Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Ara guadeloupensis

Possível representação por François-Nicolas Martinet, 1765.
Possível representação por François-Nicolas Martinet, 1765.

Ara guadeloupensis é uma espécie hipotética extinta de arara que pode ter sido endêmica da ilha de Guadalupe, no Caribe. Apesar da ausência de espécimes conservados, muitos detalhes sobre a arara são conhecidos a partir de relatos de viajantes europeus que visitaram o Novo Mundo. A ave pode ainda ter sido retratada em algumas ilustrações. Com base nessas antigas descrições, o zoólogo Austin Hobart Clark descreveu cientificamente a espécie em 1905, mas devido à falta de restos físicos, bem como à possibilidade de que as menções se refiram a araras do continente levadas a Guadalupe, foram levantadas dúvidas sobre a existência desta espécie. Um osso da falange achado na ilha Marie-Galante em 2015 confirmou que uma arara de tamanho similar habitou a região antes da chegada dos seres humanos. Tal material foi apontando como pertencente a uma Ara guadeloupensis.

De acordo com descrições da época, o corpo da arara era vermelho e suas asas eram coloridas, com tons de vermelho, azul e amarelo. As penas da cauda mediam entre 38 e 51 cm de comprimento. Exceto pelo tamanho menor e pelas penas da cauda completamente vermelhas, parecia-se bastante com a araracanga. Os especialistas acreditam que possam ser duas espécies aparentadas. Alimentava-se de frutas, incluindo as venenosas maçãs da mancenilheira. Era uma ave monogâmica, construía seus ninhos em árvores e punha dois ovos, duas vezes por ano. Os primeiros viajantes descreveram a espécie como sendo abundante em Guadalupe. Porém, em 1760 já havia se tornado rara, sobrevivendo apenas em áreas desabitadas. Acredita-se que pouco tempo depois a espécie desapareceu. A caça por humanos e uma doença que as acometia são as principais causas de sua extinção. (leia mais...)