O voo TAESA 725, foi um voo comercial operando a rota Tijuana-Cidade do México (com escalas em Guadalajara e Uruapan). Em 9 de novembro de 1999, devido a uma falha estrutural nos slats, localizados nas asas do avião, o Douglas DC-9 caiu e todas as 18 pessoas a bordo morreram.

Voo TAESA 725

XA-TKN, a aeronave envolvida no acidente.
Sumário
Data 9 de novembro de 1999
Causa Falha estrutural em um dos slats devido ao erro do piloto, levando a um estol, desorientação espacial e perda dos controles.
Origem Aeroporto Internacional de Tijuana, Tijuana,  México
Escala Aeroporto Internacional de Guadalajara, Guadalajara  México

Aeroporto Internacional de Uruapan, Uruapan,  México

Destino Aeroporto Internacional da Cidade do México, Cidade do México,  México
Passageiros 13
Tripulantes 5
Mortos 18
Feridos 0
Sobreviventes 0
Aeronave
Modelo Estados Unidos McDonnell Douglas DC-9-31
Operador México TAESA
Prefixo XA-TKN
Primeiro voo 1970[1]

O acidente editar

O voo saiu da cidade de Uruapan, Michoacán, com rumo para a Cidade do México, com 13 passageiros após sair de Guadalajara, Jalisco. O piloto foi Jesús José Gracián e o co-piloto foi Héctor Valdéz.

Às 19h00 (horário local), após a descolagem, algo estranho aconteceu: o piloto inclinou o nariz do Douglas DC-9 muito para cima, para que vários alarmes soarem indicando que um dos slats não funcionaram. Posteriormente a aeronave entrou em estol e perdeu os controles.

Cerca de 12 quilômetros de Uruapan, o avião caiu em um campo de abacates. Foi descoberto depois, que o Douglas DC-9 não havia as condições necessárias para o voo. Este avião já havia sido relatado pela autoridades, mas a TAESA não fez nada sobre ele. Este é considerado o terceiro mais trágico acidente aéreo envolvendo uma empresa mexicana, perdendo apenas para o Voo Aeroméxico 498 em 1986, e o Voo Mexicana 940 nesse mesmo ano, este acidente foi o início do fim da TAESA.

Investigações e consequências editar

 
Fotografia de slats (a esquerda) de um Airbus A300, que causou uma falha estrutural causando a queda.

Investigadores determinaram que os pilotos do voo 725 não usaram as lista de verificação antes da decolagem. Durante a subida, os pilotos ficaram confusos, e pegaram o rumo errado. Desorientação espacial acredita a ser o fator no acidente do voo 725.[2] E após as investigações, a TAESA perderam o suas permissões de voo e entrou em falência no ano seguinte.

Texto original da caixa preta editar

Capitão Gracián: Positivo, trem de pouso... recolhido e desligado.

Primeiro oficial Valdés: O trem de pouso subiu.

Capitão Gracián: Verificação do seguro... três para cima... flaps para cima, por favor.

Primeiro oficial Valdés: Estão pra cima.

Capitão Gracián: Slats para cima por favor... quando slats estarão acima de 90%.

Primeiro oficial Valdés: Slats para cima.

A caixa preta registram que o controle dos pilotos vibram.

Capitão Gracián tomado de surpresa: P***, o que esse filha da mãe traz? (expressão coloquial de perplexidade)

Capitão Gracián em tom de urgência: Nós temos um slat, um slat, um slat, um slat, um slat... nós temos um slat!.

Primeiro oficial Valdés em Tom urgente para a torre de Uruapan: Temos um slat, emergência, emergência!.

Capitão Gracián: Slat disagreement!.

Os controles de ambos os pilotos vibram.

Primeiro oficial Valdés: Emergência, emergência!.

Capitão Gracián: Não, não, slat disagreement!

Primeiro oficial Valdés em um último e desesperado chamado: Emergência, eme...!.

Som de impacto e fim da gravação.

Nacionalidades editar

Nacionalidade Tripulação Passageiros Total Sobreviventes
  Mexicana 5 13 18 0
Total 5 13 18 0

Referências

  1. «XA-TKN TAESA McDonnell Douglas DC-9-30 - cn 47418 / 570». Planespotters.net. Consultado em 22 de maio de 2017 
  2. «Accident description». Aviation Safety. Consultado em 22 de maio de 2017