Cem Dias Entre Céu E Mar

Cem Dias Entre Céu e Mar é um livro publicado na segunda metade do século XX (1985) pelo brasileiro, escritor e navegante marítimo Amyr Klink. O livro, como na maioria dos outros do autor, narra a viagens em barcos pelos oceanos. O exemplar trata da rota que durou cem dias cursada pelo próprio autor da obra, o qual enfrentou tempestades, exaustão pelas várias horas gastas remando para chegar ao seu destino: Bahia. Amyr Klink leva o leitor junta em sua viagem, compartilhando o passo a passo de seus preparativos, seus obstáculos e suas observações durante a navegação pelo Atlântico.

Cem Dias Entre Céu E Mar
Autor(es) Amyr Klink
Idioma Português
País  Brasil
Gênero Literatura de viagem
Editora J. Olympio
Lançamento 1985
Páginas 188
ISBN 85-03-00036-9

Enredo editar

Amyr Klink, protagonista da história, surpreendentemente conseguiu atravessar o Oceano Atlântico a remo em seu pequeno barco, gastando assim 100 dias. O enredo segue pela direção já estudada por Amyr. Ele determina um curso e o segue, pois alguém perfeccionista como ele se preocupa com tudo: além de uma comunicação diária, seguindo horários para deixar claro a localização, todo um contexto de atividades seguem um roteiro específico, de rotinas e necessidades. Mesmo quando ele tem que limpar o casco, observando animais marinhos, que o deixa atento, para possíveis aproximações de tubarões, ele também se envolve com algumas atividades físicas, realizadas cotidianamente.

Com o tempo, tudo em sua volta ganha um significado maior, tudo é entendido de forma mais nítida e, com isso, Klink começa a compreender melhor as águas do oceano. Isso é comprovado segundo o sétimo capítulo do livro, ´´Sete Dias de Tempestade´´, quando Amyr Klink passa por longos dias chuvosos no momento em que teve dificuldades para guiar seu despreparado barco. Entretanto, o incrível navegador soube dar a volta por cima e remar sob tempestades bravas.

Tubarões esbarram ou batem no casco, refletindo em como a embarcação está e quantos quilômetros precisam ser remados em situações aleatórias. Estão alguns dos pensamentos que passam pela cabeça de Amyr durante seus 100 dias solitários.

Sua aventura foi realizada no final do outono, tendo o inverno pela frente, época de maior dificuldade, em que o mar está mais agitado e é enchido por temporais. Quando partiu o fez pensar em tudo, família, amigos, sem saber se voltaria cedo ou não. Todos esses aspectos o fez entender o que era o mar, o que fazia lá, o fez transformar medo em confiança. Se não dá para vencer a corrente pelos braços dá para vencê-la com a cabeça. Na coragem e na confiança venceu ondas de 16 metros de altura e ventos extremamente fortes. De vez em quando, Amyr surpreendia-se com o silêncio do Atlântico, o qual trazia também o ruído das gaivotas pescando e saltando.

A viagem aventureira de Amyr Klink foi sucessiva, para surpresa de todos, até mesmo do próprio personagem. Seu trajeto descrito e simplificado em um livro com estilo poético, retratou as alegrias e tristezas do protagonista, suas dificuldades e facilidades, tudo.