Afundamento do solo de Maceió

evento geológico

O afundamento do solo de Maceió é um processo geológico de subsidência do solo em vários bairros da cidade Maceió, capital do estado de Alagoas, de natureza antropogênica, causado pela exploração inadequada e consequente colapso das minas de sal-gema da mineradora brasileira Braskem.

Afundamento do solo de Maceió
Afundamento do solo de Maceió
Ruinas de um imóvel afetado pelo afundamento
Data Desde fevereiro de 2018 (2018 -02)
Danos 14 mil imóveis
Vítimas 60 mil desalojados
Áreas afetadas Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol
Causas Mineração de sal-gema

A cidade sofre com um lento processo de afundamento do solo que causa desgastes em diversas estruturas, como ruas, casas e infraestruturas urbanas. Cerca de 60 mil pessoas foram obrigadas a abandonar suas residências e propriedades.[1] Bairros inteiros estão sob ameaça de destruição,[2][3] por exemplo os bairros de Pinheiro, Bom Parto, Mutange, Bebedouro e em parte do Farol.[2]

No dia 10 de dezembro de 2023, a mina 18 da Braskem na área se rompeu.[4]

Histórico e causas editar

A causa do afundamento é atribuída ao impacto de quatro décadas de mineração do solo para extração do sal-gema, minério usado para fabricação de itens como soda cáustica e PVC, pela empresa Braskem.[2][5][6] As primeiras rachaduras do solo foram identificadas no bairro do Pinheiro, em fevereiro de 2018, após fortes chuvas.[7] Duas semanas depois, o asfalto de algumas ruas cedeu e as rachaduras de imóveis aumentaram na sequência de um tremor de terra.[8]

Pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) vêm apontando o risco de afundamento do solo em Maceió devido às atividades mineradoras desde pelo menos 2010, sendo que alertas foram emitidos trinta anos antes, na década de 1980, por dois professores da Universidade.[9]

Foi apenas um ano depois desses episódios, em maio de 2019, que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão de pesquisa ligado ao Ministério de Minas e Energia, confirmou a relação entre o afundamento do solo e as atividades de mineração da empresa, em relatório apresentado na sede da Justiça Federal em Alagoas.[5] Ao longo de todo o período de exploração, a empresa explorou 35 minas, e, com o tempo, algumas delas acabaram por se fundir em cavidades de mais de 100 metros de largura.[10]

De acordo com o estudo, a exploração do sal-gema foi feita de maneira inadequada, desestabilizando as cavernas subterrâneas preexistentes e provocando as fissuras.[5] Naquele momento, a área de risco, que até então era considerada concentrada no bairro do Pinheiro, foi ampliada para os bairros de Mutange e Bebedouro.[5] Novas áreas seriam identificadas depois.

População afetada editar

Não existem dados precisos sobre a quantidade de pessoas afetadas pelo desastre de afundamento do solo. Em maio de 2022, a Prefeitura de Maceió realizou reunião com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para solicitar apoio na coleta e cruzamento das informações com outros órgãos da Administração Municipal.[11]

Estima-se que 55 mil pessoas foram afetadas desde 2018, entre moradores e comerciantes, e 14 mil imóveis condenados nos cinco bairros atingidos: Bebedouro, Bom Parto, Farol, Mutange e Pinheiro.[2] Nas estimativas mais atuais, a Prefeitura de Maceió menciona 64 mil pessoas.[6]

Os problemas causados pelo afundamento, que incluem questões ambientais, sociais e econômicas, são amplos e ainda estão sendo investigados. Além da insatisfação com os acordos propostos pela Braskem, moradores ainda convivem com o crescimento acelerado da população de gatos de rua e mosquitos; alguns se recusam a deixar as áreas de risco, que estão sendo periodicamente atualizadas nos mapas oficiais da Prefeitura desde 2019.[3]

Danos ao patrimônio histórico editar

 
Estação no bairro de Bebedouro (2015), em Maceió, um dos mais antigos da cidade e a região mais afetada pelo afundamento

O bairro de Bebedouro, um dos atingidos pelo afundamento, é um dos distritos mais antigos de Maceió, com quase 200 anos.[3][12] Prédios tombados pelos departamentos de patrimônio histórico estadual e municipal estão localizados ali, como o Asylo das Órphans Desvalidas de Nossa Senhora do Bom Conselho[3] e a Igreja de Santo Antônio de Pádua.[13]

A Prefeitura de Maceió fez um levantamento inicial de 20 endereços com imóveis de interesse histórico entre os diferentes bairros afetados, mas ainda não o tornou público. A Braskem também afirma que está realizando estudo sobre a situação do patrimônio histórico afetado.[12]

