En kongelig affære

filme de 2012 dirigido por Nikolaj Arcel
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En kongelig affære (br O Amante da Rainha pt Um Caso Real) é um filme dinamarquês de 2012, do gênero drama histórico, dirigido por Nikolaj Arcel e estrelado por Mads Mikkelsen, Alicia Vikander e Mikkel Følsgaard. A história passa-se no século XVIII, na corte do mentalmente doente Rei Cristiano VII da Dinamarca, e centra-se no romance entre sua esposa, Carolina Matilde da Grã-Bretanha, e o médico real Johann Friedrich Struensee.

En kongelig affære
En kongelig affære
No Brasil O Amante da Rainha[1]
Em Portugal Um Caso Real[2]
 Dinamarca
 Suécia
 Chéquia
2012 •  cor •  137 min 
Gênero filme de romance
filme de drama histórico
Direção Nikolaj Arcel
Produção Meta Louise Foldager
Sisse Graum Jørgensen
Louise Vesth
Roteiro Nikolaj Arcel
Rasmus Heisterberg
Baseado em Prinsesse af blodet, de Bodil Steensen-Leth
Elenco Mads Mikkelsen
Alicia Vikander
Mikkel Følsgaard
Música Cyrille Aufort
Gabriel Yared
Cinematografia Rasmus Videbæk
Edição Kasper Leick
Mikkel E.G. Nielsen
Companhia(s) produtora(s) Zentropa Entertainments
DR TV
Trollhättan Film AB
Film i Väst
Sveriges Television
Sirena Film
Distribuição Nordisk Film Distribution
Lançamento Alemanha16 de fevereiro de 2012
(Berlinale)
Dinamarca 29 de março de 2012
Idioma língua dinamarquesa
Orçamento US$ 8.406.127,40[3]
Receita US$ 7,594,693[4]

O filme recebeu dois Ursos de Prata no 62º Festival Internacional de Berlim,[5] e foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro no 85º Oscar[6] e ao prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira no 70º Globo de Ouro.[7]

Enredo

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A princesa Carolina Matilde é vista escrevendo uma carta aos seus filhos na qual promete contar-lhes a verdade. O filme retrocede para quando Carolina estava na Inglaterra, prestes a partir para se casar com Cristiano VII da Dinamarca. Ela é apaixonada por artes e educação, mas ao chegar à Dinamarca é-lhe dito que muitos de seus livros são proibidos naquele país. Cristiano é mentalmente doente e Carolina é infeliz no casamento. Logo ela fica grávida de um filho (Frederico VI da Dinamarca).

Enevold Brandt e Schack Carl Rantzau recrutam o médico alemão Johann Struensee para trabalhar como médico pessoal do rei. Struensee é um homem do Iluminismo, muito influenciado pelos escritos de Jean-Jacques Rousseau. Ele mantém esse segredo do Estado, que lhe dá boas-vindas porque seu pai é um padre bem conhecido. O rei Cristiano toma forte afeição por Struensee e este torna-se um grande amigo e confidente. Quando Struensee consegue inocular o príncipe Frederico contra uma epidemia de varíola, ele torna-se muito respeitado no tribunal. Cristiano tem muito pouca influência no Conselho de Estado, mas Struensee diz-lhe que ele pode conseguir isso "atuando". O médico começa então a escrever discursos para o rei, os quais defendem seus próprios pontos de vista progressistas, e diversas reformas são aprovadas ​​na Dinamarca.

Carolina e Struensee ficam sabendo de seus interesses e pontos de vista liberais mútuos. Eles apaixonam-se e começam um romance. Quando Carolina fica grávida, eles protegem-se convencendo Cristiano a voltar a dormir com ela. Como resultado, todos acreditam que a princesa Luísa Augusta é filha de Cristiano. A influência de Struensee continua a crescer e, eventualmente, ele convence o rei a atribuir-lhe o direito de aprovar qualquer lei. Tais reformas incluem a abolição da censura, a abolição da tortura e a redução do poder da aristocracia. A rainha-mãe, Juliana, percebe o romance entre Carolina e Struensee e o caso dos dois é revelado. Cristiano fica inicialmente com raiva, mas perdoa o amigo e diz-lhe que eles devem seguir como se nada tivesse acontecido.

Juliana e o estadista eminente Ove Hoegh-Guldberg são fortemente contra as reformas de Struensee, enquanto o povo dinamarquês também fica infeliz que um estrangeiro civil esteja no comando. Hoegh-Guldberg incita um golpe contra ele. Cristiano recusa-se a entregar Struensee ao povo, mas Hoegh-Guldberg mente que o médico e Carolina estão planejando matá-lo e tomar o poder. Cristiano permite, assim, que Carolina seja presa e levada para viver em exílio, enquanto Struensee é condenado à morte. Cristiano emite um perdão, não querendo que seu amigo morra, mas Hoegh-Guldberg evita que isso se concretize a tempo e Struensee é decapitado.

O filme retorna a Carolina escrevendo a carta, onde ela revela que está morrendo de uma doença. Dez anos mais tarde, o príncipe Frederico e a princesa Luísa Augusta leem essa carta. O texto mostrado na tela revela que quando se tornou rei, Frederico retornou às reformas de Struensee.

