Carlos Wehrs (Niterói, 1927 — , Niterói, 2 de maio de 2021) foi um escritor, médico e historiador brasileiro,[1] sócio emérito do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB).[2] Wehrs especializou-se em história regional do estado do Rio de Janeiro.[3]

Carlos Wehrs
Nascimento 1927 (97 anos)
Niterói, Rio de Janeiro, Brasil
Morte 2 de maio de 2021 (94 anos)
Nacionalidade brasileiro
Ocupação escritor, médico e historiador

Biografia editar

Descendente de alemães, Carlos Wehrs era bisneto de Cristiano Carlos Frederico Werhs; um alemão de Hamburgo que em 1859 chegou ao Brasil para fundar uma das mais tradicionais fábricas de piano do país, ele também editou o primeiro disco de Pixinguinha e os primeiros sucessos de Sinhô.[1]

Em Niterói, sua cidade de nascimento, Carlos Wehrs estudou o primário na antiga Escola Alemã e o secundário no Ginásio Bittencourt Silva. Cursou a Faculdade Fluminense de Medicina, concluindo em 1950, já em 1952 obtém o grau de Doutor em Medicina, tendo sido o primeiro conferido por aquela faculdade. Ainda em Niterói fez seu estagio no Hospital Orêncio de Freitas, no bairro do Barreto.[1]

Muda-se para a cidade do Rio de Janeiro e, em 1956, é aprovado em Concurso público, passando a clinicar no então hospital do Instituto de Pensão e Aposentadoria dos Servidores do Estado-IPASE (atual Hospital Federal dos Servidores do Estado). Entre 1951 e 1956 foi médico assistente na maternidade da Pro Matre. Em São Paulo Wehrs foi sócio fundador da Sociedade Brasileira de História da Medicina.[1]

Em 29 de novembro de 1989 foi eleito membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB).[2][1]

Publicações editar

Sobre Niterói, antiga capital do estado do Rio de Janeiro escreveu os livros Niterói, cidade sorriso – a história de um lugar (1984); Niterói, ontem e anteontem (1986) ; Niterói, tema para colecionadores (1987), Capítulos da memória niteroiense (1ª edição 1989 e 2ª edição em 2002) e Niterói, Cidade Sorriso - Complemento Iconográfico (2018).[2][1]

No livro O Rio antigo, pitoresco e musical, de 1980, falou sobre o Rio de Janeiro, música e memórias e diários de seu avô paterno. Ainda sobre história da música publica Meio Século de Vida Musical no Rio de Janeiro: 1889-1939 (1991)[1]

Werhs deixou ainda outras obras de estudos históricos como "Machado de Assis e a Magia da Música" (1997), "O Rio Antigo - através dos escritos de Aluísio Azevedo" (1994), "O Canto do Cisne" (2010). Com Vicente Tapajós e Americo Jacobina escreve "Bicentenario de Tiradentes - Conferencias e Estudo" (1993).

Dedicados à medicina, publicou diversos trabalhos. Pelo seu "Apreciações sobre o diagnóstico da prenhez prolongada", recebeu o Prêmio Madame Durocher (medalha de ouro), da Academia Nacional de Medicina.[1]


Referências

  1. a b c d e f g h «Carlos Wehrs (1927-2021)». Niterói: Mapeamento Cultural. 2 de maio de 2021. Consultado em 16 de junho de 2022 
  2. a b c «Carlos Wehrs ou o Pertencimento Ao IHGB». Rio de Janeiro: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. 6 de maio de 2021. Consultado em 16 de junho de 2022 
  3. «Carlos Wehrs». Rio de Janeiro: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Consultado em 16 de junho de 2022