Patrimônio histórico / de interesse público afetado editar

Ano[nota 1] Nome atual Função atual Nome original Função original Bairro(s) Situação Duração (anos)[nota 2] Classificação
1833 Solar Nunes Leite Residência - - Bebedouro Acesso restrito desde 2019 186 Zona Especial de Preservação Cultural[nota 3]
1845 Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Parto Templo - - Bom Parto Fechada em 2022 177 Unidade Especial de Preservação Cultural[nota 4]
1872 Capela de Nossa Senhora da Conceição Templo - - Chã de Bebedouro Funcionando em área de risco desde 2022 150 Zona Especial de Preservação Cultural[nota 3]
1873 Igreja Matriz de Santo Antônio de Pádua Templo - - Bebedouro Fechada em 2022 149 Zona Especial de Preservação Cultural[nota 3]
1877 Sociedade Nossa Senhora do Bom Conselho Escola Asylo das Órphans Desvalidas de Nossa Senhora do Bom Conselho Orfanato Bebedouro Fechada em 2019 142 Patrimônio Histórico de Alagoas[nota 5]
1884 Estação Bebedouro Estação Ferroviária - - Bebedouro Funcionando em área de risco desde 2019 135 Zona Especial de Preservação Cultural[nota 3]
1889 Cemitério Santo Antônio Cemitério - - Bebedouro Interditado em 2020. Reaberto em 2021 com restrições (sepultamentos proibidos; visitas controladas). 131 Zona Especial de Preservação Cultural[nota 3]
Primeira República (1889-1930) Associação do Magistério (SINTEAL) Sindicato Vila Amália Residência Mutange Fechada em 2020 90+[nota 6] Unidade Especial de Preservação Cultural[nota 4]
Primeira República (1889-1930) Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL) Autarquia Casa de José de Hollanda Cavalcanti Residência Mutange Fechado em 2020 90+[nota 6] Unidade Especial de Preservação Cultural[nota 4]
1911 Vila Operária da Antiga Fábrica Alexandria Vila Operária - - Bom Parto Incluída em área de risco desde 2019 108 Unidade Especial de Preservação Cultural[nota 4]
1914 Hospital Psiquiátrico Dr. José Lopes Hospital Psiquiátrico Vila Lilota Residência Mutange Fechado em 2019 105 Unidade Especial de Preservação Cultural[nota 4]
1915 ou menos Casa de Nise da Silveira Residência - - Chã de Bebedouro Desapropriada em 2023 para demolição 108+[nota 6] Zona Especial de Preservação Cultural[nota 3]
1917 Casa de Saúde Miguel Couto Hospital Psiquiátrico Casa de Hekel Tavares Residência Bebedouro Fechada em 2019 102 Zona Especial de Preservação Cultural[nota 3]
1920-1930 Casas Gêmeas Residência - - Bebedouro Acesso restrito desde 2019 89+[nota 6] Zona Especial de Preservação Cultural[nota 3]
1922 CSA - Sede e Centro de Treinamento Clube esportivo Estádio do Mutange Estádio de futebol Mutange Fechado em 2020 98 -
1941 Igreja Batista do Pinheiro Templo - - Pinheiro Interditada por decisão judicial em 2023 82 Patrimônio Material e Imaterial de Alagoas[nota 7]
1945 Hospital Sanatório Hospital Geral - - Pinheiro Fechado em 2023 78 -
1951 Hospital Portugal Ramalho Hospital Psiquiátrico - - Farol Funcionando em área de risco desde 2021 70 -
1958 Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (CEPA) Complexo Educacional - - Farol Funcionando sob monitoramento desde 2019 61 -
1978 Parque Municipal de Maceió Recurso natural - - Bebedouro Funcionando sob monitoramento desde 2023 45 Zona de Interesse Ambiental e Paisagístico[nota 8]
1983 Igreja Matriz do Menino Jesus de Praga Templo - - Pinheiro Fechada em 2021 38 -
1995 Estação Mutange Estação de VLT - - Mutange Fechada em 2020 25 -
N/A Lagoa Mundaú Recurso natural - - Bebedouro, Mutange, Bom Parto Interditada para navegação desde 2023 N/A Zona de Interesse Ambiental e Paisagístico[nota 9]

Solar Nunes Leite editar

 
Solar Nunes Leite em 2016. Bebedouro, Maceió-AL

Localizado na Praça Coronel Lucena Maranhão, no. 64, Bebedouro, há registros de que em 1833 o solar era residência de Manuel Lobo de Miranda Henriques, presidente da província de Alagoas entre 1831 e 1832, e em 1906 do Comendador Jacintho José Nunes Leite, empresário[17] e figura importante para o bairro.[18]

Incluído em uma Zona Especial de Preservação Cultural (ZEP) pelo Plano Diretor de Maceió de 2005,[nota 3] o casarão encontra-se em área afetada pelo afundamento do solo pelo menos desde 2019.[19]

Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Parto editar

Localizada na Rua General Hermes, S/N, Bom Parto, existem registros de que em 1845 já havia a capela dedicada a Nossa Senhora que daria nome ao futuro bairro. No dia 8 de setembro de 1949 foi instalada a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Parto.[20]

Declarada Unidade Especial de Preservação Cultural (UEP) pelo Plano Diretor de Maceió de 2005,[nota 4] teve suas atividades encerradas em 2022 com uma última missa no dia 31 de outubro[21] e a procissão de despedida em 25 de dezembro.[22]

Capela de Nossa Senhora da Conceição editar

Localizada na Rua das Palmeiras, no. 1-53, Chã de Bebedouro, foi inaugurada em 1872.[18] Incluída em uma Zona Especial de Preservação Cultural (ZEP) pelo Plano Diretor de Maceió de 2005,[nota 3] atualmente a Capela de Nossa Senhora da Conceição funciona em área afetada pelo afundamento do solo.[23][24]

Igreja Matriz de Santo Antônio de Pádua editar

 
Igreja Matriz de Santo Antônio de Pádua em 2016. Bebedouro, Maceió-AL

Localizada na Praça Coronel Lucena Maranhão, S/N, Bebedouro, em 1873 foi inaugurada a Capela de Santo Antônio de Pádua. No dia 12 de junho de 1913 foi instalada a Igreja Matriz de Santo Antônio de Pádua, que passou a ser o novo padroeiro do bairro, substituindo a padroeira original, Nossa Senhora da Conceição.[18][25]

Incluída em uma Zona Especial de Preservação Cultural (ZEP) pelo Plano Diretor de Maceió de 2005,[nota 3] teve suas atividades encerradas em 15 de novembro de 2022 com missa e procissão de despedida.[26][27]

Sociedade Nossa Senhora do Bom Conselho editar

 
Sociedade Nossa Senhora do Bom Conselho em 2016. Bebedouro, Maceió-AL

Localizado na Avenida Major Cícero de Góes Monteiro, no. 3.670, Bebedouro, o Asylo das Órphans Desvalidas de Nossa Senhora do Bom Conselho foi estabelecido pela Lei No. 748, de 13 de junho de 1877, e instalado no dia 8 de dezembro do mesmo ano com a função de receber as órfãs dos soldados alagoanos mortos na Guerra do Paraguai e as que perderam seus familiares durante a grande seca que atingiu a região no período (1877-1879).[28]

