Desdémona (satélite)

 Nota: Para o asteroide, veja 666 Desdemona.

Desdémona é um satélite natural interno de Urano. Foi descoberto com imagens tiradas pela sonda Voyager 2 em 13 de janeiro de 1986 e recebeu a designação provisória S/1986 U 6.[6] Recebeu o nome de uma personagem da peça de William Shakespeare Othello. Desdémona também é chamada de Urano X.[7]

Desdémona
Satélite Urano X

Imagem da Voyager 2
Características orbitais[1]
Semieixo maior 62658,364 ± 0,047 km
Excentricidade 0,00013 ± 0,00007
Período orbital 0,473649597 ± 0,000000014 d
Velocidade orbital média 9,63 km/s
Inclinação 0,11252 ± 0,037° (com equador de Urano) °
Características físicas
Dimensões 90 × 54 × 54 km[2]
Diâmetro médio 64 ± 8 km[2]
Área da superfície ~14 500 km²
Volume ~164 000 km³
Massa ~1,8 × 1017 kg
Densidade média ~1,3[3] g/cm³
Gravidade superficial ~0,011 m/s2
Período de rotação rotação sincronizada[2]
Velocidade de escape ~0,027 km/s
Inclinação axial zero[2]
Albedo 0,08 ± 0,01[4]
0,084 ± 0,019[3]
0,07[5]
Temperatura média: ~64 K / -209 ºC
Magnitude aparente 21,99 ± 0,16[3]

Pouco se sabe sobre Desdémona além de sua órbita,[1] diâmetro médio de 64 km[2] e albedo geométrico de 0,08.[4] Nas imagens da Voyager 2 Desdémona aparece como um objeto alongado com seu eixo maior apontando em direção a Urano. A razão dos eixos de Desdémona é de 0,6 ± 0,3.[2] Sua superfície tem coloração cinza.[2]

Desdémona pertence ao grupo de satélites Pórcia, com órbitas e propriedades fotométricas similares, o qual também inclui Bianca, Créssida, Julieta, Pórcia, Rosalinda, Cupido, Belinda e Perdita.[4] A proximidade entre esses satélites significa que eles estão constantemente perturbando uns aos outros, resultando em órbitas instáveis e eventuais colisões.[8] Simulações indicam que Desdémona provavelmente colidirá com Créssida em uma escala de tempo de 100 mil a 10 milhões de anos.[9]

Ver também editar

Referências

  1. a b Jacobson, R. A (março de 1998). «The Orbits of the Inner Uranian Satellites from Hubble Space Telescope and Voyager 2 Observations». The Astronomical Journal. 115 (3). pp. 1195–1199. Bibcode:1998AJ....115.1195J. doi:10.1086/300263 
  2. a b c d e f g Karkoschka, Erich (maio de 2001). «Voyager's Eleventh Discovery of a Satellite of Uranus and Photometry and the First Size Measurements of Nine Satellite». Icarus. 151 (1). pp. 69–77. Bibcode:2001Icar..151...69K. doi:10.1006/icar.2001.6597 
  3. a b c «Planetary Satellite Physical Parameters». JPL (Solar System Dynamics). 19 de fevereiro de 2015. Consultado em 24 de novembro de 2015 
  4. a b c Karkoschka, Erich (maio de 2001). «Comprehensive Photometry of the Rings and 16 Satellites of Uranus with the Hubble Space Telescope». Icarus. 151 (1). pp. 51–68. Bibcode:2001Icar..151...51K. doi:10.1006/icar.2001.6596 
  5. Williams, Dr. David R (13 de outubro de 2015). «Uranian Satellite Fact Sheet». NASA (National Space Science Data Center). Consultado em 24 de novembro de 2015 
  6. Smith, B. A (16 de janeiro de 1986). «IAU Circular No. 4164». Consultado em 24 de novembro de 2015 
  7. «Planet and Satellite Names and Discoverers». Gazetteer of Planetary Nomenclature. USGS Astrogeology. Consultado em 24 de novembro de 2015 
  8. French, Richard G.; Dawson, Rebekah I.; Showalter, Mark R. (abril de 2015). «Resonances, Chaos, and Short-term Interactions Among the Inner Uranian Satellites». The Astronomical Journal. 149 (4): artigo 142, 28. Bibcode:2015AJ....149..142F. doi:10.1088/0004-6256/149/4/142 
  9. French, Robert S.; Showalter, Mark R. (agosto de 2012). «Cupid is doomed: An analysis of the stability of the inner uranian satellites». Icarus. 220 (2): 911-921. Bibcode:2012Icar..220..911F. doi:10.1016/j.icarus.2012.06.031 

Ligações externas editar