Wikipédia:Listas destacadas/arquivo/Lista de terreiros de candomblé em Salvador

Esta é uma lista de terreiros de candomblé em Salvador, capital do estado brasileiro da Bahia. O município de Salvador é centro turístico religioso, tal como evidenciam seu epítetos de "Meca da Negritude" e "Roma Negra". Tanto o primeiro quanto o segundo epíteto demonstram a centralidade da cidade para o candomblé, a religião dos orixás. O primeiro remete à comunidade de pessoas escravas muçulmanas traficadas para Salvador. O segundo deriva da "retradução" da expressão "Roma Africana" cunhada por Mãe Aninha, fundadora do Ilê Axé Opô Afonjá, via livro Cidade das Mulheres da antropóloga cultural Ruth Landes. Ambos os epítetos associam Salvador a outras duas cidades-símbolo de outras religiões mundiais, o islão e o catolicismo apostólico romano respectivamente, fundamentando a ideia de Salvador como cidade mundial e centro cultural no Atlântico Negro.

Fundado ainda no início do século XIX, o Candomblé da Barroquinha foi o primeiro terreiro de Salvador. Situado atrás da Igreja de Nossa Senhora da Barroquinha, o terreiro foi expulso da região central da cidade e então transferiu-se para o atual bairro do Engenho Velho de Brotas como o terreiro da Casa Branca do Engenho Velho. Deste, mais tarde ainda no século XIX, se originaram o Terreiro do Gantois e o Ilê Axé Opô Afonjá. Todos eles são da nação queto. Não obstante, há também terreiros de outras nações em Salvador, como angola, jeje e ijexá. O Terreiro do Bogum é o mais antigo da nação jeje. Em comum às quatro nações é o processo de resistência, pois a situação experimentada no Candomblé da Barroquinha não foi única ou isolada, tanto que o povo de santo fundou seus terreiros em locais que eram, à época, áreas rurais de Salvador, o que explica alguns serem designados "roças".