Transformado em 1938 na Escola Normal Rural Nossa Senhora do Bom Conselho,[28] foi tombado pelo Patrimônio Histórico estadual em 19 de julho de 1999[nota 5] e incluído em 2005 em uma Zona Especial de Preservação Cultural (ZEP) pelo Plano Diretor de Maceió.[nota 3]

Em fevereiro de 2019 a atual Escola Estadual Nossa Senhora do Bom Conselho foi interditada[29] e seus alunos foram transferidos para outras escolas,[30] sendo fechada em definitivo em outubro de 2020.[31]

Estação Bebedouro editar

Localizada na Rua Tobias Barreto, no. 81, Bebedouro, a Estação Bebedouro foi inaugurada no dia 3 de dezembro de 1884 como parte da ferrovia que ligava o centro de Maceió à cidade de Vila Imperatriz, atual União dos Palmares.[32]

Incluída em uma Zona Especial de Preservação Cultural (ZEP) pelo Plano Diretor de Maceió de 2005,[nota 3] a estação atualmente integra o Sistema de Trens Urbanos de Maceió[33] e segue funcionando em área de risco.[34]

Cemitério Santo Antônio editar

Localizado na Travessa Belo Alves, no. 207-179, Bebedouro, o cemitério Santo Antônio começou a ser construído em 1889, e já estava funcionando em 1891. Inicialmente administrado pela Igreja de Santo Antônio de Pádua, passou à gestão da Prefeitura de Maceió em 1956 com o nome de Cemitério Público Santo Antônio.[18] Em 2005 foi incluído em uma Zona Especial de Preservação Cultural (ZEP) pelo Plano Diretor de Maceió.[nota 3]

Por estar situado em área afetada pelo afundamento do solo o cemitério foi interditado em outubro de 2020,[35] sendo reaberto um ano depois[36] como Memorial Santo Antônio. Novos sepultamentos estão proibidos, e visitas só são permitidas mediante agendamento.[37][38]

Associação do Magistério (SINTEAL) editar

Localizado na Avenida Major Cícero de Góes Monteiro, no. 2.939, Mutange, o palacete conhecido como Vila Amália foi residência da família de Amália Mendonça Barboza. O estilo eclético de sua arquitetura indica que foi construído durante a Primeira República (1889-1930).[39]

Adquirido pelo Governo Estadual e doado à antiga Associação dos Professores Primários de Alagoas (APPA) em 1966, tornou-se sede em 1988 do recém-criado Sindicado dos Trabalhadores da Educação do Estado de Alagoas (SINTEAL).[40]

Declarada Unidade Especial de Preservação Cultural (UEP) pelo Plano Diretor de Maceió de 2005,[nota 4] foi o endereço do sindicato até ser fechado em definitivo no dia 3 de abril de 2020.[41]

Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL) editar

Localizado na Avenida Major Cícero de Góes Monteiro, no. 2.184-2.220, Mutange, o casarão em estilo neoclássico ou eclético foi residência de José de Hollanda Cavalcanti e família. Construído provavelmente durante a Primeira República (1889-1930), foi desapropriado em 1973 pelo governo estadual para tornar-se sede do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL).[42]

Criado em 1975, o IMA-AL é o órgão ambiental mais antigo do Brasil.[43] Declarado Unidade Especial de Preservação Cultural (UEP) pelo Plano Diretor de Maceió de 2005,[nota 4] teve de ser fechado em 2020, obrigando a autarquia a procurar nova sede.[44]

Vila Operária da Antiga Fábrica Alexandria editar

Localizada entre a Avenida Doutor Francisco de Menezes e Rua Doutor Jonas Montenegro, Bom Parto, a Vila Operária foi parte da Fábrica Alexandria, inaugurada em outubro de 1911 por João Antônio Loureiro e Manoel Teixeira Guimarães e vendida em 1913 para a família do futuro futebolista e técnico Zagallo. A fábrica funcionou até 23 de novembro de 1966, quando foi vendida para a empresa Cotonifício da Torre S.A., de Pernambuco.[45]

Declarada Unidade Especial de Preservação Cultural (UEP) pelo Plano Diretor de Maceió de 2005,[nota 4] a Vila Operária foi incluída em 2019 na área atingida pelo afundamento do solo.[46]

Hospital Psiquiátrico Dr. José Lopes editar

 
Hospital Psiquiátrico Dr. José Lopes em 2016. Mutange, Maceió-AL

Localizado na Avenida Major Cícero de Góes Monteiro, no. 3.219, Mutange, o palacete conhecido como Vila Lilota foi construído em 1914 por Francisco de Amorim Leão.[47] Em 1962 foi adquirido pelo Dr. José Lopes de Mendonça e transformado em hospital psiquiátrico.[18]

Declarada Unidade Especial de Preservação Cultural (UEP) pelo Plano Diretor de Maceió de 2005,[nota 4] foi o endereço da casa de saúde até seu fechamento em 2017.[48] Em 2019 foi identificada a formação de dolinas na área do antigo palacete,[49] cujos anexos foram demolidos em 2020.[50]

Casa de Nise da Silveira editar

Localizado na Ladeira Professor Benedito Silva, no. 218, Chã de Bebedouro, o sobrado colonial existe pelo menos desde 1915, ano em que se tornou a residência da família da renomada psiquiatra Nise da Silveira, então com 10 anos de idade,[51] e onde viveria até 1927, quando mudou-se para o Rio de Janeiro após a morte de seu pai.[52]

Incluída em uma Zona Especial de Preservação Cultural (ZEP) pelo Plano Diretor de Maceió de 2005,[nota 3] a casa foi desapropriada pela Prefeitura de Maceió em outubro de 2023 para ser, junto com outros dois imóveis da região, demolida e substituída por “equipamentos de saúde e educação”.[53]

