Parque Estadual dos Três Picos

Parque Estadual dos Três Picos de nível Estadual, localizado (a) em Teresópolis (RJ), Silva Jardim (RJ), Nova Friburgo (RJ), Guapimirim (RJ), Cachoeiras de Macacu (RJ)

O Parque Estadual dos Três Picos (PETP) localiza-se na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, no Brasil. O seu nome evoca os Três Picos de Friburgo, imponente conjunto de montanhas graníticas cuja altitude chega a 2 366 metros[1] acima do nível do mar e é o ponto culminante de toda a Serra do Mar.

Parque Estadual dos Três Picos
Parque Estadual dos Três Picos
Três Picos de Nova Friburgo
País  Brasil
Área 58 759

Com uma área aproximada de 65 113 hectares, é o maior parque estadual do Rio de Janeiro, abrangendo porções dos municípios de Cachoeiras de Macacu, Teresópolis, Nova Friburgo, Silva Jardim, e Guapimirim.

Picos notórios do parque editar

Pico Maior de Friburgo com 2.366 metros

Pico da Caledônia com 2.257 metros metros[2]

Histórico editar

O parque foi criado em 2002, por meio do Decreto Estadual nº 31.343. O objetivo do Parque dos Três Picos é formar um corredor ecológico para garantir a biodiversidade regional, interligando áreas protegidas do sul e do norte do estado.[3].

Clima editar

O clima é classificado como af (na escala Koppen) nas partes baixas, já nas partes mais altas é classificado como mesotérmico brando. Se tratando de temperatura, o mês de julho pode apresentar medias abaixo dos 10 °C. A região também é palco de inúmeras geadas nos meses mais frios. No Estado do Rio de Janeiro é o segundo local onde mais se registra o fenômeno, perdendo apenas para o Parque Nacional do Itatiaia. Em 8 de agosto de 2014, a temperatura mínima no Pico da Caledônia foi estimada em 9 graus Celsius negativos.[4] O índice pluviométrico anual pode chegar a 2 000 mm em alguns trechos.[5]

Fauna editar

 
Outra vista dos Três Picos

A criação do parque representou um acréscimo de 75% em toda a área protegida por parques e reservas estaduais, visando preservar o cinturão central de Mata Atlântica do Estado do Rio de Janeiro, que já perdeu cerca de 83% de sua cobertura florestal original. Em suas densas matas foram detectados os mais elevados índices de biodiversidade em todo o Estado, isto é, a maior variedade de espécies animais e vegetais em uma dada unidade de área, sendo por isso considerada uma região da mais elevada prioridade, em termos de conservação, pelos especialistas.

Muitas espécies ameaçadas, especialmente grandes mamíferos como o puma ou onça-parda, porco-do-mato, o Muriqui-do-sul a lontra e a jaguatirica ou aves como o gavião-pega-macaco, aqui encontram refúgio, pois o Parque Estadual forma um extenso contínuo florestal com o Parque Nacional da Serra dos Órgãos e com a Estação Ecológica do Paraíso, em Guapimirim. Sem o estabelecimento de tais contínuos de vegetação, populações isoladas destas e de outras espécies entram em inevitável declínio, devido aos cruzamentos entre parentes próximos. Já a onça pintada desapareceu ao longo do século XX, porém um projeto em desenvolvimento pela UFRJ pretende reintroduzir esta espécie no parque.[6]

Espécie endêmica editar

Na região existem espécies endêmicas, dentre elas a Lipaugus conditus, ou saudade-de-asa-cinza, encontrada na região do Pico da Caledônia. Descrita em 1980, a espécie vem chamando atenção de observadores de pássaros de outras partes do Brasil e até do mundo.[7]

Referências

Ligações externas editar

 
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