Zillah Branco
Zilhah Murgel Branco (São Paulo, 1936) é uma activista e socióloga brasileira, conhecida por ter presenciado três golpes de estado em três países diferentes (Brasil, Chile e Portugal), e pelo seu envolvimento e trabalho teórico sobre a Reforma Agrária portuguesa. [1][2]
Zillah Branco | |
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Nascimento | 1936 (88 anos) |
Cidadania | Brasil |
Alma mater | |
Ocupação | cientista social |
Percurso editar
Zillah Branco nasceu na cidade de São Paulo 1936 no Brasil e formou-se em Ciências Sociais na Universidade de São Paulo. [3][4][5]
Quando tem 11 anos inscreve-se no Partido Comunista Brasileiro com o qual entra em contacto ao participar na campanha a deputado do tio, o engenheiro e comunista Catullo Branco, e durante a qual faz a cola com farinha usada para pregar os cartazes. [1][4][6]
Assiste ao golpe de estado que instaurou a ditadura militar no Brasil em 1964. Passa à clandestinidade e ajuda os que eram perseguidos pelo novo regime a fugirem do país. Em 1969, devido a questões de segurança, decide sair do Brasil e exilar no Chile com os filhos. [1][4][7]
Quando em 1973 ocorre o golpe de estado liderado por Pinochet, no qual Salvador Allende é assassinado, ela ouve em sua casa o bombardeamento da sede da presidência da República do Chile, o Palácio de La Moneda. [8]
Toma conhecimento do 25 de Abril através dos filhos e resolve ir para Portugal. Chega no meio do PREC (processo revolucionário em curso). Adere ao partido comunista português e envolve-se com na reforma agrária portuguesa, em torno do qual desenvolve o seu trabalho teórico.[1][2][9]
Obra editar
Escreveu as obras: [9]
- 1976 - Os sindicatos na vanguarda da luta. A conquista da regulamentação do trabalho rural [10]
- 1995 - Reportagens sociológicas no interior da reforma agrária: uma época de participação transformada em utopia [11]
- 1990 - Em defesa do socialismo: o vendaval de mudança na União Soviética (co-autor Miguel Urbano Rodrigues),Caminho, ISBN 972-21-0069-6 [12]
- 1976 - Os sindicatos na vanguarda da luta. A conquista da regulamentação do trabalho rural [10]
Escreve também para várias publicações, entre elas: o jornal o Século, Seara Nova e o jornal Avante. [13][14][15]
Referências editar
- ↑ a b c d «Zillah Branco, a mulher que viveu todas as Revoluções». Fumaça. 24 de abril de 2018. Consultado em 11 de janeiro de 2021
- ↑ a b António, Barreto. «Classe e Estado: os sindicatos na Reforma Agrária» (PDF). Análise social. Análise Social
- ↑ «Revistas de Ideias e Cultura». ric.slhi.pt. Consultado em 11 de janeiro de 2021
- ↑ a b c «Revista Mouro homenageia militância comunista de Zillah Branco». Vermelho. 11 de janeiro de 2011. Consultado em 11 de janeiro de 2021
- ↑ Sorrentino, Walter (29 de maio de 2016). «Destruição dos princípios éticos e das instituições do Estado democrático. Por Zillah Branco». Sorrentino. Consultado em 11 de janeiro de 2021
- ↑ Principios, Revista. «Catullo Branco, um pioneiro». Revista Principios. Consultado em 11 de janeiro de 2021
- ↑ Pericás, Luiz Bernardo (18 de dezembro de 2017). Caio Prado Júnior: uma biografia política. [S.l.]: Boitempo Editorial
- ↑ ««Avante!» Nº 1284 - Chile». avante.pt. Consultado em 11 de janeiro de 2021
- ↑ a b «Obras de Zillah Branco presentes no catálogo da Biblioteca Nacional de Portugal». Biblioteca Nacional de Portugal. Consultado em 4 de março de 2022
- ↑ a b «Centro de Documentação 25 de Abril | Universidade de Coimbra». www1.ci.uc.pt. Consultado em 11 de janeiro de 2021
- ↑ «Reportagens sociológicas no interior da reforma agrária: uma época de participação transformada em utopia». catalogo.bn.pt. Consultado em 11 de janeiro de 2021
- ↑ «Em defesa do socialismo: o vendaval de mudança na União Soviética». catalogo.bn.pt. Consultado em 11 de janeiro de 2021
- ↑ Barreto, António (26 de junho de 2017). Anatomia de Uma Revolução. [S.l.]: Leya
- ↑ «Jornal «Avante!» - Argumentos - A decomposição do poder governamental». www.avante.pt. Consultado em 11 de janeiro de 2021
- ↑ «Revistas de Ideias e Cultura». ric.slhi.pt. Consultado em 11 de janeiro de 2021