Casa de Saúde Miguel Couto editar

Localizado na Avenida Major Cícero de Góes Monteiro, no. 3.621, Bebedouro, o casarão foi construído em 1917 para residência de João Tavares da Costa, empresário, vice-cônsul do Império Austro-Húngaro em Alagoas e pai do renomado compositor Hekel Tavares.[54]

No começo dos anos 1920 foi vendido ao vice-cônsul da Bolívia em Alagoas, Ezequiel Pereira, que o batizou de Vila Natal, servindo como residência de sua família.[55] Adquirida em 1946 pelo médico Pedro Bernardes e transformada na Casa de Saúde Santa Cândida,[56] trocou novamente de proprietário em 1961 e recebeu a denominação atual em homenagem ao médico Miguel de Oliveira Couto.[57]

Incluída em uma Zona Especial de Preservação Cultural (ZEP) pelo Plano Diretor de Maceió de 2005,[nota 3] teve suas atividades encerradas em 2019[58][55] após a descoberta da formação de dolinas em sua região.[49]

Casas Gêmeas editar

Localizadas na Avenida Major Cícero de Góes Monteiro, no. 3.610, Bebedouro, foram construídas no período 1920-1930 por Ezequiel Pereira, vice-cônsul da Bolívia em Alagoas, como presente de casamento para suas duas filhas. As casas estão situadas em frente à antiga residência de Pereira, o palacete comprado de João Tavares da Costa e futura Casa de Saúde Miguel Couto.[59][55]

Incluídas em uma Zona Especial de Preservação Cultural (ZEP) pelo Plano Diretor de Maceió de 2005,[nota 3] as casas foram isoladas após a descoberta da formação de dolinas em sua região.[49]

CSA - Sede e Centro de Treinamento editar

Localizado na Avenida Major Cícero de Góes Monteiro, no. 2.593, Mutange, o antigo Estádio do Mutange foi ocupado pelo Centro Sportivo Alagoano (CSA) no dia 15 de novembro de 1922 e rebatizado como Estádio Gustavo Paiva em 29 de agosto de 1951, sendo gradativamente estabelecido como sede e centro de treinamento do clube alagoano.[60]

Em 2019 foi identificada a formação de dolinas na área do “CT do CSA”,[49] obrigando seu fechamento definitivo em 30 de maio de 2020.[61]

Igreja Batista do Pinheiro editar

Localizada na Rua Miguel Palmeira, no. 1.300, Pinheiro, a antiga Congregação Batista do Farol já atuava no bairro do Pinheiro na década de 1930, conseguindo erguer seu primeiro templo em 1941. Oficializada como instituição independente em 1970, adotou a denominação atual, Igreja Batista do Pinheiro (IBP). Com o crescimento da quantidade de fiéis adquiriu um terreno próximo em 1971 para a construção de um novo templo, concluído em 1976. O antigo foi derrubado para a construção da casa pastoral.[62]

Reconhecida como Patrimônio Material e Imaterial de Alagoas em 2021,[63] a IBP manteve suas atividades apesar do contínuo esvaziamento do bairro decorrente do afundamento do solo da região até ser interditada em 4 de dezembro de 2023 por decisão judicial.[64]

Hospital Sanatório editar

Localizado na Rua Professor José da Silveira Camerino, no. 1.065, Pinheiro, o Hospital Geral Severiano da Fonseca, atual Hospital Sanatório, foi inaugurado em 1945.[65]

O agravamento do afundamento do solo do bairro indicou, em 2021, a necessidade do fechamento do hospital,[66] que precisou ser evacuado em 20 de novembro de 2023 devido ao risco de colapso da mina no. 18, localizada no bairro vizinho (Mutange), permanecendo fechado desde então.[67]

Hospital Portugal Ramalho editar

Localizado na Rua Goiás, S/N, Farol, foi inaugurado em 15 de janeiro de 1951 como Hospital Colônia Doutor Portugal Ramalho e posteriormente integrado à Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) em 13 de janeiro de 2000, passando a se chamar Hospital Escola Doutor Portugal Ramalho.[68]

Devido ao contínuo esvaziamento do seu entorno decorrente do afundamento do solo da região pelo menos desde 2021[69] o hospital segue funcionando em área de risco.[70]

Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (CEPA) editar

Localizado na Avenida Fernandes Lima, no. 4.804, Farol, um dos maiores complexos educacionais da América Latina foi fundado em 1958 inicialmente com 4 escolas. As outras 7 foram concluídas até 1971, totalizando 11 escolas.[71]

Composto por colégios, ginásios esportivos e outros equipamentos, em fevereiro de 2019 apareceram os primeiros indícios de que o CEPA estava sendo afetado pelo afundamento do solo da região.[72] Entre fevereiro e abril do mesmo ano começou a receber alunos da Escola Estadual Nossa Senhora do Bom Conselho, após sua interdição devido ao mesmo problema.[30]

O CEPA segue sob monitoramento constante, com 3 escolas e 1 ginásio de esportes dentro da área de risco.[73]

Parque Municipal de Maceió editar

 
Parque Municipal de Maceió em 2021. Chã de Bebedouro, Maceió-AL

Localizado na Rua Marquês de Abrantes, S/N, Chã de Bebedouro, o Parque Municipal foi criado em 1978 pela Lei Municipal No 2.514, de 27 de junho do mesmo ano,[74] e declarado Zona de Interesse Ambiental e Paisagístico (ZIAP) pelo Plano Diretor de Maceió de 2005.[nota 8]

Devido ao risco de colapso da mina no. 18, localizada no bairro vizinho (Mutange), o parque foi fechado em 30 de novembro de 2023,[75] sendo reaberto no dia 6 de dezembro seguinte.[76]

