Elpídio Malaquias

pintor brasileiro

Elpídeo Malaquias (Cariacica, 1919) foi um pintor brasileiro que utilizava-se de tinta a óleo brilhante e esmalte sintético nas suas obras. Não teve acesso à educação formal. Assinava as suas próprias obras como "E.M.S - o enventor da arte”. Sua vida e obra aparecem no catálago intitulado "Diário: impressões de uma vida" da professora Betina Gatti.[1]

Biografia editar

 
Um pé de orgulio


 
Santa Terezinha - Elpídio


Malaquias apresentou ainda na infância aptidão para as artes. Nasceu em Cariacica, município da Grande Vitória, e cresceu em uma fazenda no interior do estado de Minas Gerais onde foi lavrador e boiadeiro. Suas produções artísticas são marcadas pela influência do ambiente rural com bichos e flores sempre presentes e da religiosidade, em que a figura humana é retratada com elementos como santos católicos, terços e da figura de Cristo acompanhada de suas frases. Uma outra característica marcante em suas obras é a musicalidade de seus escritos deixados nas obras. Com uma escrita simples, Elpídio Malaquias expressa com poesia o sentimento em que deseja passar em seus desenhos. Seu contato com as palavras começou com 18 anos quando aprendeu a escrever seu nome.

Foi autodidata, “tudo o que eu faço é inventado. Eu nunca estudei. Tudo sai de dentro da minha memória... sou um inventor das minhas artes, das minhas obras”.[2] [3]


Técnicas editar

Ele utilizava tinta óleo brilhante e esmalte sintético, mas usava também canetas esferográficas e canetinhas. As cores de suas pinturas eram quase sempre as saturadas e não havia preocupação com a profundidade. Seu trabalho pode ser considerado como naïf, uma das escolas artísticas mais fortes no Espírito Santo.

Características das Obras editar

É marcada pela regionalidade e religiosidade e de sua interação com a vida. Em grande parte de suas obras ele desenha um olho em suas pinturas como uma exteriorização de seus conhecimentos. Ele escrevia os títulos nas próprias obras, assinava “E.M.S - o enventor da arte”. Como complementos aos seus desenhos, ele usava a escrita sempre relacionando ao tema. A música e os instrumentos musicais também estão presentes em suas obras. Malaquias usava as flautas que ele mesmo produzia de canos de PVC para dar suporte as suas pinturas.

Exposições editar

Exposições Individuais


1977 - Vitória ES - Individual, na Galeria Homero Massena

1981 - Alunos da UFES produziram audiovisual sobre o artista, exibido no Festival da Funarte

1983 - Vitória ES - Individual, na Galeria de Arte e Pesquisa da Ufes

1994 - Vitória ES - Individual, na Galeria Homero Massena

1999 - Santa Leopoldina ES - Elpídio Malaquias: O Rei do Pavãozinho, no Espaço Cultural Luz del Fuego


Exposições Coletivas


s.d. - Espírito Santo - Coletiva Itinerante do Acervo da Galeria Homero Massena

1977 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva, com Anderson Medeiros, na Galeria Atual

1982 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva, na Galeria Ato Original

1982 - Vitória ES - 1º Salão de Artes Plásticas Capixaba, s.i. (Premiado)

1990 - Vitória ES - Primitivistas do Espírito Santo, na Galeria de Arte Álvaro Conde

1994 - Piracicaba SP - Bienal Brasileira de Arte Naif, pintura, no Sesc

1997 - Curitiba PR - A Arte Contemporânea da Gravura, no Museu Metropolitano de Arte de Curitiba

2014 - Vitória ES - Cúando tú for mi leva, Galeria de Arte Espaço Universitário (GAEU) [4]

Livros sobre o artista editar

Reinado Poético de Malaquias - O Enventor. Bettina Gatti, 2010.



Referências