Vincenzo Salvatore Carmelo Francesco Bellini (Catânia, 3 de novembro de 1801Puteaux, 23 de setembro de 1835) foi um compositor italiano, entre os mais célebres operistas do século XIX.

Vincenzo Bellini
Vincenzo Bellini
Винченцо Сальваторе Кармело Франческо Беллини
Nascimento Vincenzo Salvatore Carmelo Francesco Bellini
3 de novembro de 1801
Catânia, Itália
Morte 23 de setembro de 1835 (33 anos)
Puteaux, Itália
Residência Villa Passalacqua
Sepultamento cemitério do Père-Lachaise, Catedral de Catânia
Cidadania Kingdom of Sicily (1734-1816)
Ocupação compositor
Prêmios
  • Cavaleiro da Legião de Honra
Obras destacadas Norma, La sonnambula, I Capuleti e i Montecchi, I puritani, La straniera
Movimento estético música do romantismo
Causa da morte disenteria

As suas óperas mais famosas e representadas são La sonnambula, Norma e I Puritani.

Vida editar

Nascido em Catânia, na Sicília, filho do organista Rosario Bellini, teve as primeiras lições de música de seu pai e seu avô, Vincenzo Bellini Tobia.

Bellini foi uma criança prodígio e uma lenda que aos dezoito meses foi capaz de cantar uma ária de Valentino Fioravanti, e começou a estudar teoria musical aos dois anos, piano aos três e aos cinco anos tocava fluentemente. A sua primeira composição data de quando tinha seis anos.

Com uma bolsa atribuída pelo Duque de San Martino ingressou no Colégio de San Sebastián de Nápoles, onde estudou com Giovanni Furno harmonia, contraponto e composição com Giacomo Tritto com o famoso Nicola Zingarelli.

Compõs música sacra (motets, e missas) de Câmara, sinfônica, mas é a ópera que lhe deu fama. Compõe para o bel canto lírico, expressão vocal que exige uma grande agilidade e precisão. Tentou minimizar as diferenças entre o clássico cantado e recitado - árias e recitativos - mantendo a tensão dramática.

A estreia de sua primeira ópera, Adelson e Salvini, foi produzido em 1825. Domenico Barbaja, diretor da San Carlo Opera House, em Nápoles e La Scala de Milão, se interessou por ele, entregando-lhe várias obras posteriormente.

Sua obra mais difundida é Norma, o que evidencia a famosa ária "Casta Diva", quando se conjugam a gravidade clásica com um apasiguamento muito romântico no discurso, sendo este um dos principais papéis do repertório soprano. Durante o século XX destacaram-se Maria Callas, a mais famosa Norma século, Joan Sutherland e Montserrat Caballé

Bellini morreu em Puteaux, perto de Paris de inflamação aguda do intestino, e foi enterrado no cemitério de Père Lachaise, em Paris. Seu caixão foi carregado, entre outros, por Luigi Cherubini e Gioachino Rossini.[1] Seus restos mortais foram removidos para a catedral de Catania, em 1876.

Óperas editar

Título Género Atos Libretto Estreia (data) Estreia (lugar)
Adelson e Salvini opera semiseria 3 atos Andrea Leone Tottola 12 (?) de fevereiro de 1825 Nápoles, Teatro del Conservatorio di San Sebastiano
Bianca e Gernando melodramma 2 atos Domenico Gilardoni 30 de maio de 1826 Nápoles, Teatro San Carlo
Il pirata melodramma 2 atos Felice Romani 27 de outubro de 1827 Milão, Teatro alla Scala
Bianca e Fernando
(revisão de Bianca e Gernando)
melodramma 2 atos Felice Romani 7 de abril de 1828 Génova, Teatro Carlo Felice
La straniera melodramma 2 atos Felice Romani 14 de fevereiro de 1828 Milão, Teatro alla Scala
Zaira tragedia lirica 2 atos Felice Romani 16 de maio de 1829 Parma, Teatro Ducale
I Capuleti ed i Montecchi tragedia lirica 2 atos Felice Romani 11 de março de 1830 Veneza, Teatro La Fenice
La sonnambula opera semiseria 2 atos Felice Romani 6 de março de 1831 Milão, Teatro Carcano
Norma tragedia lirica 2 atos Felice Romani 26 de dezembro de 1831 Milão, Teatro alla Scala
Beatrice di Tenda tragedia lirica 2 atos Felice Romani 16 de março de 1833 Veneza, Teatro La Fenice
I puritani melodramma sério 3 atos Carlo Pepoli 24 de janeiro de 1835 Paris, Théâtre-Italien

Bibliografia editar

  • Galway, James; William Mann (1982). «Música para Todos - A Revolução e a Grande Ópera». In: Alexandra Towle. A Música no Tempo. [S.l.]: Martins Fontes 
  • John Rosselli, Bellini, Ricordi, Milano 1995
  • Maria Rosaria Adamo, Friedrich Lippmann, Vincenzo Bellini, ERI, Torino 1981
  • Maria Luisa Cambi, Bellini - Epistolario, Mondadori, Milano 1943
  • Francesco Pastura, Bellini secondo la storia, Guanda, Parma 1959
  • Bellini's complete works are to be published in Edizione critica delle opere di Vincenzo Bellini, Milan: Ricordi 2003-

Referências

  1. Galway 1982, p. 205.

Ligações externas editar

 
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