Igreja Matriz do Menino Jesus de Praga editar

Localizada na Rua Professor Mário Marroquim, no. 520, Pinheiro, a Igreja Matriz do Menino Jesus de Praga foi inaugurada no dia 25 de março de 1983.[77] O afundamento do solo do bairro forçou a migração dos fiéis para outros lugares, esvaziando progressivamente a região da paróquia e provocando o fechamento do último templo católico do Pinheiro. As celebrações de despedida da igreja ocorreram nos dias 21 e 22 de agosto de 2021.[78]

Estação Mutange editar

Localizada na Avenida Major Cícero de Góes Monteiro, no. 2.244, Mutange, a Estação Mutange foi inaugurada em 1995 como parte do Sistema de Trens Urbanos de Maceió, fazendo a ligação entre as estações Bom Parto e Bebedouro.[79] O afundamento do solo do bairro forçou a suspensão de suas operações em 19 de março de 2020[80] e determinou sua desativação definitiva em 1o de abril do mesmo ano.[81][82]

Lagoa Mundaú editar

 
Lagoa Mundaú em 2014. Maceió-AL

Localizada entre os municípios de Maceió, Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte, a Lagoa Mundaú banha diversos bairros, entre eles 3 daqueles afetados pelo afundamento do solo (Bebedouro, Mutange e Bom Parto). Declarada Zona de Interesse Ambiental e Paisagístico (ZIAP) pelo Plano Diretor de Maceió de 2005,[nota 9] a laguna segue avançando sobre a área desses bairros devido ao rebaixamento deles.[83]

Devido ao risco de colapso de uma das minas de sal-gema operadas no Mutange, a Mundaú foi interditada para navegação no final de novembro de 2023,[84][85] prejudicando pescadores, marisqueiras, o polo de artesanato do Pontal da Barra, empresas de passeios turísticos e outros negócios que dependem da laguna.[86] A Lagoa Mundaú segue sendo monitorada quanto a possíveis impactos ambientais, como a destruição de manguezais[87] ou da fauna local, como a mortandade de peixes verificada no início de 2024.[88]

Resposta das autoridades editar

Após a apresentação de relatório do Serviço Geológico Federal,[5] o governo federal reconheceu, em 28 de maio de 2019, o estado de calamidade pública em Maceió, facilitando a possibilidade de apoio financeiro e técnico à região. A Prefeitura já havia decretado a situação de calamidade meses antes, em março de 2019.[89]

Em outubro de 2019, uma Comissão Externa foi instalada na Câmara dos Deputados para o acompanhamento dos danos causados pelo afundamento e realizou audiências públicas e visitas oficiais à região.[90]

Em 30 de dezembro de 2019, um acordo foi firmado entre o Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE-AL), a Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE-AL), o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União (DPU) e a mineradora Braskem. O documento, chamado "Termo de Acordo para Apoio na Desocupação das Áreas de Risco", tem como objeto o estabelecimento de parâmetros para a realocação de moradores, além da compensação financeira das pessoas atingidas e proprietários de imóveis nos bairros afetados.[91]

A Prefeitura de Maceió criou o Gabinete de Gestão Integrada para a Adoção de Medidas de Enfrentamento aos Impactos do Afundamento dos Bairros (GGI Bairros), por meio do Decreto Nº 9.037 de 6 de janeiro de 2021.[92] O órgão tem, entre outras funções, a atribuição de realizar a escuta e a interlocução com os atores envolvidos no processo e outras autoridades públicas e instituições.[93]

Em 30 de novembro de 2023, a Prefeitura de Maceió decretou situação de emergência no município por 180 dias devido ao "iminente colapso" de uma mina pertencente à Braskem na região da Lagoa Mundaú, no bairro Mutange.[94]

Em dezembro de 2023, o Tribunal de Contas da União, órgão do poder legislativo que auxilia o Congresso Nacional, determinou que a Braskem se explicasse sobre a situação, e que órgãos do governo federal, como o Ibama e o Serviço Geológico Brasileiro, realizassem investigações "para quantificação e reparação dos danos causados à União" em virtude do afundamento.[95]

Ações judiciais editar

A Braskem não admite oficialmente ser causadora do desastre, mas já assinou acordo na Justiça alagoana que prevê o pagamento de mais de 12 bilhões de reais para indenização de moradores e comerciantes, além de realocação de equipamentos públicos como escolas e unidades de saúde.[3]

Um grupo de moradores de Maceió, representados por três escritórios de advocacia, moveram uma ação judicial contra a Braskem na Holanda, mais precisamente na cidade de Roterdã, alegando que as indenizações oferecidas pela empresa não cobrem todos os danos.[96] Em 17 de maio 2022, os moradores das áreas afetadas foram ouvidos pelo Tribunal Distrital de Roterdã.[97]

Em 21 de setembro de 2022, o Tribunal decidiu que tem competência para julgar o caso e admitiu a ação contra a petroquímica, uma vez que três de suas filiais operam no território holandês.[98]

Investigações policiais editar

Em 21 de dezembro de 2023, a Polícia Federal deflagrou a operação Lágrimas de Sal para fornecer mais provas em um inquérito policial que investiga a exploração de sal-gema em Maceió. 14 mandados de busca e apreensão foram expedidos, includindo para a sede da Braskem em Alagoas. Os crimes de poluição qualificada, usurpação de recursos da União e apresentação de estudos ambientais falsos ou enganosos estão sendo investigados.[99]

