A Visiona Tecnologia Espacial é uma joint-venture entre a Embraer Defesa & Segurança e a Telebras voltada para a integração de sistemas espaciais. Aliando as competências de integração de sistemas da Embraer com o conhecimento acumulado do INPE na integração de satélites, a Visiona tem um papel de liderança no setor, coordenando as ações empresariais da indústria de forma a prover soluções para as necessidades civis e militares brasileiras de satélites.

Visiona Tecnologia Espacial S.A.
Atividade Espacial
Fundação 28 de maio de 2012
Sede São José dos Campos, SP
 Brasil
Presidente João Paulo Rodrigues Campos
Produtos Satélites
Acionistas Embraer Defesa & Segurança (51%), Telebras (49%)

A Visiona foi a prime contractor do Programa SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas), sendo responsável pela estruturação do programa, engenharia de sistemas, definição de requisitos, gerenciamento do projeto, aquisição, implantação e testes do sistema, para assegurar a compatibilidade das interfaces, o desempenho do sistema e adesão ao custo do projeto e cronograma. A Visiona selecionou, após exaustivo processo de concorrência, a Thales Alenia Space, empresa do Grupo Thales, para o fornecimento do SGDC e dos equipamentos de solo, que equipam os centros de controle do satélite e das bandas de comunicação.

Como parte integrante do contrato com a Thales Alenia Space, existe também o Programa de Absorção de Tecnologia sob coordenação da Visiona e com participação da AEB – Agencia Espacial Brasileira, INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Ministério da Defesa e Telebras. O Programa abrangeu todas as tecnologias de construção e operação do SGDC. A operacionalização do programa foi feito de forma impecável pela Thales Alenia Space, com o grupo de engenheiros brasileiros totalmente integrados como se fossem engenheiros da própria Thales. Como parte do Programa do SGDC, ainda existe um contrato entre a AEB e a Thales para a Transferência de Tecnologia (TOT), onde empresas brasileiras selecionadas pela AEB, receberam as tecnologias selecionadas junto a Thales, a fim de aumentarem suas capacidades visando atender o Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) e potencialmente, exportarem componentes satelitais para a cadeia industrial internacional.

A Visiona é também empresa fornecedora de soluções baseadas em imagens coletadas por sensores remotos orbitais, prestando serviços para clientes Governamentais (Federal, Estadual, Municipal) e Privados de diversos segmentos, como: Energia, Florestal, Mineração, Meio Ambiente, Óleo e Gás e Telecomunicações. Como distribuidor e representante oficial multiplataforma no Brasil, das principais operadoras de satélites da indústria Geoespacial - Airbus, Capella Space, MAXAR, MDA, Restec, SIIS e Urthecast - a Visiona em conjunto com seus parceiros desenvolve produtos e serviços de alto valor agregado utilizando imagens coletadas diariamente por uma constelação de satélites ópticos e SAR (Synthetic Aperture Radar). O arranjo dessa constelação virtual de satélites, permite coletar imagens com um nível de serviço diferenciado: alta taxa de revisita, capacidade de geração de dados e sensores com características complementares, capazes de endereçar a maioria das aplicações Geoespaciais. A constelação acessada pela Visiona é composta por 22 sensores ópticos e 7 sensores radar, oferecendo produtos integrados de Sensoriamento Remoto com alta revisita e capacidade de geração de imagens. Estes sensores, de características complementares, representam o estado da arte mundial permitindo atingir resoluções da ordem de 30 cm, e compõe o maior acervo de imagens de alta resolução do país.

Em 2018, a Visiona anunciou o programa do primeiro satélite projetado integralmente pela indústria nacional, o VCUB1, e concluiu com êxito o primeiro Sistema de Controle de Órbita e Atitude de satélites desenvolvido no Brasil. O programa é um marco importante para o avanço e autonomia da indústria aeroespacial brasileira, já que possibilita ao país deter toda a cadeia de produção e de gerenciamento de satélites, sem depender de softwares de terceiros. O próximo passo da empresa é validar esses sistemas em um satélite operacional, o que será feito com o lançamento do VCUB1, o primeiro satélite projetado integralmente pela indústria nacional. Considerado um nanossatélite, o VCUB1 utiliza uma plataforma de 10 quilos (com 30 centímetros de comprimento, 20 centímetros de altura e 10 centímetros de largura) e traz o estado da arte em tecnologias de pequenos satélites. Em operação, ele poderá prestar serviços como os de captação de imagens, apoio à agricultura, monitoramento ambiental e coleta de dados hidro-meteorológicos. Por passar sobre o território brasileiro a cada 90 minutos, o satélite poderá, por exemplo, coletar e fornecer imagens a prefeituras para planejamento e serviços urbanos.

A Visiona também fornece produtos e serviços de Sensoriamento Remoto e Telecomunicações por satélite, bem como Aerolevantamento SAR nas Bandas X e P.

Referências

Ver também editar

Ligações externas editar