Tinta nanquim

tipo de tinta preta originária da China

A tinta nanquim (português brasileiro) ou tinta da china (português europeu) é um material corante preto originário da China. É preparado com negro de fumo (também conhecido por pó de sapato) coloidal e empregado em desenhos, aquarelas e na escrita.

Pinheiros. Pintura de Hasegawa Tohaku do século XVI, utilizando tinta nanquim sobre papel.

Desenvolvida pelos chineses há mais de dois mil anos, a tinta é constituída por nanopartículas de carvão suspensas em uma solução aquosa. Como nanopartículas dissolvidas em líquido se agreguem e formam micro- e macropartículas que sedimentam no fundo do recipiente, os chineses antigos descobriram como estabilizar a solução ao acrescentar goma arábica (uma espécie de cola).

A tinta nanquim é muito parecida com a tinta sumi, de origem japonesa para a arte sumi e que tem, como composição, fuligem, goma arábica, água e especiarias.[carece de fontes?]

Surgimento

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O nanquim foi desenvolvido pelas primeiras civilizações juntamente com outras tintas expressivas, como o guache, a tempera e aquarelas.[1]

Os chineses desenvolveram o azul de Han ( ) a partir da calcinação de uma mistura de sílica, óxidos de cobre e sais de bário. Para outros pigmentos, como o vermelho, os chineses utilizaram a hematita misturado a calcita ( ). Já para a cor rosa, utilizou-se Ouropigmento ( ), e para a cor laranja foi usado a hematita com Ouropigmento. Ou, outra opção para esta cor era a utilização do massicote e litargírio (  ortorrômbico e tetragonal, respectivamente).[carece de fontes?]

No início a tinta nanquim era preparada através da dispersão de partículas de carbono em água. Para impedir a junção das partículas de carbono e estabilizar a suspensão do nanquim, era acrescentada goma arábica. Atualmente a tinta é preparada com nanopartículas de carbono esferoidais, conhecidas como negro de fumo ou pó de sapato.[2]

Microbiologia

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Na microbiologia a tinta nanquim também pode ser utilizada para fazer coloração negativa, processo semelhante à microscopia de campo escuro, mas que não fere a célula que está a ser analisada, como é o caso com esfregaços e outros métodos de coloração. Esta técnica é muito utilizada ao analisar fungos leveduriformes, pois evidencia a presença de cápsulas em leveduras, caso estejam presentes.[3][4]

Referências

  1. Mello, V. M.; Suarez, P. A. Z., Vinicius M. Mello, Paulo A. Z. Suarez* (5 de março de 2012). «As Formulações de Tintas Expressivas Através da História». Revista Virtual de Química. Consultado em 21 de setembro de 2017 
  2. Mello, V. M.; Suarez, P. A. Z., Vinicius M. Mello, Paulo A. Z. Suarez (5 de março de 2012). «As Formulações de Tintas Expressivas Através da História». Revista Virtual de Química. Consultado em 21 de setembro de 2017 
  3. PELCZAR, Michael; REID, Roger; CHAN, E.C.S. (1980). Microbiologia Volume 1. São Paulo: McGraw-Hill. 78 páginas 
  4. INGRAHAM, John; INGRAHAM, Catherine (2010). Introdução à microbiologia: Uma abordagem baseada em estudos de casos. Boston: Cengage Learning. 54 páginas 

Ligações externas

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