Alfredo Nunes

político brasileiro
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Alfredo Alberto Leal Nunes (Regeneração, 15 de maio de 1926) é um advogado, odontólogo, desportista e político brasileiro, outrora vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol.[1]

Alfredo Nunes
Deputado estadual pelo Piauí
Período 1959-1969
Prefeito de Regeneração
Período 2001-2005
Antecessor(a) Eduardo Piauilino Mota
Sucessor(a) Edmilson Cavalcante
Vereador de Regeneração
Período 1948-1951
Dados pessoais
Nascimento 15 de maio de 1926 (97 anos)
Regeneração, PI
Cônjuge Teresinha Nunes
Partido PSD (1954-1965)
ARENA (1966-1979)
PDS (1980-1985)
PFL (1985-1999)
PTB (1999-2005)
Profissão advogado, odontólogo, desportista

Dados biográficos editar

Filho de Gonçalo Teixeira Nunes e Maria de Lourdes Leal Nunes, formou-se em Odontologia pela Universidade Federal do Ceará, e em Direito pela Universidade Federal do Piauí, atuando como advogado e também na qualidade de promotor de justiça em Teresina. Na capital piauiense foi também delegado de Trânsito e Costumes.[1]

Sua primeira incursão política foi como vereador em sua cidade natal pelo PSD em 1948, entretanto ganhou notoriedade como diretor do Instituto Estadual de Criminalística no governo Pedro Freitas (1951-1955). Diretor da Associação Comercial Piauiense, presidiu o Piauí Esporte Clube e depois a Federação de Futebol do Piauí por duas vezes (entre 1960 e 1962 e mais tarde de 1963 e 1966).[2] Segundo suplente de deputado estadual pelo Piauí em 1954, foi eleito para o respectivo cargo em 1958, 1962 e 1966, este último mandato quando já estava na ARENA.[1][3][4][5]

Cassado pelo Regime Militar de 1964 através do Ato Institucional Número Cinco em 13 de março de 1969,[6] teve os direitos políticos suspensos durante dez anos.[nota 1] Filiou-se ao PDS com o fim do bipartidarismo e foi secretário municipal de Serviços Urbanos entre 1982 e 1983, na passagem de Jesus Tajra como prefeito de Teresina. Procurador-geral do estado no primeiro governo Hugo Napoleão, retornou à presidência da Federação de Futebol do Piauí em 1985, mas foi perdeu a eleição para deputado estadual pelo PFL em 1986.[7] Durante a passagem de Napoleão como ministro da Educação no Governo Sarney foi secretário especial de Educação Física e Desportos e em 1989 foi eleito vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol para a Região Norte do Brasil.[nota 2][nota 3]

Elegeu-se prefeito de Regeneração pelo PTB no ano 2000, não se reelegendo quatro anos depois. Nesta cidade sua família detêm extensa tradição política.

Notas

  1. No mesmo dia foram cassados no Piauí o ex-deputado estadual Alberto Bessa Luz (ARENA) e o advogado Antônio Ribeiro Dias (MDB).
  2. Hugo Napoleão foi ministro da Educação do governo José Sarney entre 3 de novembro de 1987 e 16 de janeiro de 1989.
  3. A inclusão dos times do Piauí na Região Norte do Brasil foi uma decisão político-administrativa alheia ao fato de que, geograficamente, o referido estado compõe a Região Nordeste.

Referências

  1. a b c SANTOS, José Lopes dos. Novo Tempo Chegou. Brasília, Senado Federal, 1983.
  2. «História da Federação de Futebol do Piauí». Consultado em 12 de julho de 2020 
  3. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1958». Consultado em 29 de janeiro de 2024 
  4. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1962». Consultado em 29 de janeiro de 2024 
  5. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1966». Consultado em 29 de janeiro de 2024 
  6. Redação (14 de março de 1969). «Governo cassa 92 deputados estaduais e três federais. Política e Governo – p. 03». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 29 de janeiro de 2024 
  7. SANTOS, José Lopes dos. Política e Políticos: eleições 86. v. III. Teresina, Gráfica Mendes, 1988.