Born to Be Bad (1950)

filme de 1950 dirigido por Nicholas Ray
 Nota: Este artigo é sobre o filme com Joan Fontaine. Para o filme com Loretta Young, veja Born to Be Bad (1934).

Born to Be Bad (bra: Alma Sem Pudor; prt: A Deusa do Mal)[3][4][5] é um filme noir estadunidense de 1950, do gênero drama, dirigido por Nicholas Ray, e estrelado por Joan Fontaine, Robert Ryan e Zachary Scott.[2] O roteiro de Edith Sommer, Charles Schnee, Robert Soderberg e George Oppenheimer foi baseado no romance "All Kneeling" (1928), de Anne Parrish.[1]

Born to Be Bad
Born to Be Bad (1950)
Cartaz promocional do filme.
No Brasil Alma Sem Pudor
Em Portugal A Deusa do Mal
 Estados Unidos
1950 •  p&b •  94 min 
Gênero noir
drama
Direção Nicholas Ray
Produção Robert Sparks
Produção executiva Sid Rogell
Roteiro Edith Sommer
Charles Schnee
Robert Soderberg
George Oppenheimer
Baseado em All Kneeling
romance de 1928
de Anne Parrish[1]
Elenco Joan Fontaine
Robert Ryan
Zachary Scott
Música Friedrich Hollaender
Constantin Bakaleinikoff
Cinematografia Nicholas Musuraca
Direção de arte Nicholas D'Agostino
Jack Okey
Figurino Hattie Carnegie
Michael Woulfe
Edição Frederic Knudtson
Companhia(s) produtora(s) RKO Pictures
Distribuição RKO Pictures
Lançamento
  • 15 de julho de 1950 (1950-07-15) (Estados Unidos)[2]
Idioma inglês

A trama retrata a história de uma mulher que aparentemente é doce e inocente, mas esconde uma mente malévola e um coração frio, o que cria conflitos com seu amante.[6]

Sinopse editar

Christabel Caine (Joan Fontaine), uma órfã criada pela humilde tia Clara (Virginia Farmer) em uma pequena cidade da Califórnia, tem sua vida transformada quando seu tio, o editor John Caine (Harold Vermilyea), de São Francisco, oferece-lhe um emprego após a faculdade. Ela irá substituir a eficiente secretária de John, Donna Foster (Joan Leslie), que está prestes a se casar com o milionário Curtis Carey (Zachary Scott). Enquanto estuda, Christabel compartilha um apartamento com Donna, onde conhece Curtis, o pintor Gabriel "Gobby" Broome (Mel Ferrer), e o escritor Nick Bradley (Robert Ryan). Um romance floresce entre Christabel e Nick, porém, aos poucos, a mulher revela sua verdadeira natureza como uma grande manipuladora psicológica, cujo principal objetivo é roubar o noivo milionário de Donna.

Elenco editar

  • Joan Fontaine como Christabel Caine Carey
  • Robert Ryan como Nick Bradley
  • Zachary Scott como Curtis Carey
  • Joan Leslie como Donna Foster
  • Mel Ferrer como Gabriel "Gobby" Broome
  • Harold Vermilyea como John Caine
  • Virginia Farmer como Tia Clara Caine
  • Kathleen Howard como Sra. Bolton
  • Bess Flowers como Sra. Worthington

Produção editar

Os títulos de produção foram "Christabel Caine", "All Kneeling" e "Bed of Roses". Embora os primeiros rascunhos do roteiro tenham sido aprovados pelo Escritório Hays, versões posteriores causaram objeções devido à "implicação de sexo ilícito tratado sem os devidos valores morais compensatórios". Não foram feitas alterações significativas na história, mas o roteiro foi finalmente aprovado em junho de 1949, assim como o final revisado em agosto de 1950.[2]

A pré-produção do filme começou no final de 1945. Naquela época, William Pereira seria o produtor do filme, e Paul Stewart o dirigiria. Alan Marshal, que seria emprestado pela empresa de David O. Selznick, estava escalado para interpretar o protagonista masculino; e Marsha Hunt, uma atriz de destaque da Metro-Goldwyn-Mayer, faria um papel coadjuvante. Em meados de janeiro de 1946, Stewart foi removido de seu cargo como diretor, e John Sutton foi escalado para substituir Marshal. Além de Marshal e Sutton, outros atores considerados para o papel foram Ronald Reagan, David Niven, Dan Duryea, Vincent Price, George Sanders e Franchot Tone.[2]