Ver também editar

Notas e referências

Notas

  1. Ano da inauguração, fundação, instalação, construção, formação ou do registro mais antigo do patrimônio.
  2. Duração em anos entre a inauguração, fundação, instalação, construção, formação ou registro mais antigo do patrimônio e a data em que foi afetado pelo afundamento do solo de Maceió.
  3. a b c d e f g h i j k l m n o p q Incluído(a) em Zona Especial de Preservação Cultural (ZEP) pelo Plano Diretor de Maceió (Lei Municipal No. 5.486, de 30/12/2005, Art. 52, III).[14]
  4. a b c d e f g h i j Declarado(a) Unidade Especial de Preservação Cultural (UEP) pelo Plano Diretor de Maceió (Lei Municipal No. 5.486, de 30/12/2005, Anexo II, Quadro 1).[14]
  5. a b Declarada Patrimônio Histórico de Alagoas pelo Governo Estadual (Decreto No. 38.081, de 19/07/1999; processo de tombamento No. 38.081).[15]
  6. a b c d O caractere “+” significa “ou mais” ou “no mínimo”. Exemplo: “100+” significa “cem ou mais”, “cem, no mínimo”.
  7. Declarada Patrimônio Material e Imaterial do Estado de Alagoas pela Assembléia Legislativa de Alagoas (Lei No. 8.515, de 06/10/2021).[16]
  8. a b Declarado Zona de Interesse Ambiental e Paisagístico (ZIAP) pelo Plano Diretor de Maceió (Lei Municipal No. 5.486, de 30/12/2005, Art. 32, IX).[14]
  9. a b Declarada Zona de Interesse Ambiental e Paisagístico (ZIAP) pelo Plano Diretor de Maceió (Lei Municipal No. 5.486, de 30/12/2005, Art. 32, II).[14]

