Estação Central do Brasil

estação ferroviária no Rio de Janeiro, Brasil
 Nota: Este artigo é sobre estação de trem da SuperVia. Para estação do Metrô Rio, veja Estação Central do Brasil / Centro.
 Nota: Para o filme do mesmo nome, veja Central do Brasil (filme).

Estação Central do Brasil é uma estação de trens metropolitanos localizada no Centro da cidade do Rio de Janeiro e operada pela SuperVia.

Central do Brasil
Estação Central do Brasil
Estação Central do Brasil, em março de 2024 (imagem por Filipe)
Informações
Central do Brasil está localizado em: Baixada Fluminense e parte da cidade do Rio de Janeiro
Central do Brasil
Localização da Estação Central do Brasil
Endereço Praça Cristiano Ottoni,S/N
Centro - Rio de Janeiro, RJ
Localização Estação Central do Brasil
Coordenadas 22° 54' 13.44" S 43° 11' 33.76" O
Administração SuperVia
Uso Atual Estação de trens metropolitanos
Código RJ-1364
Sigla CBL/DPO
Linhas Linha Deodoro
Linha Santa Cruz
Linha Japeri
Linha Belford Roxo
Linha Saracuruna

Estrada de Ferro Dom Pedro II (1858-1889)

Estrada de Ferro Central do Brasil (1889-1975)
Rede Ferroviária Federal (1975-1994)
Companhia Brasileira de Trens Urbanos (1984-1994)
Companhia Fluminense de Trens Urbanos (1994-1998)

Integração Estação de Metrô Terminal rodoviário
Estrutura Superfície
Níveis 1
Plataformas 13
Serviços Terminal rodoviário Táxi Restaurante Caixa Eletrônico Farmácia Estação de Metrô Banheiro Acesso à deficiente físico Biblioteca ou banca de livros
Outras Informações
Inauguração 29 de março de 1858 (166 anos)[1]
Inauguração da atual edificação 1943 (81 anos)
Nomes antigos Estação do Campo
Estação da Corte
Dom Pedro II
Movimento
Passageiros (2010) 124,723 Aumento10%
Próxima Estação
Sentido Centro
Central do Brasil
Praça da Bandeira
São Cristóvão
Maracanã
Sentido Baixada/Zona Oeste
Avisos sonoros da estação - CNR 3000

História editar

 
Antiga Estação Dom Pedro II, em 1899.
 
Torre do relógio da Estação Central do Brasil

É uma das mais famosas estações de trens do Brasil. Até o início da década de 2000, se chamava Estação Dom Pedro II, denominação pela qual ainda é também conhecida.

O primeiro prédio foi construído em 1858 para inaugurar a linha da Estrada de Ferro Central do Brasil, a "Estação do Campo". Com o tempo teve seu nome alterado para estação da Corte e, mais tarde, Dom Pedro II. A estação hoje se chama Central do Brasil devido à antiga companhia ferroviária extinta em 1975 e unificada como superintendência regional da Rede Ferroviária Federal (RFFSA). Este já era o nome informal da estação, e passou a oficial depois do filme a que deu nome, com cenas rodadas na estação, pelo qual Fernanda Montenegro concorreu ao Óscar de melhor atriz, em 1998.

O prédio construído em 1858, foi reformado anos mais tarde e finalmente demolido nos anos 40, para dar lugar ao atual, em razão das obras de eletrificação e expansão do sistema.

O novo edifício-prédio sede da Estrada de Ferro Central do Brasil, inaugurado em 1943, originalmente previa apenas uma ampliação e mais quatro andares; foi o arquiteto húngaro-brasileiro Geza Heller, o principal inspirador que incluiu 32 andares e quatro relógios distribuídos na fachada[2].

 
Saguão central interno da estação ferroviária Central do Brasil

Por muitos anos, até o início da década de 1990, várias composições que partiam da estação, ligavam o Centro do Rio de Janeiro aos estados de Minas Gerais e São Paulo.[3][4] Houve épocas em que outras composições, que faziam serviços intermunicipais de média distância, partiam da estação rumo ao município fluminense de Mangaratiba, situado na região litorânea da Costa Verde brasileira. [5]

Dela hoje saem composições de diversas linhas, ligando o Centro aos demais bairros da Zona Norte e Oeste do Rio de Janeiro, e também aos municípios da Baixada Fluminense, inclusive a Linha Saracuruna, do qual originalmente saíam da garagem da Estação Barão de Mauá, por pertencerem à antiga Estrada de Ferro Leopoldina.

Há vários anos existia um ramal para a Estação Marítima, que foi desativado na década de 1990. O trecho por onde as composições passavam no Túnel da Marítima, hoje é parte da Linha 2 do VLT do Rio de Janeiro.