John Berry, diretor contratado da Paramount Pictures, foi escalado no final de fevereiro de 1946, e Henry Fonda foi anunciado como o novo protagonista masculino em meados de março de 1946. Edmund Goulding, John Hambleton e Shepard Traube também foram escalados para dirigir a produção antes que Nicholas Ray fosse finalmente escolhido em maio de 1949.[2]

Em 1948, a estrela contratada da RKO Pictures, Gloria Grahame, estava sendo considerada para o papel principal do filme, mas foi rejeitada pelo chefe do estúdio, Howard Hughes, que então ordenou um adiamento indefinido na produção. Barbara Bel Geddes tornou-se então a atriz considerada para desempenhar o papel. Em 1949, Joan Fontaine foi anunciada como a atriz oficialmente escalada para o papel principal.[7]

A RKO conseguiu Zachary Scott emprestado da Warner Bros. para a produção. Joan Leslie retornou às telas após uma ausência de dois anos para participar do filme.[2]

Recepção editar

Em uma crítica mista, Dennis Schwartz escreveu: "Nicholas Ray (Rebel Without a Cause/Johnny Guitar) desceu alguns níveis da sua obra ilustre ao aceitar dirigir esse melodrama pobre, mas elegantemente divertido. É aceitável como um filme rotineiro de Hollywood sobre Christabel Caine (Joan Fontaine), uma mulher maldosa e alpinista social ... [O filme] se move em círculos de banalidades melodramáticas com resultados previsíveis; mas Ray mantém todas as maldades a pleno vapor, desenhando assim um retrato feio sobre o estado emocional falido da vida social. Fontaine possui um desafio ao mudar da usual imagem de 'boa' heroína".[8]

Craig Butler, por sua vez, deixou de lado a desconfiança ao assistir o filme, escrevendo: "Apesar de dificilmente poder ser considerado um grande filme, Born to Be Bad possui bastante diversão – se estiver disponível para um mal-intencionado, risível, exagerado melodrama. Bad tem pouco tempo a perder com sutilezas; está muito mais concentrado em celebrar sua protagonista 'menina má' e na apresentação de seu melodrama da forma mais operística possível ... Felizmente, as preocupações artísticas são deixadas para trás em Bad. É realmente o tipo de filme que se deve sentar, deixar questões de arte de lado e apenas desfrutar de sua diversão exagerada".[9]

Na cultura popular editar

Em 1973, o décimo terceiro episódio da sétima temporada do "The Carol Burnett Show" apresentou uma paródia do filme chamada "Raised to Be Rotten", com Carol Burnett como Christinabel, Ruth Buzzi como Darlene, Richard Crenna como Buck e Harvey Korman como Kirk.[10]

Referências

  1. a b Parrish, Anne (1 de janeiro de 1928). All Kneeling (em inglês) primeira ed. [S.l.]: ‎Harper and Brothers. ASIN B001NBSJC6. Consultado em 13 de fevereiro de 2024 – via Amazon 
  2. a b c d e f «The First 100 Years 1893–1993: Born to Be Bad (1950)». American Film Institute Catalog. Consultado em 12 de fevereiro de 2024 
  3. «Alma Sem Pudor (1950)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 12 de fevereiro de 2024 
  4. «A Deusa do Mal (1950)». Portugal: Público. Consultado em 12 de fevereiro de 2024 
  5. «A Deusa do Mal (1950)». Portugal: SAPO. Consultado em 12 de fevereiro de 2024 
  6. Maltin, Leonard (2011) [2010]. Leonard Maltin's Movie Guide (em inglês). Nova Iorque: New American Library. ISBN 978-0451230874 
  7. «Joan Fontaine Milestones». Turner Classic Movies. Atlanta: Turner Broadcasting System (Time Warner). Consultado em 13 de fevereiro de 2024 
  8. Schwartz, Dennis (29 de dezembro de 2004). «Trashy but stylishly entertaining melodrama.». Ozus' World Movie Reviews (em inglês). Consultado em 13 de fevereiro de 2024. Arquivado do original em 5 de março de 2016 – via Wayback Machine 
  9. Butler, Craig. «Born to Be Bad (1950)». AllMovie. Consultado em 26 de março de 2024 
  10. Mizejewski, Linda; Sturtevant, Victoria (2017). Hysterical!: Women in American Comedy (em inglês) ilustrada ed. [S.l.]: University of Texas Press. ISBN 978-1477314524. Consultado em 13 de fevereiro de 2024 – via Google Livros 

Ligações externas editar