Elenco

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Produção

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Nikolaj Arcel e Rasmus Heisterberg começaram o processo de escrita através da leitura do romance de 1999 A Visita do Médico Real de Per Olov Enquist, o qual é baseado nos acontecimentos do período em que Johann Friedrich Struensee esteve na corte dinamarquesa. O direitos de exclusividade cinematográfica do romance já haviam sido vendidos a uma empresa que vinha lutando há mais de uma década para fazer uma adaptação em grande escala em inglês, e não quis vender os direitos para a Zentropa. A pesquisa continuou e o filme acabou por ser creditado como baseado no romance erótico de Bodil Steensen-Leth Prinsesse blodet af ("Princesa de Sangue"), que conta a história a partir da perspectiva da rainha, Carolina Matilde. Porém, a perspectiva e caracterização do filme permaneceram altamente influenciado pela versão de Enquist, em particular no modo como Struensee é retratado como um fomentador idealista da liberdade de expressão, na visão romântica da corte real como uma falsidade irônica e no papel da rainha como um revolucionária junto a Struensee. Para evitar conflitos sobre os direitos, Enquist foi contatado para esclarecer alguns exemplos do que ele tinha inventado e do que era baseado em fatos documentados, e uma pessoa foi contratada especificamente para comparar o roteiro e o romance para garantir que eles eram diferentes o suficiente.[3]

O filme, produzido pela Zentropa, é uma co-produção entre a Dinamarca, a Suécia e a República Checa,[8] e teve um orçamento de 46 milhões de coroas dinamarquesas (US$ 8.406.127,40).[3] Antes de decidir o título final, o filme teve os títulos Dronningen og livlægen ("A Rainha e o Médico Real"), baseado, em parte, no título do livro de Enquist, e Caroline Mathildes år ("Os Anos de Carolina Matilde").[9]

Recepção da crítica

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O filme recebeu bastante elogios da crítica especializada. O site de críticas Rotten Tomatoes dá ao filme uma pontuação de 89% com base em 102 avaliações, com uma classificação média de 7,3/10, e o resumo, "O Amante da Rainha é um drama de trajes luxuosos e suntuosos com uma história suculenta para apoiá-lo."[10] Já o site Metacritic dá uma ponderada média de 73 pontos com base em opiniões de 27 críticos, indicando "avaliações favoráveis​​."[11]

O Crítico Britânico de Cinema Mark Kermode empatou o filme como o Melhor Filme de 2012 juntamente com Berberian Sound Studio.

Prêmios

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No Festival de Cinema de Berlim, Mikkel Følsgaard ganhou o Urso de Prata de Melhor Ator e Nikolaj Arcel e Rasmus Heisterberg ganharam o prêmio de Melhor Roteiro.

Ano Prêmio Categoria Indicado(s) Resultado
2013 Oscar Melhor Filme Estrangeiro O Amante da Rainha Indicado
2013 Globo de Ouro Melhor Filme Estrangeiro O Amante da Rainha Indicado
2012 Dallas-Fort Worth Film Critics Association Awards Melhor Filme Estrangeiro O Amante da Rainha Indicado
2012 Phoenix Film Critics Society Award Melhor Figurino Manon Rasmussen Indicado
Melhor Filme Estrangeiro O Amante da Rainha Indicado
2012 Satellite Awards Melhor Filme Estrangeiro O Amante da Rainha Indicado
Melhor Figurino Manon Rasmussen Venceu
Melhor Direção de Arte e Design de Produção Niels Sejer Indicado
2012 Washington D.C. Area Film Critics Association Awards Melhor Filme Estrangeiro O Amante da Rainha Indicado
2012 Festival Internacional de Cinema de Berlim Urso de Ouro Nikolaj Arcel Indicado
Melhor Roteiro Nikolaj Arcel and Rasmus Heisterberg Venceu
Melhor Ator Mikkel Følsgaard Venceu

Referências

  1. O Amante da Rainha no CinePlayers (Brasil)
  2. Um Caso Real no SapoMag (Portugal)
  3. a b c Björn Kleen (15 de abril de 2012). «Slaget om Dr Struensees liv» (em sueco). Expressen. Consultado em 1 de junho de 2014 
  4. «A Royal Affair (2012) - Box Office Mojo» (em inglês). boxofficemojo.com. Consultado em 31 de maio de 2014 
  5. Peter Zander (19 de fevereiro de 2012). «62ND BERLIN INTERNATIONAL FILM FESTIVAL FEBRUARY 09 - 19, 2012: Surprising and surprised winners» (em inglês). berlinale.de. Consultado em 31 de maio de 2014 
  6. «Oscars: Hollywood announces 85th Academy Award nominations» (em inglês). BBC News. 10 de janeiro de 2013. Consultado em 31 de maio de 2014 
  7. «Golden Globe nominations 2013: Foreign category flies to France» (em inglês). Los Angeles Times. 13 de dezembro de 2012. Consultado em 31 de maio de 2014 
  8. Gary Levinson (1 de março de 2012). «En Kongelig Affære (A Royal Affair)» (em inglês). indiemusicreview. Consultado em 1 de junho de 2014 
  9. «En kongelig affære» (em dinamarquês). Instituto de Cinema da Dinamarca. Consultado em 1 de junho de 2014 
  10. «A Royal Affair» (em inglês). Rotten Tomatoes. Consultado em 10 de dezembro de 2017 
  11. «A Royal Affair» (em inglês). Metacritic. Consultado em 10 de dezembro de 2017 
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