Editora Prelúdio foi uma editora de São Paulo, conhecida por publicar os grandes clássicos da literatura de cordel do Brasil, fundada em 1952 pelos irmãos Arlindo Pinto de Souza e Armando Augusto Lopes. Na década de 1970, a editora foi fechada, e logo em seguida os irmãos criaram a Luzeiro Editora.[1]

Editora Prelúdio
Gênero Editora
Fundação 1952
Fundador(es) Arlindo Pinto de Souza e Armando Augusto Lopes
Sede  São Paulo
Produtos Revistas e folhetos de cordel
Sucessora(s) Editora Luzeiro

Histórico editar

Em 1915, o português José Pinto de Souza fundou a Typographia Souza, publicando "modinhas e folhas soltas". Na década de 1930, já com o nome de Editora Graphica Souza, começou a publicar autores de cordéis brasileiros. Em 1950, morreu José Pinto. Em 1952, seus filhos Arlindo Pinto de Souza e Armando Augusto Lopes fundaram a editora Prelúdio.[2][3] A editora inovou no formato, trocando o tradicional 11 x 16 cm por um formato de bolso: 13,5 x 18 cm, além de substituir as capas em xilogravura por capas em policromia,[4] com desenhos de quadrinistas como Sérgio Lima e Eugênio Colonnese.[5]

Em 1965, o cordelista Manuel d'Almeida Filho passou a fazer parte da editora como selecionador de cordéis.[6].[1]

Além de cordéis, a editora publicou histórias em quadrinhos, como Juvêncio, o justiceiro do sertão, baseado em uma série de rádio da Rádio Piratininga[7] com roteiros de Gedeone Malagola, Helena Fonseca, R. F. Lucchetti e Fred Jorge e desenhos de Sérgio Lima, Rodolfo Zalla, Eugênio Colonnese e Edmundo Rodrigues,[7] além de quadrinizações de cordéis por Nico Rosso e Sérgio Lima,[8] esse último, responsável por adaptar O Romance do Pavão Misterioso, de José Camelo de Melo Rezende[9] e A Chegada de Lampião No Inferno, de José Pachêco da Rocha.[10]

Em 1969, a editora lançou a revista em quadrinhos O Estranho Mundo de Zé do Caixão, escrita por Rubens Francisco Luchetti[11] (que também roteirizava seus filmes), com desenhos de Nico Rosso.[12][11] Com a revista de Zé do Caixão sendo transferida para a Editora Dorkas, a editora começou a década de 1970 com dificuldades financeiras.[11] Luchetti criou as revistas masculinas Mulheres em Preto e Branco, Mulheres Para Fim de Semana, Mulheres Só Para Homens, Show de Mulheres e Show Girl e roteirizou uma biografia em quadrinhos do apresentador e empresário Silvio Santos, com desenhos de Sérgio Lima.[13] Nesse período, a editora Prelúdio pediu concordata e deu origem à Luzeiro Editora.[1]

Alguns títulos editados editar

Referências

  1. a b c Editora Luzeiro - Um estudo de caso
  2. O Auto da compadecida: da cultura popular à cultura de massa
  3. O gênero do cordel sob a perspectiva crítica do discurso
  4. Sebastião Nunes Batista (1977). Antología da literatura de cordel. [S.l.]: Fundação José Augusto. p. xxv 
  5. Literatura de Cordel collection, 1918-1995
  6. Grandes cordelistas. Academia Brasileira de Literatura de Cordel
  7. a b João Antonio Buhrer de Almeida (6 de setembro de 2010). «Arquivos Incríveis: Juvêncio, O Justiceiro: O Cowboy Mascarado do Brasil». Bigorna.net 
  8. João Antonio Buhrer de Almeida (6 de setembro de 2010). «Arquivos Incríveis: Juvêncio, O Justiceiro: O Cowboy Mascarado do Brasil». Consultado em 5 de dezembro de 2014 
  9. Álbum O pavão misterioso traz cordel em quadrinhos
  10. Chegada de Lampião no inferno (A)
  11. a b c As pulps e eu
  12. André Barcinski e Ivan Finotti (1998). Maldito - Vida e o Cinema de José Mojica Marins, o Zé do Caixão. [S.l.]: Editora 34. 420 páginas. 9788573260922 
  13. Vida de Silvio Santos em história em quadrinhos de 1969 é relançada
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