Yemyo Imamura (em japonês: 今村恵猛; Fukui, 27 de maio de 1867 – Honolulu, 22 de dezembro de 1932) foi um monge budista japonês, ativo em Honolulu, Havaí, e líder da comunidade nipo-americana. Foi sacerdote no Honpa Hongwanji e fundou a Young Men's Buddhist Association (YMBA).

Início de vida e educação editar

Imamura nasceu na vila de Togo, que se situa na prefeitura de Fukui, Japão, em 27 de maio de 1867.[1] Ele entrou no sacerdócio em 1876, quando tinha dez anos. Depois de estudar nas escolas do templo em Kyoto, ele recebeu uma bolsa para estudar na Universidade Keio, em Tóquio. Ele se formou em 1893 e depois voltou para Fukui para lecionar inglês.[2]

Carreira editar

Em 1899, Imamura mudou-se para o Havaí para servir aos budistas Jodo Shinshu. Ele assumiu o Honpa Hongwanji quando seu primeiro sacerdote, Honi Satomi, voltou ao Japão.[3] Ele se casou com sua esposa Kiyoko em 1904, e eles tiveram um filho chamado Kanmo, que também se tornou monge.[1]

Imamura estabeleceu a Young Men's Buddhist Association como um equivalente budista da YMCA. Suas atividades incluíram o ensino de inglês, a ajuda de novos imigrantes a se adaptarem à cultura local e a publicação de uma revista chamada Dōhō.[4] Em 1902, Imamura abriu o Fort Gakuen, uma escola primária anexada ao templo. Mais tarde, em 1907, ele fundou a escola secundária Havaí Chugakko. Ambas as escolas eram escolas de língua japonesa que os alunos frequentavam após o término do dia escolar normal. Ele também defendeu trabalhadores nas plantações e as noivas ilustradas.[1]

Grande parte da carreira de Imamura foi gasta mostrando as semelhanças entre o budismo e o cristianismo e americanizando os jovens imigrantes japoneses através do budismo.[5] Ele queria tornar o budismo mais compatível com a vida americana no Havaí e mostrá-lo como uma religião "universal" e não "sobrenatural".[6] Ao contrário de seu contemporâneo cristão, Takie Okumura, o foco de Imamura enquanto americanizava a juventude japonesa não era incentivá-los a deixar a cultura japonesa para trás, mas a levar seus valores consigo como cidadãos americanos.[2]

Em 1928, Imamura foi premiado com a Ordem do Tesouro Sagrado por seu trabalho expandindo a influência de Jodo Shinshu no Havaí.[2]

Imamura morreu em 22 de dezembro de 1932.[7]

Referências

  1. a b c Snodgrass, Mary Ellen. Settlers of the American West : the lives of 231 notable pioneers. Jefferson, North Carolina: [s.n.] ISBN 9780786497355. OCLC 883647512 
  2. a b c Chinen, Karleen C. (2012). Hawaii's AJA pioneers : one hundred profiles commemorating the centennial of the Hawaii Hochi. Honolulu, Hawaii: Hawaii Hochi Ltd. pp. 14–15 
  3. Kimura, Yukiko (1992). Issei : Japanese immigrants in Hawaii. Honolulu: University of Hawaii Press. ISBN 0824814819. OCLC 37566798 
  4. Ogawa, Dennis; Grant, Glen (1980). Kodomo no tame ni = For the sake of the children : the Japanese American experience in Hawaii. Honolulu: University Press of Hawaii. ISBN 0824807308. OCLC 7865082 
  5. Japanese American history : an A-to-Z reference from 1868 to the present. Niiya, Brian., Japanese American National Museum (Los Angeles, Calif.). New York: Facts on File. 1993. ISBN 0816026807. OCLC 26853950 
  6. Williams, Duncan Ryūken; Moriya, Tomoe (2010). Issei Buddhism in the Americas. Urbana: University of Illinois Press. ISBN 9780252092893. OCLC 698167405 
  7. 日本人名大辞典+Plus,日本大百科全書(ニッポニカ), ブリタニカ国際大百科事典 小項目事典,デジタル版. «今村恵猛(いまむらえみょう)とは». コトバンク (em japonês). Consultado em 23 de março de 2019