Ítalo Campofiorito

Arquiteto, professor universitário e crítico de arte francês radicado no Brasil

Ítalo Campofiorito (Paris, 1933 - Rio de Janeiro, 27 de maio de 2020) foi um arquiteto, professor universitário e crítico de arte francês radicado no Brasil.[1][2]

Ítalo Campofiorito
Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Período 1989 - 1990
Secretário da cultura de Niterói
Período 1996 - 2004
Dados pessoais
Nome completo Ítalo Campofiorito
Nascimento 1933
Paris, França
Morte 27 de maio de 2020 (87 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade Francês
Progenitores Mãe: Hilda Campofiorito
Pai: Quirino Campofiorito
Alma mater Universidade Federal do Rio de Janeiro
Profissão Arquiteto, professor universitário, crítico de arte

Biografia editar

Ítalo nasceu em Paris, capital da França no ano de 1933, enquanto seus pais estavam em viagens artísticas pela Europa.[3] É filho dos pintores brasileiros, Hilda e Quirino Campofiorito.[4] Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde formou-se em 1956, no curso de Arquitetura na Faculdade Nacional de Arquitetura do Brasil, vinculada a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).[5][6]

Trabalhou com Oscar Niemeyer na Novacap, e foi um dos profissionais responsáveis pela proposta de urbanização de Brasília.[7] Foi chefe do Serviço Metropolitano de Brasília, entre 1961 e 1963 e atuou como professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (UnB), entre 1962 e 1965.[8]

Especializou-se na área de tombamento de patrimônios históricos. Foi presidente da Fundação Nacional Pró-Memória (FNPM) e secretário do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), entre 1989 e 1990.[9] Também foi chefe do Serviço Metropolitano Urbanístico de Brasília, entre 1961 e 1963; diretor do Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (INEPAC), do Rio de Janeiro, entre 1979 e 1980; e secretário de Cultura de Niterói (RJ) entre 1996 e 2004, período da criação do Museu de Arte Contemporânea (MAC).[5][3]

Em 2012, foi tema de um dos livros da Coleção Modernismo +90, da editora Casa da Palavra, que fez essa coleção em comemoração aos 90 anos da Semana de Arte Moderna de 1922.[10] No livro, Ítalo foi entrevistado por pesquisadores.[11]

No ano de 2015, foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural (OMC), em cerimônia que contou com a presença da então Presidenta da República, Dilma Rousseff.[12]

Morte editar

Morreu na capital carioca, no dia 27 de maio de 2020, vítima de um ataque cardíaco aos 87 anos.[13] O arquiteto e acadêmico vinha sofrendo de câncer.[5] O município de Niterói declarou luto oficial pela morte do arquiteto.[14][15]

Referências

  1. «Fotos: compare imagens da Esplanada dos Ministérios em 1960 e 2014». Correio Braziliense. 12 de dezembro de 2014. Consultado em 28 de maio de 2020 
  2. de Andrade, Harrikson (6 de dezembro de 2012). «Colegas que trabalharam com Niemeyer em Brasília lamentam morte do arquiteto». UOL. Consultado em 28 de maio de 2020 
  3. a b Pessôa, José (2020). «Italo Campofiorito (1933-2020) - Falece o arquiteto que tombou Brasília». Vitruvius. Consultado em 28 de maio de 2020 
  4. «Hilda Campofiorito (1901-1997)». Niterói Artes. Consultado em 29 de maio de 2020 
  5. a b c «Ítalo Campofiorito, ex-presidente do Iphan, falece no Rio de Janeiro». Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 27 de maio de 2020. Consultado em 28 de maio de 2020 
  6. «Ítalo Campofiorito». IEB - Instituto de Estudos Brasileiros (USP). Consultado em 28 de maio de 2020 
  7. Campofiorito, Ítalo. «Brasília revisitada». www.labjor.unicamp.br. Revista eletrônica do IPHAN. Consultado em 28 de maio de 2020 
  8. Gil, Jorge (16 de maio de 2018). «Universidade reintegra professora afastada na ditadura». Universidade Nacional de Brasília. Consultado em 28 de maio de 2020 
  9. «Italo Campofiorito morre aos 87 anos». Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU-RJ). 27 de maio de 2020. Consultado em 28 de maio de 2020 
  10. Velasco, Suzana (4 de dezembro de 2012). «Um movimento entre a ruptura estética e o valor do passado». O Globo. Consultado em 28 de maio de 2020 
  11. «Italo Campofiorito : olhares sobre o moderno : arquitetura, patrimônio, cidade / Italo Campofiorito ; Organização: Eduardo Jardim, Luiz Camillo Osorio e Otavio Leonídio.». Acervo da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Consultado em 28 de maio de 2020 
  12. Rousseff, Dilma (9 de novembro de 2015). «Discurso da Presidenta da República, Dilma Rousseff, durante cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Cultural 2015». Palácio do Planalto. Consultado em 5 de agosto de 2023. Cópia arquivada em 5 de agosto de 2023 
  13. «Morre, aos 87 anos, o professor Ítalo Campofiorito». O Fluminense. 27 de maio de 2020. Consultado em 28 de maio de 2020 
  14. «Niterói decreta luto pela morte de Ítalo Campofiorito». O São Gonçalo. 28 de maio de 2020. Consultado em 29 de maio de 2020 
  15. «Niterói decreta luto de três dias pela morte do arquiteto Ítalo Campofiorito». O Dia - Niterói. 29 de maio de 2020. Consultado em 29 de maio de 2020