Vila Valqueire

bairro de classe média e média-alta da cidade do Rio de Janeiro

Vila Valqueire é um bairro de classe média[4] e classe média alta[5] localizado na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro.

Vila Valqueire
Bairro do Rio de Janeiro
Área 423,22 ha (em 2003)
Fundação 23 de julho de 1981
IDH 0,904[1](em 2000)
Habitantes 32 279 (em 2010)[2]
Domicílios 12 260 (em 2010)
Limites Praça Seca, Tanque, Jardim Sulacap,
Campo dos Afonsos, Marechal Hermes,
Bento Ribeiro, Oswaldo Cruz e Campinho [3]
Distrito Rio de Janeiro
Subprefeitura Barra e Jacarepaguá
Região Administrativa Jacarepaguá
Mapa

Limita-se com os bairros de Praça Seca, Tanque, Campo dos Afonsos, Jardim Sulacap, Bento Ribeiro, Marechal Hermes, Oswaldo Cruz e Campinho.[3]

Seu IDH, no ano 2000, era de 0,904, o 23º melhor do município dentre 126 bairros avaliados, sendo considerado elevado.[1]

História editar

A razão do nome desse bairro tem duas vertentes: Uma é que, no passado, foi o belo engenho denominado V alqueire (V = 5 em Romano), ou seja, 5° Alqueire depois que se tornou Vila Valqueire. O Engenho do V alqueire teve como um dos seus últimos ocupantes, Francisco Teles - avô materno de Geremário Dantas nascido naquele engenho. Os herdeiros de Francisco, em 1927, lotearam e arruaram, por intermédio de uma empresa imobiliária, as terras dessa situação, dando nomes de flores às suas ruas. O bairro, em que veio a ser transformado, continuou com o título do engenho: Valqueire. Colocou-se o indicativo Vila que, na atualidade, está começando a perder porque muitas pessoas dizem apenas, Valqueire.[carece de fontes?]

Em "As sesmarias de Jacarepaguá", por Raul Telles Rudge, entretanto se conta que a origem no nome veio do proprietário original do engenho que foi Antonio Fernandes Valqueire, chamando-se Engenho Valqueire, desmembrado das terras do antigo Engenho de Fora, e datado do seculo XVIII. A sede do engenho Valqueire ainda existe em ruínas. O Engenho do Valqueire teve como ocupante Francisco Teles, avô de Geremário Dantas (nascido no local). Os herdeiros de Francisco, em 1927, lotearam-no abrindo as ruas, por intermédio da Companhia Predial, dando o nome de Vila Valqueire ao novo bairro, em homenagem tanto ao ancestral Antonio Fernandes quanto ao próprio Engenho Valqueire.[6]

 
Imediações da Praça do Valqueire

Além da sede do engenho que ainda existe - totalmente arruinada - a mais antiga construção é a Igreja de São Roque, próxima à Rua Quiririm que no passado era denominada Estrada do Macaco. Atravessando as terras do engenho do mesmo nome, encurtava o caminho para o do Valqueire.

A Estrada Intendente Magalhães, que é a sua principal artéria e marca seus limites com os bairros de Osvaldo Cruz, Bento Ribeiro e Marechal Hermes, já foi chamada Real de Santa Cruz, porque fazia a ligação do palácio de São Cristóvão - no tempo do Império - à Fazenda Real de Santa Cruz. Também denominada, durante muito tempo, de Rio São Paulo. Por sua demarcação muitas vezes, passou Tiradentes quando vinha de Minas Gerais ao Rio de Janeiro.

O bairro abriga a tradicional Igreja de São Roque, o Santuário da Divina Misericórdia, um dos primeiros templos católicos do país a possuir este título. Possui um comércio em franco desenvolvimento, principalmente de agência de automóveis na Estrada Intendente Magalhães. Possui também algumas praças que resistem com o tempo como a Praça Saiqui e a Praça do Valqueire.

Possui um famoso colégio tradicional: o Colégio Pentágono, localizado na Estrada Intendente Magalhães, considerado um dos melhores colégios da cidade.

Polo Gastronômico e Cultural editar

 
Placa Informativa Polo Gastronômico Vila Valqueire

Nos últimos anos, uma grande quantidade de bares e restaurantes abriu as portas em Vila Valqueire, o que transformou o bairro em um reduto da vida noturna na região.[7]

Em 19 de dezembro de 2019 foi sancionada a lei nº 6688, que cria e estabelece o Polo Gastronômico e Cultural da Vila Valqueire, região compreendida entre a Praça Saiqui, Rua das Camélias, Rua das Dálias, Rua das Rosas, Estrada Intendente Magalhães, Rua Luiz Beltrão e Praça do Valqueire.[8]

Com o estabelecimento do Polo, a região ganha suporte do poder público com a adequação da mobilidade dos veículos e pedestres, estacionamentos, instalação de sinalização indicativa dos estabelecimentos que integram o Polo e inclusão no roteiro turístico da cidade.

Problemas editar

A Vila Valqueire possui um grande índice populacional. Apesar da forte verticalização sofrida nos últimos anos, é formada por predominantemente residências, em sua maioria situadas em condomínios particulares.

Devido ao aumento da frota de carros em toda cidade, principalmente nas classes emergentes, o bairro vem assistindo a um aumento de tráfego em suas vias, algumas insuficientes para suportar esse aumento, como a Rua Luiz Beltrão, pista única de acesso a Jacarepaguá, um dos maiores transtornos. Com a construção da TransCarioca no bairro vizinho, Campinho, espera-se uma melhora do trânsito com mais opções de escoamento para Barra, Jacarepaguá e Centro.

O bairro vem sofrendo nos últimos anos o aumento da violência em suas vias principais. Uma parcela considerável da população do bairro vive em condomínios fechados com segurança particular e portaria, o que não impede, na maioria dos casos, o registro de atos violentos e criminosos. Entretanto, os índices de criminalização e violência em Vila Valqueire ainda são baixos se comparados com as demais regiões do Rio de Janeiro, em especial com localidades próximas a grandes favelas. Em decorrência da instalação das UPP´s nas zona norte e sul do município, existe um temor de que os criminosos, ora situados nestas comunidades, migrem para o pacato bairro do Valqueire e adjacências; Contudo, com a ascensão social, alguns moradores tem migrado para outros bairros como Freguesia, Recreio e Barra da Tijuca, situados na zona oeste, na macrorregião de Jacarepaguá, devido às belezas naturais, proximidade do mar e status social.

Outro problema é o abandono das praças públicas devido ao fechamento das ruas por condomínios particulares. A prefeitura alega que a manutenção dessas áreas de lazer é da administração dos condomínios, os quais consideram ser uma obrigação da prefeitura. No final, quem acaba sofrendo são os moradores locais.

Ver também editar

Referências

Ligações externas editar