Referências

  1. «INFOGRÁFICO: Entenda o risco de colapso das minas da Braskem em Maceió». G1. 1 de dezembro de 2023. Consultado em 2 de dezembro de 2023 
  2. a b c d «Afundamento do solo em Maceió pode durar até 10 anos; entenda a formação dos bairros fantasmas». G1. Consultado em 3 de dezembro de 2021 
  3. a b c d e «Chão da capital de Alagoas está cedendo devido ao colapso de cavernas subterrâneas. O desastre provocou a remoção emergencial de cerca de 65 mil pessoas». Metrópoles. 13 de maio de 2021. Consultado em 3 de dezembro de 2021 
  4. «Mina 18 da Braskem acaba de registrar rompimento, alerta Defesa Civil». GazetaWeb. Consultado em 10 de dezembro de 2023 
  5. a b c d e «Serviço Geológico confirma relação das ações da Braskem com as rachaduras no Pinheiro, Mutange e Bebedouro». G1. Consultado em 18 de outubro de 2022 
  6. a b «Bairros afundando transformam parte de Maceió em cidade fantasma e atraem curiosos». BBC News Brasil. Consultado em 18 de outubro de 2022 
  7. «Rachaduras surgem no bairro do Pinheiro após fortes chuvas e intrigam Defesa Civil de Maceió». G1. Consultado em 18 de outubro de 2022 
  8. «Tremor de terra é registrado em vários bairros de Maceió». G1. Consultado em 18 de outubro de 2022 
  9. «Pesquisadores da Ufal alertavam para riscos de afundamento desde 2010». Universidade Federal de Alagoas. Consultado em 1 de dezembro de 2023 
  10. Tribuna Hoje, 2i9 NEGÓCIOS DIGITAIS-. «Documentos indicam que a mina 7 já foi 42% preenchida pela Braskem». Tribuna Hoje. Consultado em 18 de outubro de 2022 
  11. «Prefeitura discute parceria com IBGE para coleta de dados de…». Prefeitura de Maceió (em inglês). Consultado em 18 de outubro de 2022 
  12. a b «Patrimônio fantasma». noticias.uol.com.br. Consultado em 18 de outubro de 2022 
  13. Sampaio, João Arthur. «Conheça a história da Igreja centenária dedicada a Santo Antônio que pode desaparecer». 7Segundos. Consultado em 18 de outubro de 2022 
  14. a b c d MUNICÍPIO DE MACEIÓ, Lei Municipal nº 5486, de 30 de dezembro de 2005. INSTITUI O PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ, ESTABELECE DIRETRIZES GERAIS DE POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO E DÁ OUTRAS PROVIDENCIAS.. Diário Oficial Eletrônico do Município de Maceió, p. 2-88, 31 de dezembro de 2005.
  15. Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas (Secult-AL) (19 de julho de 1999). «Sociedade Nossa Senhora do Bom Conselho». iPatrimonio. Consultado em 17 de dezembro de 2023 
  16. ESTADO DE ALAGOAS, Lei nº 8515, de 6 de outubro de 2021. CONSIDERA A IGREJA BATISTA DO PINHEIRO NO MUNICÍPIO DE MACEIÓ COMO PATRIMÔNIO MATERIAL E IMATERIAL DO ESTADO DE ALAGOAS.. Diário Oficial Eletrônico do Estado de Alagoas, p. 1-1, 06 de outubro de 2021.
  17. «Fundição Alagoana de Jacintho Leite». História de Alagoas. 28 de outubro de 2016. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  18. a b c d e «Estrada de Bebedouro, um dos primeiros caminhos para Maceió». História de Alagoas. 19 de março de 2020. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  19. «Divulgado novo mapa de risco para Pinheiro, Mutange e Bebedouro». Portal de Alagoas. 8 de junho de 2019. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  20. «Bom Parto da paróquia do padre Brandão Lima e da Fábrica Alexandria». História de Alagoas. 13 de abril de 2019. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  21. «Última missa é celebrada na Igreja do Bom Parto». Gazeta de Alagoas. 5 de novembro de 2022. Consultado em 17 de dezembro de 2023 
  22. «Adeus a Igreja: Fiéis da Paróquia de Nossa Sra. do Bom Parto fazem procissão de despedida». Balanço Geral AL. 26 de dezembro de 2022. Consultado em 17 de dezembro de 2023 
  23. «Prédios históricos afetados pelo afundamento pela mineração em Maceió». UOL. 7 de maio de 2021. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  24. «Vereadores de Maceió aprovam isenção de IPTU a afetados pela Braskem». Agência Brasil. 7 de dezembro de 2023. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  25. «Paróquia Santo Antônio de Pádua». Paróquia de Bebedouro. 6 de janeiro de 2019. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  26. «Procissão e missa marcam a despedida da Igreja Matriz de Santo Antônio, em Bebedouro». G1. 15 de novembro de 2022. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  27. «Igreja de Santo Antônio em Bebedouro celebra última missa e paróquia é transferida para a Santa Amélia». Gazetaweb.com. 16 de novembro de 2022. Consultado em 17 de dezembro de 2023 
  28. a b «História do Asilo das Órfãs Desvalidas Nossa Senhora do Bom Conselho». História de Alagoas. 20 de agosto de 2017. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  29. «Localizada próximo ao Pinheiro, Escola Bom Conselho tem área interditada por conta de rachaduras». Cada Minuto. 12 de fevereiro de 2019. Consultado em 15 de dezembro de 2023 
  30. a b «Alunos da Escola Bom Conselho passam a estudar no Cepa, em Maceió». G1. 3 de abril de 2019. Consultado em 15 de dezembro de 2023 
  31. «Ex-alunos do Bom Conselho se despedem do prédio histórico». Tribuna Hoje. 27 de outubro de 2020. Consultado em 15 de dezembro de 2023 
  32. «História das estradas de ferro em Alagoas (I). Central de Alagoas». História de Alagoas. 14 de março de 2022. Consultado em 12 de dezembro de 2023 
  33. «CBTU - Maceió». CBTU. N.d. Consultado em 12 de dezembro de 2023 
  34. «CBTU e Defesa Civil avaliam segurança da operação de trens em área de risco». TNH1. 30 de novembro de 2023. Consultado em 12 de dezembro de 2023 
  35. «Prefeitura interdita Cemitério Santo Antônio em Bebedouro, Maceió». G1. 19 de outubro de 2020. Consultado em 12 de dezembro de 2023 
  36. «Cemitério Santo Antônio, em Bebedouro, é liberado para visitas a partir do próximo domingo (17)». Prefeitura de Maceió. 15 de outubro de 2021. Consultado em 12 de dezembro de 2023 
  37. «Fechamento de cemitério em Bebedouro dificulta sepultamentos em Maceió». Tribuna Hoje. 8 de abril de 2023. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  38. «Sem vagas, cemitérios de Maceió enterram 80% dos mortos em cova rasa». Agência Tatu. 26 de maio de 2023. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  39. «Associação do Magistério (SINTEAL) (código 25)». Grupo Representações do Lugar (RELU). Janeiro de 2021. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  40. «Trabalhadores em educação criam o Sinteal em 1988». História de Alagoas. 3 de maio de 2015. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  41. «Sinteal deve se mudar de seu prédio-sede na sexta-feira (3)». Tribuna Hoje. 2 de abril de 2020. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  42. «Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (código 24)». Grupo Representações do Lugar (RELU). Janeiro de 2021. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  43. «Sobre o IMA-AL». Instituto do Meio Ambiente de Alagoas. N.d. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  44. «IMA deixa definitivamente a sede no Mutange, em Maceió». G1. 8 de abril de 2020. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  45. «A Fábrica Alexandria do Bom Parto». História de Alagoas. 24 de janeiro de 2022. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  46. «Prefeitura de Maceió decreta novo estado de calamidade pública e inclui Bom Parto em alerta». G1. 29 de setembro de 2019. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  47. «'Joia' do Bebedouro, Vila Lilota está à venda e pode ser demolido; veja imagens». Repórter Nordeste. 18 de agosto de 2018. Consultado em 15 de dezembro de 2023 
