Ceratophrys ornata

espécie de anfíbio

O Ceratophrys ornata,[1] habitualmente conhecido por sapo-boi, sapo-de-chifre, ou ainda sapo-untanha, é um sapo da família Ceratophryidae encontrado na região sul do Brasil, na Argentina e Uruguai.[2]
É possível que ocorra também no Paraguai e no estado do Mato Grosso do Sul.
Não deve ser confundido com Ceratophrys cornuta, uma espécie menor, que ocorre na Floresta Amazônica (Brasil, Suriname, Peru etc.).

Ceratophrys ornata
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Amphibia
Ordem: Anura
Família: Ceratophryidae
Gênero: Ceratophrys
Espécies:
C. ornata
Nome binomial
Ceratophrys ornata
(Bell, 1843)
Sinónimos
  • Uperodon ornatum Bell, 1843
  • Ceratophrys ornata Günther, 1858
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Características editar

O sapo-boi é um sapo grande e corpulento que vive na Mesopotâmia argentina (Misiones, Corrientes, Entre Ríos e parte da provincia de Buenos Aires) , bem como também nas províncias argentinas de Córdoba, Santa Fé, Uruguai e Brasil . Ele possui uma boca enorme e olhos grandes com duas pequenas saliências parecidas com "chifres", na cabeça.

As fêmeas podem medir até 14 cm e 10 cm (machos também, excluindo o comprimento das pernas). A vida média é de 6-7 anos, no entanto, existem alguns casos em que chegam a viver até 10. A característica mais proeminente desses sapos é a sua enorme boca, que ocupa quase a metade de seu corpo. Sua cor típica é verde brilhante com marcações vermelhas, embora haja também espécimes que apresentem uma coloração verde mais escura, parcialmente pretas e até mesmo exemplares albinos. É difícil distinguir os machos das fêmeas, principalmente antes de alcançarem a maturidade sexual. O dimorfismo entre os sexos é principalmente o tamanho e fato dos machos possuírem gargantas com pigmentação mais escura.

Alimentação editar

Para se alimentar, muitas vezes os sapos-boi escondem-se sob a lama, deixando de fora apenas os olhos. Eles permanecem quase imóveis à procura de qualquer presa que encontrem. Quando ela aparece, saltam para fora da lama e engolem-na. Eles são tão gananciosos que não é incomum acabarem por morrer de asfixia ao querer engolir animais muito grandes. Geralmente caçam insetos, pequenas aves, roedores, lagartos, e outros anfíbios. Eles podem ser canibais.

Os girinos do sapo-boi, diferentemente da maioria de outros sapos, são predadores e devoram uns aos outros. As larvas emitem um som na água, sendo descrito como um mecanismo de defesa.

Língua e experimento editar

Famoso por apanhar presas de grande tamanho, como cobras, lagartos, caranguejos e roedores, o anfíbio foi alvo de estudo para dois pesquisadores, Thomas Kleinteich e Stanislav Gorb. Eles dispuseram guloseimas suculentas atrás de um painel de vidro sensível a pressão. De olho na refeição, o sapo grudou a língua no vidro, habilitando a equipe a medir a força de tração da língua do animal. A grande surpresa, segundo os cientistas, foi que a viscosidade não se origina em grande parte do muco que recobre a língua do anfíbio. Ao contrário, é a textura da superfície da língua e as qualidades de seus tecidos subjacentes que mais provavelmente dão potência à sua força aderente.

Reprodução editar

A reprodução da espécie é sexuada. As fêmeas do sapo-boi depositam cerca de 2 000 ovos na água e num prazo de cerca de duas semanas eles se tornam girinos.

Referências

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