Wikipédia:Esplanada/geral/Wiki-PR (5fev2014)

Wiki-PR (5fev2014)

Eu sinceramente não sei quantos de vocês estão acompanhando o escândalo sobre edições pagas na en-wiki (resumido de forma soberba nesta matéria do Signpost, mas que já está rolando há uns 6 meses). O que me perturba é que, no site dos caras, s oferece o serviço em três línguas: inglês, espanhol e o... português! Com bandeirinha do Brasil e tudo!

Depois de um mês lendo tudo sobre o tema, estou convencido de que, com a inocência com que tratatamos esses temas de verificabilidade aqui, a ptwiki é a fronteira financeira a ser desbravada (estou pra fazer um business plan sobre esse mega exploit do Google chamado Wikipédia)... Eles criam sites externos de notícias falsos (Vatalyst), exploram os que são abertos e ligados a grandes "brands" (CNN iReport; Yahoo! Voices) e usam grandes sockfarms para driblar nosso processo de consenso/votação (os sete exemplos). Pergunto-me quantos aqui já não ganham salário pra ficar aqui defendendo políticas cada vez mais liberais....

Agora pagar alguém pra traduzir a enwiki em Biologia ou Filosofia, ninguém cogita. José Luiz disc 22h47min de 5 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]

Tinha lido sobre isso em uma reportagem, mas não sabia que os caras eram tão estruturados assim. Como esta essa polêmica na anglófona? Querem proibir a prática? Isso é possível? Chronus (discussão) 22h56min de 5 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
Chronus, eles foram banidos oficialmente e de nada adiantou. Receberam uma carta oficial ("cease and desist") do departamento jurídico da WMF e nada.Trata-se de um negócio de milhões de reais (explorar o Google) para o qual as inocentes regras da wiki estão muito atrasadas. São centenas de socks, sites fictícios, blogs fictícios e posts fictícios. Dezenas de verificadores se dedicam diariamente ao assunto lá.... Leia a matéria do Signpost, que está excelente. E apavore-se com a bandeirinha do Brasil no site dos caras. Eles são tão dissimulados a ponto de votarem para apagar um artigo só para depois recriarem-no de acordo com o desejo dos clientes.... E o serviço chega a custar US$ 1 500,00/mês. MÊS!!!! José Luiz disc 23h09min de 5 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
Surpreende-me que alguém tenha reparado nessa realidade, mas ainda bem. Aproveito para anunciar que tenho trocado correio electrónico com o editor responsável pelo Signpost e está a ser preparada uma matéria para o Correio sobre esse assunto. O colega anglófono já me tinha questionado sobre o estado da discussão na Wikipédia em português em relação a esse tópico e se sofríamos com "ataques" desse tipo. VítoR™ (♪) 23h12min de 5 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
Vítor, sei lá se você elogiou ou não minha atitude (rs...), mas acho gravíssima a situação. atual É claro que duvido que o nível de sofisticação aqui chegue aos pés do que virou lá (em menos de um ano), mas certamente temos por aqui um e orme potencial. O fato de eles venderem o serviço em português deveria ser evidência suficiente de que "alguma coisa" já existe aqui. Além disso, quem trabalha no ramo sabe quanto custa destacar um site no Google. Uma oportunidade que eles tem aqui e não lá é de mudar as regras pra que esse exploit vire algo institucional, uma regra! José Luiz disc 23h23min de 5 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
PS:infelizmente (e, novamente), a morte do idealismo é a feiúra do realismo. Humans will be humans.... José Luiz disc 23h26min de 5 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
Claro que é um elogio José, aliás só podia ter sido você a estar atento a isso. E tem toda a razão no seu comentário, e pode querer que é um motivo de preocupação para a Wikipédia em português já que o serviço e os seus empregados também funcionam aqui... Desde de Dezembro que andamos a trocar correio, eu e o responsável pela matéria do Signpost que você indicou, e temos estado atentos ao assunto e a construir uma matéria para a versão portuguesa, sobre eles e nós. VítoR™ (♪) 23h30min de 5 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
