Congos ou bacongos[1] (em quicongo: Bakongo[1][2][3]) é um grupo étnico banto que vive numa larga faixa ao longo da costa atlântica de África, desde o Sul do Gabão até às províncias angolanas do Zaire e do Uíge, passando pela República do Congo, pelo enclave de Cabinda e pela República Democrática do Congo. Em Angola são o terceiro maior grupo étnico.

Congo
Bakongo
Bandeira do Musicongo, Estado clamado do povo congo
Busto de mulher congo de 1910
População total

18 904 000

Regiões com população significativa
 República Democrática do Congo
República do Congo
 Angola
Gabão
Línguas
Congo, quituba, lingala, francês (Rep. Dem. do Congo, Rep. do Congo e Gabão), português (Angola) e neerlandês (historicamente na Rep. Dem do Congo)
Religiões
Cristianismo e Religião congolesa
Etnia
Bantos
Grupos étnicos relacionados
Basucos, jagas e teques

História

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Mapa étnico de Angola em 1970 (área dos congos marcada a branco)

Os congos, cuja língua é o quicongo, ocupavam o vale do rio Congo em meados do século XIII e formaram o Reino do Congo, que, até à chegada dos portugueses, no fim do século XV, era forte e unificado. Sua capital, Mabanza Congo, ficava na atual província angolana do Zaire.

Durante a guerra de independência de Angola, muitos congos fugiram para o então Zaire, levando a uma considerável diminuição da presença dessa etnia em solo angolano. No entanto, após a independência angolana, muitos refugiados (ou seus filhos e netos) retornaram a Angola. Nos valores demográficos de 1960, os congos representavam 13,5% da população angolana. Importa salientar que os regressados do Zaire (hoje República Democrática do Congo) muitas vezes não voltaram a fixar-se no seu habitat original, mas foram viver nas grandes cidades — sobretudo em Luanda, mas também mais a sul, inclusive no Lubango.[2]

Do ponto de vista político, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) representou, de certo modo, os congos angolanos, durante a luta pela independência e a primeira parte da guerra civil de Angola. Depois das eleições parlamentares de 1992, 2008 e 2012, a FNLA passou a desempenhar este papel de forma apenas residual. Ao mesmo tempo, por iniciativa de grupos congos, foram criados vários pequenos partidos políticos sem expressão significativa.

Referências

  1. a b Dicionário Houaiss: "bacongo"
  2. a b Elikia M'Bokolo (2003). África Negra: História e civilizações. I, Até ao século XVIII. Lisboa: Vulgata 
  3. África Negra: História e civilizações. II, Do século XIX aos nossos dias. Lisboa: Colibri. 2007 

Bibliografia

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  • Karl Laman, The Kongo Uppsala: Alqvist & Wilsells, 1953–1968
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