O camarão-cavalo[3][4] (nome científico: Atya scabra) é ume espécie de artrópode de água doce migrante da família dos atiídeos (Atyidae). Pode atingir um comprimento de cerca de 89 milímetros (3,5 polegadas) em machos, enquanto as fêmeas são geralmente menores, atingindo cerca de 64 milímetros (2,5 polegadas).[5] Vive em fundos rochosos em rios ligados ao Oceano Atlântico. É comumente utilizada como isca na pesca comercial, principalmente nas regiões norte do Brasil. Para manter populações estáveis, foi proposto um período sem coleta de maio a agosto e um comprimento mínimo de coleta de 70 milímetros.[6]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaCamarão-cavalo
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Malacostraca
Ordem: Decapoda
Família: Atyidae
Gênero: Atya
Espécie: A. scabra
Nome binomial
Atya scabra
(Leach, 1816)
Sinónimos[2]
  • Atya margaritacea clavipes (Holthuis, 1966)
  • Atya margaritacea var. claviger (Aurivillius, 1898)
  • Atya mexicana (Wiegmann, 1836)
  • Atya punctata (Kingsley, 1878)
  • Atya sulcatipes (Newport, 1847)
  • Atys scaber (Leach, 1816)

Distribuição editar

Atya scabra é endêmica de Angola, Brasil (nos estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo), Cabo Verde, Colômbia, República do Congo, República Democrática do Congo, Costa Rica, Cuba, Curaçao, Dominica, República Dominicana, Guadalupe, Guiné Equatorial, Gabão, Granada, Guatemala, Haiti, Honduras, Jamaica, Libéria, Martinica, México (nos estados de Veracruz, Chiapas, Hidalgo, Oaxaca, Puebla, Tabasco e Tamaulipas), Monserrate, Nicarágua, Panamá, Porto Rico, São Cristóvão e Neves, Santa Lúcia, São Tomé e Príncipe, Trindade e Tobago e Venezuela.[1]

Conservação editar

No Brasil, a espécie foi listada, em 2005, como vulnerável na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[7] e em 2018, como quase ameaçada na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)[3][4] e vulnerável na Lista das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Estado do Rio de Janeiro.[8]

Referências

  1. a b De Grave, S., Villalobos, J., Mantelatto, F. & Alvarez, F. (2013). «Atya scabra». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2013: e.T197895A107024088. Consultado em 12 de novembro de 2021 
  2. Charles Fransen (2013). «Atya scabra (Leach, 1816)». World Register of Marine Species. Consultado em 13 de abril de 2022 
  3. a b «Atya scabra (Leach, 1815)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada em 9 de julho de 2022 
  4. a b «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  5. Almeida, Alexandre Oliveira; Massolin, Emerson Contreira; Luz, Joaldo Rocha (2010). «Reproductive biology of the freshwater shrimp Atya scabra (Leach, 1815) (Crustacea: Atyidae) in Ilhéus, Bahia, Brazil» (PDF). Zoological Studies. 49 (2): 243–252 
  6. Ferreira de Barros, Matheus Souza; dos Santos Calado, Tereza Cristina; dos Santos, Ewerton Vieira; Silva, Alberis Santos; de Andrade Albuquerque, Leticia Gomes (setembro de 2020). «Population biology and sexual dimorphism in the freshwater prawn Atya scabra (Decapoda: Atyidae) in the Contas River, Bahia, Brazil». Revista de Biologia Tropical. 68 (3): 743–751 – via Science Citation Index 
  7. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  8. «Texto publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro contendo a listagem das 257 espécies» (PDF). Rio de Janeiro: Governo do Estado do Rio de Janeiro. 2018. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022