Ciro Marcondes Filho

professor universitário e pesquisador ativo no Brasil

Ciro Juvenal Rodrigues Marcondes Filho (São Paulo, 4 de agosto de 1948São Paulo, 8 de novembro de 2020) foi um professor, escritor e filósofo brasileiro.

Ciro Marcondes Filho
Ciro Marcondes Filho
Nascimento 4 de agosto de 1948
São Paulo, São Paulo
Morte 8 de novembro de 2020 (72 anos)
São Paulo
Residência São Paulo, São Paulo
Nacionalidade Brasileira
Cidadania Brasil
Alma mater Universidade de São Paulo
Ocupação
Empregador(a) Universidade de São Paulo, Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo
Campo(s)

Biografia editar

Cursou Ciências Sociais e Jornalismo na Universidade de São Paulo (USP) entre o final das décadas de 1960 e 1970 e tornou-se docente em 1974 e professor titular da USP em 1987.[1][2] Em 1976, finalizou seu mestrado em Ciência Política, também pela mesma universidade. De 1976 a 1981, realizou seu doutorado em Sociologia da Comunicação na Universidade de Frankfurt, na Alemanha. Em 2000, cursou pós-doutorado na Universidade Grenoble-Alpes, na França.[3] Ao longo de sua trajetória, se tornou um dos mais notáveis pesquisadores e teóricos da comunicação no Brasil.[4]

Em 2014, ficou no 3º lugar na categoria "Comunicação" do Prêmio Jabuti de Literatura de 2014 com o livro O rosto e a máquina: o fenômeno da comunicação visto dos ângulos humano, medial e tecnológico.[5]

Nova Teoria da Comunicação editar

Entre 2002 e 2004, Ciro Marcondes Filho lançou o primeiro e o segundo volume de sua trilogia Nova Teoria da Comunicação. Na década seguinte, foi publicado o terceiro volume de sua obra principal, dividido em cinco tomos. A Nova Teoria da Comunicação propôs a comunicação como um estado raro de interação caracterizado pela produção de diferenças. Nessa abordagem, a comunicação é vista como um processo que vai além da simples transmissão de informações, envolvendo a criação de novos significados e a geração de diferenças que promovem a interação entre os indivíduos.[6][7]

A adoção da Nova Teoria da Comunicação se deu de forma tímida no Brasil. Luiz Signates argumentou que a teoria de Ciro Marcondes Filho, apesar de apresentar uma visão teórica original e heurística das questões comunicacionais, em sua perspectiva, não foi amplamente adotada e debatida no cenário acadêmico brasileiro.[6] Já Francisco Rüdiger fez críticas ao trabalho de Marcondes Filho a partir da Nova Teoria da Comunicação, argumentando que "em vez de oferecer à teoria da comunicação um arcabouço conceitual para melhor esclarecer e, talvez, ajudar a desenvolver a pesquisa, seu empreendimento filosófico se esgota na pregação de uma doutrina de forte acento solipsístico".[8]

Vida pessoal editar

O autor era casado com Márcia Pereira Marcondes.[9]

Morte editar

Ciro descobriu que tinha um câncer de próstata em metástase na coluna no final de 2019 e optou por cuidados paliativos para evitar a rotina em hospitais. Em agosto de 2020, ficou isolado por 12 dias em um quarto de enfermaria por ter sido diagnosticado com Covid-19, da qual chegou a se recuperar. Marcondes Filho morreu em novembro daquele ano.[9]

Referências

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