ a b c d e f g h i j k l Elias, Rui Bento (2022). Guia prático da flora nativa dos Açores (PDF). Angra do Heroísmo: Instituto Açoriano de Cultura. pp. 392–393. ISBN 978-989-8225-74-0
- ↑ S.A, Priberam Informática. «Folhado - Dicionário Priberam da Língua Portuguesa». Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Consultado em 6 de dezembro de 2024
- ↑ S.A, Priberam Informática. «Folhado - Dicionário Priberam da Língua Portuguesa». Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Consultado em 12 de dezembro de 2024
- ↑ Antes da classificação filogenética APG o género era incluído na família das Caprifoliaceae.
- ↑ «vīburnum- ONLINE LATIN DICTIONARY - Latin - English». www.online-latin-dictionary.com. Consultado em 26 de maio de 2022
- ↑ WoS (14 de dezembro de 2023). «Opuntia basilaris var. treleasei (Bakersfield Cactus)». World of Succulents (em inglês). Consultado em 12 de dezembro de 2024
Ligações externas
editarReferências
editar- Erik Sjögren, Plantas e Flores dos Açores. Edição do autor 2001.