Área de Proteção Ambiental do Tapajós

Área de Proteção Ambiental do Tapajós de nível Federal, localizado (a) em Trairão (PA), Novo Progresso (PA), Jacareacanga (PA), Itaituba (PA)
Área de Proteção Ambiental do Tapajós
Geografia
País
Unidade federativa
Área
20 403,35 km2
Coordenadas
Funcionamento
Estatuto
História
Fundação
Mapa

A Área de Proteção Ambiental do Tapajós (APA) é uma Unidade de Conservação situada no estado do Pará, Brasil. Está inserido na categoria de Unidade de Conservação de Uso Sustentável, com instância responsável estadual [1].

Criação editar

Criada em 2006 pelo Decreto s/nº, de 13 de fevereiro de 2006, a criação da APA ocorreu com os objetivos básicos de proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais [2].

Informações geográficas editar

Com uma área de 2.040.331,05 hectares, a APA situa-se no bioma amazônico e sua jurisdição legal está vinculada à Amazônia Legal. A Estrada Transgarimpeira corta a APA no sentido leste-oeste e constitui seu melhor acesso.

Os município(s) do Pará no(s) qual(is) incide a Unidade de Conservação,e as suas respectivas correspondências de quanto englobam a UC, são:

  • Itaituba - 85,85%
  • Jacareacanga - 13,84%
  • Trairão - 0,26%

Características biológicas editar

Fitofisionomia editar

As vegetações predominantes local são: Floresta Ombrófila Aberta e Floresta Ombrófila Densa Presentes no bioma aamazônico, as vegetações caracterizam-se pela vegetação de folhas largas e perenes e por chuvas abundantes e frequentes.

Bacia hidrográfica editar

A UC possui território total na Bacia Hidrográfica do Tapajós.

Bioma editar

A UC possui sua área total inserida no bioma amazônico.

Gestão editar

Criado em 2011, o conselho é consultivo, podendo, junto ao órgão gestor (ICMBIO) Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, acompanhar a elaboração, a implantação e a revisão do Plano de Manejo (Lei 9985/00 art. 18. § 5° e decreto 4340/02 art. 20 inciso II). O conselho consultivo pode também opinar sobre contratações e os dispositivos do termo de parceria com Organizações da sociedade civil de interesse público (Oscip).

Principais ameaças editar

Exploração ilegal de madeira e desemprego editar

Por conta da atividade de exploração ilegal de madeira na região, inúmeras famílias perderam seus empregos e fonte de renda. O altíssimo nível de desemprego foi também devido ao decorrente aumento de tensão social entre trabalhadores, proprietários de terras e agentes fiscalizadores [3].

A APA Tapajós foi identificada então como prioritária para concessão em função dos estoques disponíveis de madeira e para solucionar parcialmente as tensões sociais existentes na área [4].

Garimpo editar

Por conta da Bacia dos Tapajós ser rica e diversificada reserva natural de minério, sofre com a exploração em grande escala de seus recursos, como pelas atividades garimpeiras. Na tentativa de superar e até de reverter essas dificuldades, a ponto de estimular o emprego e renda na região, porém ser desequilibrar o ambiente, a utilização de técnicas de sensoriamento remoto, geoprocessamento e gerenciamento de dados, têm sido ferramentas úteis na aquisição e processamento de dados para um maior controle do panorama da região. [5]

Principais atividades editar

Uso de madeira editar

A APA Tapajós foi identificada como prioritária para concessão para uso de madeira em função dos estoques disponíveis de madeira em localização que permite atender à demanda do Município de Novo Progresso e do Distrito de Moraes de Almeida [6].

Pesca editar

Também, as comunidades ribeirinhas da região, possuem enorme influência e destaque sobre a pesca local. Tal atividade, garante o sustento destas familias, além de contrbuir para a economia local. No entanto, a atividade pode estar comprometido por conta de planos governamentais de se estruturar redes hidrelétricas e barragens em pontos altos da bacia hidrográfica, alterando o nível da água em regiões mais baixas, por exemplo [7].

Referências

  1. MATOS, Bruno Rafael Miranda; DA SILVA, Daniely Andressa. Licenciamento ambiental e a gestão da área de proteção ambiental do Tapajós. Revista Meio Ambiente e Sustentabilidade, v. 16, n. 8, 2019.
  2. NITSCHKE, Pedro Peixoto. Influências da pressão pesqueira e áreas de proteção ambiental na comunidade de peixes em dois rios tropicais. 2018.
  3. BRASIL. Plano Anual de Outorga Florestal. Área de Proteção Ambiental do Tapajós. 2007-2008.
  4. CUNHA, Aline do Socorro Dias; FERREIRA, Raissa Fernanda Paixão de Souza. Análise espaço temporal da dinâmica do uso e cobertura do solo da Área de Proteção Ambiental-APA do Tapajós a partir de alertas de desmatamento dos anos de 2016 a 2020. 2022.
  5. ARAGÃO, Arthur Jeronimo Santana. Identificação de pontos de mineração/garimpo nos limites da Bacia do Tapajós, Sudoeste do Estado do Pará. Orientador: Carlos Rodrigo Tanajura Caldeira. 2022. 50 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Cartográfica e de Agrimensura) – Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, 2022.
  6. MADEIRA FILHO, Wilson. A disputa do Boto Cor-de-Rosa e do Boto Tucuxi na festa do Çairé 2019 enquanto estratégia de protesto e de resistência na Área de Proteção Ambiental de Alter do Chão. Conselho Editorial Autografia, p. 19.
  7. FEARNSIDE, Philip M. Hidrelétricas e hidrovías na Amazônia: Os planos do governo brasileiro para a bacia do Tapajós. Hidrelétricas na Amazônia: impactos ambientais e sociais na tomada de decisões sobre grandes obras, v. 2, p. 85-98, 2015.