Igreja de Nossa Senhora do Carmo (Angra do Heroísmo)

igreja em Angra do Heroísmo
Igreja de Nossa Senhora do Carmo
Apresentação
Tipo
igreja jesuíta (d)
património cultural
Estatuto patrimonial
Localização
Localização
Coordenadas
Mapa

A Igreja de Nossa Senhora do Carmo, também designada por Igreja de Santo Inácio de Loyola e Igreja do Colégio da Companhia de Jesus, popularmente conhecida como Igreja do Colégio ou Igreja dos Jesuítas, adossada ao Palácio dos Capitães-Generais, localiza-se no Largo Prior do Crato, junto ao Jardim Duque da Terceira, no Centro Histórico de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, nos Açores.[1]

Encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto 735/74, DG 297 de 21 de Dezembro de 1974,[1] e incluida no conjunto classificado da Zona Central da Cidade de Angra do Heroísmo.[2]

História editar

A igreja, erguida pelos religiosos da Companhia de Jesus sob a invocação de Santo Inácio de Loyola, integra o conjunto do Palácio dos Capitães-Generais, sendo visitável no período do Verão, dentro do percurso museológico do palácio. Atualmente (2017) está encerrada para obras de reabilitação e restauro. Quando da sua fundação, tinha por destino servir o Colégio da Companhia de Jesus em Angra. Os seus alicerces foram abertos em 1636-1637, e a sua abertura ao culto religioso data de 17 de Junho de 1651. A 27 de julho de 1652 foi para aí transladado, em procissão solene, o Santíssimo Sacramento que os jesuítas conservavam na sua primeira casa, na Rua de Jesus.

Após a expulsão da Ordem dos Jesuítas do país, à época do Marquês de Pombal, ficou abandonada até que o 3.º Capitão General dos Açores, D. Lourenço José Boaventura de Almada, no âmbito da requalificação das instalações do antigo Colégio que o transformou em Palácio, cedeu as dependências do templo para a Ordem Terceira do Carmo.

Danificada pelo terramoto de 1980, encontra-se em processo de restauração desde então.

A Ordem Terceira do Carmo promove, anualmente, a Festa em honra de Nossa Senhora do Carmo no dia 16 de julho.

Características editar

A igreja encontra-se implantada no cimo de ampla escadaria. A sua fachada sóbria e imponente, não apresenta torre sineira, conforme o projeto original dos jesuítas, que com isso pretendiam que o templo se assemelhasse a uma casa.

No seu interior, de amplas dimensões e nave única, destacam-se o teto abobadado em caixotões de madeira, a rica talha dourada, pinturas e painéis azulejos dos séculos XVII e XVIII, além de painéis em marchetaria (madeira de cedro-do-mato e jacarandá), distribuídos por duas capelas laterais. O teto da capela-mor é igualmente em madeira, pintada e dourada.

No coro alto, sustentado por duas colunas de madeira torneada, destaca-se um antigo órgão. Construído em 1798 por António Xavier Machado e Cerveira, foi restaurado em 1990 por Dinarte Machado.[3]

Ver também editar

 
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Notas

  1. a b Ficha na base de dados SIPA
  2. Conforme a Resolução n.º 41/80, de 11 de Junho, e artigo 10.º e alínea a) do artigo 57.º do Decreto Legislativo Regional n.º 29/2004/A, de 24 de Agosto.
  3. VALENÇA, Manuel. A Arte Organística em Portugal II - depois de 1750. Braga: Editorial Franciscana, 1995. p. 269.