Zaiba Tahyya é uma advogada pelos direitos da mulher em Bangladesh. Ela criou o Movimento pelo Empoderamento Feminino (FEM na sigla em inglês) para combater a violência contra as mulheres e promover a igualdade de gênero. A organização conduziu diversos programas, tais como ensinar autodefesa às mulheres para diminuir os casos de estupro em áreas pobres, onde os casos são numerosos.[1][2][3][4]

Vida editar

Tahyya nasceu em Bangladesh. Ela cursou o ensino fundamental no Canadá e voltou para Bangladesh, onde terminou o ensino médio. Ela obteve o diploma de criminologia no Reino Unido.[5]

Tahyya fez o seu internato de verão no serviço de apoio legal de Bangladesh. Como uma interna da área de pesquisa, ela foi envolvida em um estudo contemplando a verificação de casos de estupro por meio do “teste de dois dedos” (um teste de virgindade). A sua exposição a casos de violência contra mulheres, tais como os numerosos incidentes de abuso sexual não reportados, criaram nela o desejo de tratar do assunto.[6][7]

Tahyya trabalhou como pesquisadora-associada no Colégio da Polícia, especializada em violência contra mulheres.[8][6]

Movimento de Empoderamento Feminino (FEM) editar

O FEM foi criado em 2016 para empoderar mulheres em Bangladesh através de vários projetos. A organização busca aumentar a mobilidade das mulheres e diminuir sua vulnerabilidade.[6][7]

Enquanto fazia sua tese, Tahyya fez uma revisão da literatura em “Por que os Homens Estupram”. Ela aprendeu que uma das razões por que os homens estupram é para exercitar poder – como reiterado pela teoria de Darwin sobre os mecanismos evolucionários e a sobrevivência dos mais aptos – uma vez que as mulheres eram percebidas como o sexo mais fraco. Assim, Tahyya buscou empoderar mulheres em vez de apenas prevenir a agressão. O primeiro programa do FEM, o Projeto Attorokkha, treinou em autodefesa mulheres com histórico de fragilidade. Apesar de inicialmente ter havido dificuldades para convencer os pais a inscrever as meninas, considerando que as noções de gênero estavam sendo desafiadas, a iniciativa acabou sendo bem-sucedida. Tahyya se concentrou em áreas de favelas, porque lá as mulheres são mais sujeitas a passar por violência sexual.[4][6][7]

O Projeto Attorokkha provê teinamento militar e de Krav Magá. O FEM fez parceria com uma escola de artes marciais e centro de preparação física para o projeto.[6]

Tahhya também conduziu uma campanha contra o assédio, colocando quadros nos ônibus para criar consciência sobre o assunto.[3]

O FEM educou meninas sobre princípios da computação e cibersegurança, através do Cyber Attorokkha. O programa ajudou as mulheres que são vítimas de sextortion (formas não violentas de extorquir favores sexuais da vítima).[9]

O FEM forneceu aulas de inglês, ciclismo e treinamento vocacional para mulheres. Tahyya está planejando expandir a organização para fora de Bangladesh.[7]

Referências

  1. «Two Bangladeshis among winners of Queen's Young Leaders Award 2018 | Singapore News Tribe». Singapore News Tribe. 6 dezembro 2017. Consultado em 18 novembro 2020 
  2. «Zaiba Tahyya | Queen's Young Leaders» (em inglês). Consultado em 18 novembro 2020 
  3. a b «Ayman, Zaiba win The Queen's Young Leaders 2018 award». The Daily Star (em inglês). 5 dezembro 2017. Consultado em 18 novembro 2020 
  4. a b «Preventing violence and exploitation». www.unicef.org (em inglês). Consultado em 18 novembro 2020 
  5. Huda, Tasfia (7 agosto 2019). «Working towards a better tomorrow». Dhaka Tribune. 2A Media Limited. Consultado em 18 novembro 2020 
  6. a b c d e «ZAIBA TAHYYA - AN INSPIRATION FOR THE YOUTH». BBF Digital. 23 janeiro 2019. Consultado em 18 novembro 2020 
  7. a b c d «'I feel that I am able to make the women in my community proud and encourage them to raise their voices more'». Dhaka Tribune. 21 junho 2018. Consultado em 18 novembro 2020 
  8. «Global Shapers | Zaiba Tahya». Global Shapers Community Dhaka. Consultado em 18 novembro 2020 
  9. Ahasan, Nazmul (12 novembro 2017). «Cyber Attorokkha: How education and training have changed the online experience for Bangladeshi women». The Hindu (em inglês). THG PUBLISHING PVT LTD. Consultado em 18 novembro 2020