  48. «Hospital José Lopes: fechamento resulta em mais de cem demissões». Tribuna Hoje. 16 de janeiro de 2018. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  49. a b c d «Cratera ameaça engolir campo do CSA e Hospital José Lopes». Jornal de Alagoas. 19 de novembro de 2019. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  50. «Casa José Lopes, no Mutange, não deve ser demolida». Tribuna Hoje. 20 de agosto de 2020. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  51. «Nise da Silveira: Depoimento 1992». Germinal. 15 (1). Salvador: Universidade Federal da Bahia (UFBA). Abril de 2023. pp. 639–658. ISSN 2175-5604. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  52. «Nise da Silveira, uma revolucionária na psiquiatria brasileira». História de Alagoas. 2 de julho de 2015. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  53. «Prédios históricos de Bebedouro vão dar lugar a posto de saúde e escola». Tribuna Hoje. 7 de novembro de 2023. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  54. «Casa de Saúde Miguel Couto (código 12)». Grupo Representações do Lugar (RELU). Janeiro de 2021. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  55. a b c «Hekel Tavares – 90 Anos» (PDF). Secretaria de Cultura do Estado de Alagoas (Secult-AL). 24 de setembro de 1986. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  56. «Pioneiros da Psiquiatria alagoana». História de Alagoas. 26 de dezembro de 2016. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  57. «FISSURADA: Imagens do desabitar no bairro de Bebedouro em Maceió/AL». Pixo. 7 (24). Verão de 2023. pp. 168–193. ISSN 2526-7310. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  58. «DPU, DPE/AL e MP/AL recomendam ampliação de residências terapêuticas em Maceió». Tribuna Hoje. 5 de setembro de 2023. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  59. «Destruição do patrimônio cultural de Maceió é discutida na Bienal». Universidade Federal de Alagoas (UFAL). 18 de agosto de 2023. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  60. «CSA, o azulão do Mutange». História de Alagoas. 4 de janeiro de 2016. Consultado em 12 de dezembro de 2023 
  61. «Mutange fecha de vez os portões: CSA agora vai buscar novo local para continuar sua história». Globo Esporte. 31 de março de 2020. Consultado em 12 de dezembro de 2023 
  62. «Igreja Batista do Pinheiro-Nossa História». Igreja Batista do Pinheiro. N.d. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  63. «Igreja Batista do Pinheiro é reconhecida Patrimônio Material e Imaterial de Alagoas». G1. 7 de outubro de 2021. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  64. «Igreja em Maceió é interditada por risco de colapso em mina: 'Tristeza e indignação', diz pastor». G1. 4 de dezembro de 2023. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  65. «História dos bairros do Alto do Farol». História de Alagoas. 18 de março de 2019. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  66. «Hospital Sanatório será transferido para bairro na parte baixa de Maceió». Jornal Extra. 6 de março de 2021. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  67. «Hospital em Maceió é evacuado por risco de afundamento de terra em bairro vizinho». G1. 29 de novembro de 2023. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  68. «Portugal Ramalho, o médico que deu nome ao mais importante hospital psiquiátrico de Alagoas». História de Alagoas. 3 de agosto de 2020. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  69. «MP-AL pede medidas emergenciais para realocação do Hospital Portugal Ramalho, em Maceió». G1. 3 de maio de 2022. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  70. «Hospital em Maceió próximo à área de risco deverá ser evacuado devido a afundamento de terra». CNN Brasil. 2 de dezembro de 2023. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  71. «Centro Educacional de Pesquisa Aplicada forma alagoanos há quase 60 anos». Tribuna Hoje. 16 de setembro de 2017. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  72. «Escolas do Cepa, em Maceió, estão com rachaduras». G1. 14 de fevereiro de 2019. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  73. «Ampliação do monitoramento por risco em mina em Maceió inclui novas escolas: 'Essa insegurança nos afeta', diz professor». G1. 8 de dezembro de 2023. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  74. MUNICÍPIO DE MACEIÓ, Lei nº 2514, de 27 de junho de 1978. Cria o Parque Municipal de Maceió. Diário Oficial do Município de Maceió, p. 1-3, 27 de junho de 1978.
  75. «Parque Municipal é fechado após decreto de emergência em Maceió». Gazetaweb.com. 30 de novembro de 2023. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  76. «Parque Municipal de Maceió é reaberto após liberação da Defesa Civil». Jornal Extra. 6 de dezembro de 2023. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  77. «Paróquia do Menino Jesus de Praga anuncia saída do Pinheiro por causa do afundamento do solo em Maceió». G1. 17 de agosto de 2021. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  78. «Último templo religioso católico no Pinheiro anuncia fim das atividades». Jornal Extra. 17 de agosto de 2021. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  79. «Mutangê». Estações Ferroviárias do Brasil. N.d. Consultado em 12 de dezembro de 2023 
  80. «CBTU suspende operações na Estação Mutange, localizada em área de risco». G1. 19 de março de 2020. Consultado em 12 de dezembro de 2023 
  81. «CBTU remove estação do Mutange». Tribuna Hoje. 1 de abril de 2020. Consultado em 12 de dezembro de 2023 
  82. «Trens e VLTs deixam de passar pelo Mutange, em Maceió, a partir do dia 1º de abril». G1. 27 de março de 2020. Consultado em 12 de dezembro de 2023 
  83. «Imagens de satélite mostram avanço da lagoa sobre o Mutange e Bebedouro». TNH1. 21 de novembro de 2019. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  84. «Sem navegar e pescar: Capitania dos Portos proíbe tráfego na Lagoa Mundaú». GZH. 5 de dezembro de 2023. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  85. «Interdição em trecho da lagoa Mundaú próximo à área da mina que pode colapsar em Maceió é mantida por tempo indeterminado». G1. 6 de dezembro de 2023. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  86. «Entenda os impactos na lagoa Mundaú em caso de colapso da mina da Braskem em Maceió». G1. 10 de dezembro de 2023. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  87. «Avanço de Lagoa Mundaú ameaça desaparecimento de 13 hectares de manguezal». 7Segundos. 8 de outubro de 2021. Consultado em 12 de dezembro de 2023 
  88. «Milhares de peixes aparecem mortos em lagoa onde mina rompeu em Maceió». UOL. 2 de janeiro de 2024. Consultado em 4 de janeiro de 2024 
  89. «Governo Federal reconhece estado de calamidade pública em Maceió por rachaduras no solo». G1. Consultado em 18 de outubro de 2022 
  90. «COMISSÃO EXTERNA SOBRE AFUNDAMENTO DO SOLO EM MACEIÓ». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 18 de outubro de 2022 
  91. «Termo de Acordo para Apoio na Desocupação das Áreas de Risco» (PDF). Prefeitura de Maceió. Consultado em 18 de outubro de 2022 
  92. MUNICÍPIO DE MACEIÓ, Decreto nº 9037, de 6 de janeiro de 2021. Cria Gabinete de Gestão Integrada para Adoção de Medidas de Enfrentamento aos Impactos do Afundamento e Danos Sócio/geológicos nos bairros atingidos do Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto. Diário Oficial Eletrônico do Município de Maceió, p. 2-3, 7 de janeiro de 2022.
  93. «SOBRE O GGI». Prefeitura de Maceió. Consultado em 18 de outubro de 2022 
  94. «Maceió decreta situação de emergência por risco de colapso em mina da Braskem - SBT News». www.sbtnews.com.br. Consultado em 1 de dezembro de 2023 
  95. «TCU determina que Braskem explique valor para reparação de dano ambiental em Maceió». Estadão. Consultado em 19 de dezembro de 2023 
  96. «Moradores de bairros atingidos por rachaduras em Maceió acompanham audiência contra Braskem na Holanda». G1. 16 de maio de 2022. Consultado em 3 de julho de 2022 
  97. «Justiça holandesa define data para anunciar se processo de moradores de Maceió contra Braskem será julgado no país». G1. 17 de maio de 2022. Consultado em 3 de julho de 2022 
  98. «Tribunal holandês admite processo de Maceió contra gigante petroquímica». noticias.uol.com.br. Consultado em 18 de outubro de 2022 
  99. «Operação da PF investiga Braskem por afundamento de bairros em Maceió». GZH. 21 de dezembro de 2023. Consultado em 21 de dezembro de 2023 

Ligações externas editar

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre Afundamento do solo de Maceió:
  Categoria no Commons
  Base de dados no Wikidata

Leituras adicionais editar

Projetos

Documentários