Cibaldo Lins

Comerciante alemão radicado no Brasil colonial

Sebald Linz, cujo nome no Brasil aparece grafado sobretudo como Cibaldo Lins (nascimento em torno de 1555 em Augsburgo, no Sacro Império Romano-Germânico; morte em torno de 1595, em Pernambuco, Brazil), foi um comerciante alemão.[1]

Cibaldo Lins
Outros nomes Sebald Linz, Tibaldo Lins
Nascimento 1555
Augsburgo, Alemanha
Morte Por volta de 1595
Pernambuco, Brasil
Nacionalidade Sacro Império Romano-Germânico
Progenitores Mãe: Anna Jung
Pai: Bartholomäeus Linz
Ocupação Comerciante

Biografia editar

Nascido no Sacro Império Romano-Germânico, filho de Bartholomäeus Linz e Susanna Jung, neto materno do médico suíço Ambrosius Jung, Cibaldo tinha apenas três anos na ocasião da morte de seu pai. Foi então criado por Thimoteus Jung e Nathanael Jung, seus tios maternos. Cibaldo tornou-se um dos primeiros imigrantes alemães do período colonial da Região Nordeste do Brasil após ser convidado por seu tio Sebald Linz von Dorndorf (irmão gêmeo de seu pai) a se unir a ele nas empreitadas comerciais do novo mundo.[2]

Uma vez no Brasil, tendo chegado entre 1578 e 1579, uniu-se em núpcias com Brites de Albuquerque, filha do colonizador português Jerônimo de Albuquerque com a indígena Muira Ubi, e também sobrinha da famosa Brites de Albuquerque, primeira governante das Américas, de quem herdou o nome. Cibaldo e Brites tiveram vasta prole e são ancestrais de muitos dos Lins e dos Albuquerque brasileiros.[3]

Alerta o procurador de Justiça e pesquisador Carlos Francisco Bandeira Lins que, considerando a homonímia com o tio Sebald Linz von Dorndorf, não é incomum que livros de história façam confusão entre tio e sobrinho. De fato, em várias obras, tanto o tio quanto o sobrinho aparecem com os nomes exatamente iguais: Sebald Linz von Dorndforf. O historiador e genealogista Cristóvão Alão de Morais chama o mais velho de Thibaldo e o mais novo de Tibaldo.[4]

Referências

  1. Hermann Kellenbenz (1985). «Deutsche Biographie - Linz (Lins), Kolonialunternehmer» (em alemão). Consultado em 2 de maio de 2020 
  2. Carlos Francisco Bandeira Lins (Setembro de 2017). Gente do Taipu: os Lins Cavalcanti de Albuquerque, desde remotos ancestrais medievais até a morte de José Lins do Rego. [S.l.]: Média Gráfica e Editora 
  3. Cândido Pinheiro Koren de Lima (2016). Albuquerque - A herança de Jerônimo, o torto. [S.l.]: Fundação Gilberto Freyre 
  4. Alão de Morais (1667). Pedatura Lusitana, Vol. II, Tomo IV (PDF). [S.l.: s.n.]