Antônio Paraupaba

Antônio Paraupaba (Capitania da Paraíba, 1595Países Baixos, 1656) foi um líder militar, intérprete e mediador indígena.[1]

Antônio Paraupaba
Nascimento século XVII
Morte década de 1650
Países Baixos
Cidadania Brasil
Etnia Potiguaras
Ocupação intérprete, chefe militar

Biografia editar

Primeiros anos e juventude editar

Antônio Paraupaba nasceu no ano de 1595 na capitania da Paraíba,[1] Brasil Colônia, em uma família indígena de origem potiguara, filho de Gaspar Paraupaba e de sua esposa. Em 1625, Potiguara foi junto com seu pai e outros indígenas para as Províncias Unidas,[2] onde aprendeu a língua neerlandesa e adotou a religião reformada.

Carreira militar editar

Em 1631, voltou ao Brasil, onde atuou como intérprete entre os holandeses e os indígenas. Chegou a ser capitão da aldeia de Aabaú em 1639.

Com a saída definitiva de João Maurício de Nassau do Brasil Holandês em 1644, Paraupaba voltou a Holanda fazendo parte da comitiva deste. Em novembro do mesmo ano, Paraupaba saiu de volta para o Brasil.

De volta ao Brasil Holandês, entre 1645 e 1649, Paraupaba assumiu o cargo de Capitão e Regedor do Rio Grande. Ativo na política, lutou pela abolição da escravatura indígena e africana nos territórios do Brasil holandês. Foi um dos articuladores da revolta indígena em Cunhaú e Uruaçu. Como militar ainda lutou nas Batalhas dos Guararapes. Em 1648 fez parte da missão do Ceará e Ibiapaba.

Atuação política editar

Na sua atuação política no Brasil, é conhecido o contato que Paraupaba teve com diversos líderes Potiguaras, dentre eles: Pedro Poti, Carapeba e Filipe Camarão.

Paraupaba no Parlamento Holandês

Com o Tratado de Taborda os holandeses deixaram o Brasil e com estes seguiram Antônio Paraupaba, sua esposa Paulina e dois filhos, no começo de fevereiro de 1654 para o Holanda.

Já nas terras holandesas, Paraupaba atuou no Parlamento Holandês, com o intuito de que os holandeses retornassem ao Brasil. Um plano político que tinha uma conexão com a nação potiguara refugiada na Chapada da Ibiapaba, Ceará e esperava a retorna holandesa contra os portugueses.[3]

Morte editar

Em 1656, Antônio Paraupaba faleceu nas terras holandesas sem conseguir apoio para o seu último projeto político: restabelecer a aliança Holandesa–potiguara e assim salvar a nação Potiguara, dos planos portugueses.

Ver também editar

Referências

  1. a b «Antônio Paraupaba». Dicionário Biográfico e Temático do Brasil na Monarquia Hispânica (1580-1640). Consultado em 8 de setembro de 2022 
  2. «Revista de História» (PDF). 2006. Consultado em 6 de abril de 2010. Arquivado do original (PDF) em 6 de julho de 2011 
  3. Souto Maior, Pedro. Faustos Pernambucanos. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Rio de Janeiro, Vol. LXXXV, Tomo 1, 1913, pp. 142-176

Bibliografia editar

  • Souto Maior, Pedro. Faustos Pernambucanos. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Rio de Janeiro, Vol. LXXXV, Tomo 1, 1913, pp 142–176
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