Na classificação biológica, o termo subespécie[1][2] se refere a uma de duas ou mais populações de uma espécie vivendo em subdivisões diferentes da distribuição da espécie e variando umas das outras por características morfológicas.[3][4] Uma única subespécie não pode ser reconhecida independentemente: uma espécie é reconhecida como não tendo nenhuma subespécie ou pelo menos duas, incluindo qualquer uma que esteja extinta.

Felis silvestris lybica, o gato-selvagem-africano, é uma subespécie do gato-selvagem.

Em zoologia, de acordo com o Código Internacional de Nomenclatura Zoológica, a subespécie é a única classificação taxonômica abaixo daquela das espécies que podem receber um nome. Em botânica e micologia, de acordo com o Código Internacional de Nomenclatura para Algas, Fungos e Plantas, outras categorias infra-específicas, como variedade, podem ser nomeadas. Em bacteriologia e virologia, sob a nomenclatura bacteriana padrão e nomenclatura de vírus, existem recomendações, mas não requisitos estritos para o reconhecimento de outras classificações infra-específicas importantes.

Um taxonomista decide se deve reconhecer uma subespécie. Um critério comum para reconhecer duas populações distintas como subespécies, em vez de espécies completas, é a capacidade delas de cruzar, mesmo que alguns filhotes machos sejam estéreis.[5] Na natureza, as subespécies não cruzam devido ao isolamento geográfico ou seleção sexual.[carece de fontes?] As diferenças entre as subespécies são geralmente menos distintas do que as diferenças entre as espécies.

Subespécies nominotípicas e autonômicas

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Na nomenclatura zoológica, quando uma espécie é dividida em subespécies, a subespécie que contém o tipo original é considerada como a "subespécie nominotípica", mantendo então o mesmo autor, data de descrição e nome binomial que a espécie.[6] Por exemplo, Motacilla alba alba (muitas vezes abreviada como M. a. alba) é a subespécie nominotípica da alvéola-branca (Motacilla alba).

Na nomenclatura botânica, o nome da subespécie que repete automaticamente o nome de sua espécie é o seu "autônimo", e a subespécie é a "subespécie autonômica".[7]

Referências

  1. Aulete 2019.
  2. Michaelis 2019.
  3. Mayr, E. (1982). «Of what use are subspecies?». The Auk. 99 (3): 593−595 
  4. Monroe, B. L. (1982). «A modern concept of the subspecies». The Auk. 99 (3): 608−609 
  5. «Species - Speciation». Encyclopædia Britannica (em inglês). Consultado em 20 de abril de 2021 
  6. «International Code of Zoological Nomenclature - Artigo 47». code.iczn.org. Consultado em 8 de agosto de 2022 
  7. McNeill, J.; Barrie, F. R.; Buck, W. R.; Demoulin, V.; Greuter, W.; Hawksworth, D. L.; Herendeen, P. S.; Knapp, S.; Marhold, K.; Prado, J.; Prud'homme Van Reine, W.F.; Smith, G. F.; Wiersema, J. H.; Turland, N. J. (2012). International Code of Nomenclature for algae, fungi, and plants (Melbourne Code) adopted by the Eighteenth International Botanical Congress Melbourne, Australia, July 2011. Regnum Vegetabile 154. [S.l.]: A.R.G. Gantner Verlag KG. ISBN 978-3-87429-425-6 

Bibliografia

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