Teles, muito veio à tona desde então! Continuo sendo favorável a que se edite de forma paga alguns artigos (vou ainda fazer isso), como as províncias romanas ou os monarcas búlgaros (nada contra). Outra coisa muitíssimo diferente é explorar a licença e a inocência de alguns para vender páginas aqui. O que disse na época continua valendo:
Aliás, é melhor um artigo pago criado por alguém que pelo menos tentou criá-lo com fontes e bem estruturado (ainda que com fins propagandísticos) de um jogador de futebol ou dublador do que essas porcarias amadoras que temos aqui, feitas nas coxas, sem fontes e ainda defendidas com unhas e dentes contra deleção
Mas ressalto que é preciso BOA FÉ pra defender isso. Num ambiente comercial, esse raciocícnio é infantil e inocente.... O que se espera daqui tendo estes dois cenários em mente? Dvemos presumir boa fé e agir como tolos? José Luiz disc 23h47min de 5 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
Quando se trata de agências de public relations, todo cuidado é pouco. Tomemos como exemplo a Wiki germânica, na qual a coisa está tomando proporções assustadoras. Em países como a Alemanha, as próprias empresas estão criando departamentos de PR próprios, que redigem e dão manutenção aos artigos. Fazem verbetes sobre produtos e colocam propagandas que passam despercebidas aos revisores.
O cúmulo é que algumas dessas empresas têm até mesmo admins elegidos em atividade, que proporcionam "tratamento especial" aos verbetes. A última polêmica foi o artigo „de:Schwedenhaus“. Saiu na TV e tudo. A reportagem alertou que isso pode gerar repercussão negativa sobre os leitores, pois o público que "confiava" na Wikipédia acaba tomando a mesma por uma plataforma de artigos comprados. Fora isso, um dos admis (da Wikipédia) afirmou em entrevista que aos poucos esta situação pode acabar tornando-se inviável para os revisores. Estes procuram contribuir em seu tempo voluntário e ainda por cima tem de caçar e combater artigos escritos por profissionais formados, que ganham para redigir verbetes em período integral.
Eu, pessoalmete, digo que há dias em que mal damos conta dos vandalismos. Quanto mais desses artigos comprados. -- AlchemistOfJoy 01h06min de 6 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
Acho que já disse o essencial que tinha a dizer na discussão sobre o mesmo assunto de julho passado. Com a mentalidade de que qualquer coisa vagamente relevante localmente pode ter artigo, bastando para isso que haja uma noticiazeca numa publicação ou site ultra-especializado ou uma menção superficial numa notícia ou documento oficial cujo tema principal nada tem que ver com o tema do artigo, é uma sorte que os eventuais profissionais que por aqui aparecem sejam uns completos incompetentes na arte de disfarçar. Não era preciso o MC ter dito que já tinha ouvido mais do que uma vez na praia que havia quem fizesse artigos na Wikipédia para fazer publicidade... Basta ver o que se passa nas PN's! E a nossa vulnerabilidade não passa apenas por essas noções de que qualquer notíciazeca basta para comprovar notoriedade: há literalmente milhares de artigos sobre organizações e produtos que não passam de divulgação, ou seja, apresentações institucionais e panfletos publicitários. É evidente, por exemplo, que sob a pretexto de que "político que ocupou o cargo X é relevante" ou "instituição governamental ou aparentada Y é relevante", há um ror de material produzido por gabinetes de marketing que fazem da wikipédia um diretório institucional com o enorme bónus de SEO (colocação no topo das buscas do Google) não só grátis como do mais eficiente que há no mercado. comentário não assinado de Stegop (discussão • contrib) 02h10min de 6 de fevereiro de 2014‎ (UTC)[responder]
Dei uma olhadela na discussão pretérita e sou obrigado a dar-te razão em vários aspéctos. Talvez os profissionais que redigem na Wiki lusófona não saibam disfarçar tão bem assim. Mas o volume de artigos continua a ser enorme! É nessas horas que precisamos de colégas, delecionistas ou não, que passem um pente-fino nesses verbetes. Vamos continuar de olhos abertos! -- AlchemistOfJoy 01h30min de 6 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]