Cronologia editar

  • 1858: inauguração da Estrada de Ferro Dom Pedro II e de sua estação terminal.
  • 1889: com a transição da monarquia para a república, a Estrada de Ferro Dom Pedro II passaria a se chamar Estrada de Ferro Central do Brasil.
  • 1929: inauguração do trem de aço de longo percurso, Cruzeiro do Sul (Rio-São Paulo).
  • 1935: início do processo de eletrificação das linhas de subúrbio da Estrada de Ferro Central do Brasil.
  • 1936: lançamento da pedra fundamental da nova Estação Dom Pedro II.
  • 1937: inauguração dos primeiros trens-unidades elétricos de subúrbio, que ainda partiam da antiga estação.
  • 1943: inauguração da nova estação, com o grande relógio de quatro faces, inspirado no movimento artístico art déco.
  • 1950: inauguração dos trens de aço de longo percurso, Santa Cruz (Rio-São Paulo) e Vera Cruz (Rio-Belo Horizonte).
  • 1961: fim das viagens do trem de aço Cruzeiro do Sul, que partia da estação, sendo substituído definitivamente pelo moderno trem de aço Santa Cruz.
  • 1975: foi fechada a Estrada de Ferro Central do Brasil, sendo sucedida e unificada pela Rede Ferroviária Federal.
  • 1976: suspensão temporária das viagens do trem de aço Vera Cruz, por conta de uma grave colisão com um cargueiro em Minas Gerais.[6]
  • 1977: remanejamento dos trens de subúrbio da Linha Auxiliar da gare da Estação Francisco Sá para a da Estação Dom Pedro II.
  • 1979: inaugurado o Metrô do Rio de Janeiro, no qual passa a ser realizada a baldeação com a estação ferroviária.
  • 1980: retorno operacional das viagens do trem de aço Vera Cruz.[7]
  • 1984: remanejamento do controle das linhas de subúrbio para a então recém-criada Companhia Brasileira de Trens Urbanos.
  • 1990: fim das viagens do trem de aço Vera Cruz, que partia da estação.
  • 1991: suspensão das viagens do trem de aço Santa Cruz, que partia da estação.
  • 1994: a estação passa a ser administrada pelo Governo Estadual, através da Companhia Fluminense de Trens Urbanos.
  • 1994: o trem de aço Santa Cruz passa a se chamar Trem de Prata e suas partidas passam a sair da gare da Estação Barão de Mauá (Leopoldina), até o fim de suas operações em 1998.
  • 1998: a estação passa a ser administrada pela atual gestão da SuperVia.
  • 1999: remanejamento dos trens de subúrbio do Ramal de Gramacho da gare da Estação Barão de Mauá (Leopoldina) para a Estação Dom Pedro II, que passa a ser a terminal do ramal.
  • 2003: a estação deixa de se chamar Dom Pedro II e passa a ser denominada como Central do Brasil, nome pelo qual já era conhecida informalmente.
  • 2017: com a inauguração da Linha 2 do VLT Carioca, passa a ser realizada a baldeação deste com a estação ferroviária.

Pontos de Interesse editar

Plataformas editar

Diagrama da estação Central do Brasil
Baixada/Zona Norte/Zona Oeste
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Central

Legenda

                     Linha férrea

  Plataforma


Linhas

1: Não utilizada
2: Ramal de Deodoro/Ramal de Santa Cruz
3: Desembarque e embarque preferencial
4: Desembarque
5: Não utilizada
6: Não utilizada
7: Desembarque
8: Ramal de Japeri
9: Desembarque e embarque preferencial
10: Desembarque
11: Ramal de Belford Roxo (parador e expresso)
12: Ramal de Saracuruna
13: Ramal de Saracuruna e desembarque (antiga plataforma de embarque dos trens de aço Santa Cruz e Vera Cruz, para São Paulo e Belo Horizonte)

Linhas editar

Referências editar

  1. «EFCB - Estrada de Ferro Central do Brasil - Linha do Centro». Centro-Oeste Brasil. Consultado em 10 de outubro de 2012 
  2. «A Primeira Central». Revista Domingo, Ano 22 (encarte do Jornal do Brasil, Edição n°327) (Edição n°1139): p.26. 1 de março de 1998 
  3. «Vera Cruz -- Trens de passageiros do Brasil». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 22 de julho de 2020 
  4. «IMAGENS - Anúncio: TREM "SANTA CRUZ" e "VERA CRUZ"». Consultado em 22 de julho de 2020 
  5. «Trem de Mangaratiba -- Trens de passageiros do Brasil». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 22 de julho de 2020 
  6. Buzelin, José Emílio de Castro Horta (2002). Carros Budd no Brasil-1: os trens que marcaram época. [S.l.]: Memória do Trem 
  7. DIAS, Heraldo. «Vera Cruz. O trem de minas volta em alto estilo.». www.ijsn.es.gov.br. Consultado em 12 de fevereiro de 2023 

Ligações externas editar

 
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