Doces Bárbaros

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 Nota: Se procura filme documentário de 1976, dirigido por Jom Tob Azulay, veja Os Doces Bárbaros.

Doces Bárbaros foi um grupo formado pelos cantores brasileiros Maria Bethânia, Gal Costa, Gilberto Gil e Caetano Veloso, em 1976, com a finalidade de realizar uma turnê pelo Brasil para comemorar os dez anos de sucesso em suas carreiras individuais.[1][2][3]

Os Doces Bárbaros
Informação geral
País Brasil
Período em atividade 1976
Gravadora(s) Philips
Integrantes Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Gal Costa

História editar

Batizado com o nome de uma música de Caetano, “Os Mais Doces Bárbaros“, em resposta ao jornal Pasquim, que se refere pejorativamente aos músicos baianos como “baihunos” – o quarteto foi formado por ideia de Bethânia.[1][4] Como grupo, Doces Bárbaros pode ser descrito como uma típica banda hippie dos anos 70, mas sua característica marcante é a brasilidade e o regionalismo, naturalidade de todos os integrantes. A banda era formada por Djalma Corrêa (percussão), Arnaldo Brandão (baixo), Mauro Senise (flauta e sax), Tomás Improta (piano), Chiquinho Azevedo (bateria), Tuzé Abreu (flauta e sax) e Perinho Santana (guitarra).[3]

Com quinze canções novas, compostas exclusivamente para a turnê, a primeira apresentação foi em São Paulo, em 24 de junho de 1976, no Anhembi.[1] No repertório, músicas como "Um Índio", de Caetano Veloso; "Pássaro Proibido", de Caetano e Bethânia; e "O Seu Amor", de Gil, fora algumas canções de outros compositores como "Fé cega, faca amolada" de Milton Nascimento e o clássico popular "Atiraste uma pedra", de Herivelto Martins.

O sucesso transformou o show em um disco, gravado ao vivo, e em um documentário[5], que conta a trajetória da turnê e os seus acontecimentos mais marcantes. À época da turnê, hospedados no hotel Ivoram, Gilberto Gil foi preso em Florianópolis por porte de drogas[3], fato que acabou sendo registrado no documentário Os Doces Bárbaros, dirigido por Jom Tob Azulay.[2][3][6] Durante meses, Gil cumpriu pena de internação hospitalar, que serviria para tratar uma suposta dependência química.[3]

O álbum Doces Bárbaros - Ao Vivo, de 1976, é considerado por muitos uma obra-prima da música brasileira, mas, curiosamente, na época do lançamento, foi criticado por outros artistas, produtores e críticos musicais.[1][7] Inicialmente o LP seria gravado em estúdio, mas por sugestão de Gal e Bethânia, o espetáculo que ficou registrado, sendo quatro daquelas canções gravadas pouco tempo antes no compacto duplo de estúdio, com as canções "Esotérico", "Chuckberry fields forever", "São João Xangô Menino" e "O seu amor", todas gravações raras.

Depois disso foram feitos outro filme comemorativo, um Dvd, um enredo da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, em 1994, com a canção "Atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu"[3] (paráfrase da música "Atrás do trio elétrico", lançada por Caetano, em 1969). O grupo ainda comandou um trio elétrico no carnaval de Salvador, fez apresentações na praia de Copacabana e para a Rainha da Inglaterra.[carece de fontes?]

Em 2002, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia se reuniram, após 26 anos, como “Doces Bárbaros” para dois shows ao ar livre, em São Paulo, no Parque Ibirapuera, e no Rio de Janeiro, na Praia de Copacabana.[8][9] A reunião foi registrada em um documentário dirigido e produzido por Andrucha Waddington, lançado em 2004, chamado "Outros (Doces) Bárbaros".[8][9]

Referências

  1. a b c d «Novabrasil FM». Novabrasil FM. 29 de agosto de 2022. Consultado em 31 de outubro de 2022 
  2. a b Paiva, Vitor (24 de junho de 2022). «Gilberto Gil afirma que Doces Bárbaros podem se reunir: 'Tomara que aconteça'». Hypeness (em inglês). Consultado em 31 de outubro de 2022 
  3. a b c d e f https://www.opovo.com.br. «Doces Bárbaros | O POVO». especiais.opovo.com.br. Consultado em 31 de outubro de 2022 
  4. «Maria Bethânia: 5 momentos icônicos da carreira da cantora». Glamurama. 18 de junho de 2022. Consultado em 31 de outubro de 2022 
  5. "Enciclopédia do cinema brasileiro"
  6. "Documentário mostra a turnê de Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia e Caetano Veloso, em 1976"
  7. "Os baianos de novo". Revista Veja. Edição 408, pgs. 76-83. 30 de junho de 1976
  8. a b «Documentário sobre Doces Bárbaros será disponibilizado no YouTube em HD». VEJA RIO. Consultado em 31 de outubro de 2022 
  9. a b themusicjournalbrazil. «Documentário "Outros (doces) Bárbaros" marca o reencontro de Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia». Terra. Consultado em 31 de outubro de 2022 

Ligações externas editar

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