Emília Viotti da Costa

historiadora brasileira

Emília Viotti da Costa (São Paulo, 28 de fevereiro de 1928 — São Paulo, 2 de novembro de 2017) foi uma historiadora e professora brasileira.

Emília Viotti da Costa
Nome completo Emília Viotti da Costa
Nascimento 10 de fevereiro de 1928
São Paulo, SP, Brasil
Morte 2 de novembro de 2017 (89 anos)
São Paulo, SP, Brasil
Nacionalidade brasileira
Ocupação historiadora
professora

Autora de vários livros, entre eles Da Senzala à Colônia, publicado pela Editora UNESP, que aborda a transição do trabalho escravo ao livre na zona cafeeira paulista e é considerado referência obrigatória para estudiosos do período.[1] O mesmo livro lançou novos rumos para a produção historiográfica brasileira dos últimos 30 anos. Foi gratificada com medalha de honra pelos seus feitos.[1]

Recebeu os títulos de professora emérita nas universidades de São Paulo e Yale.[2]

Carreira editar

Emília Viotti da Costa finalizou em 1954 a graduação em história na Universidade de São Paulo, onde permaneceu até o doutorado.[3]

Em 24 de junho de 1999 recebeu o título de professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, onde foi professora de 1964 a 1969, quando foi aposentada pelo AI-5.[1]

O episódio aconteceu pela resistência dos intelectuais de esquerda ao regime político implantado com o golpe de Estado de 1964. A ditadura militar não perdoou, especialmente, o engajamento da professora contra a reforma universitária de 1968.[3]

Depois de proferir a aula inaugural com um tema sobre A crise da Universidade e debater o mesmo assunto em um programa de televisão com o ministro da educação Tarso Dutra, a mais jovem professora foi presa em 1969, juntamente com outros colegas, e posteriormente aposentada compulsoriamente da USP,[3] onde mais tarde passou a fazer parte do conselho consultivo.[4]

A partir de 1973 passou a atuar nos Estados Unidos, onde até 1999 foi professora de história da América Latina na Universidade de Yale e, posteriormente, recebeu o título de professora emérita.[1][5][6][2] Também foi professora nas universidade Tulane e Illinois[6]

Morreu em 2 de novembro de 2017, aos 89 anos, de falência múltipla dos órgãos, em São Paulo.[7]

Livros editar

Referências

  1. a b c d «Emília Viotti vira emérita da USP». Folha de São Paulo. 24 de junho de 1999. Consultado em 16 de dezembro de 2022 
  2. a b «Brancos e negros inventaram uma África, diz Viotti». Folha de São Paulo. 3 de abril de 2000. Consultado em 16 de dezembro de 2022 
  3. a b c Universidade Federal de São Carlos. (2006). Inventários - Coleção Emília Viotti da Costa[ligação inativa], acesso em 19 de junho de 2010
  4. Universidade de São Paulo. (23 de fevereiro de 2001) Conselho Consultivo faz primeira reunião em março, acesso em 19 de junho de 2010
  5. Folha Online. (7 de setembro de 2000). Emília Viotti discute a imagem da mulher na USP, acesso em 19 de junho de 2010
  6. a b Conexão Professor. Entrevista Emília Viotti da Costa - referência na historiografia brasileira Arquivado em 20 de abril de 2010, no Wayback Machine., acesso em 19 de junho de 2010
  7. «Morre historiadora Emília Viotti da Costa, 89, estudiosa do Brasil colonial». Folha de S. Paulo. Consultado em 8 de fevereiro de 2019 
  8. a b c d e f Conexão Professor. Por que a monarquia foi derrubada sem que ninguém pegasse em armas para defendê-la? Arquivado em 4 de fevereiro de 2010, no Wayback Machine., acesso em 19 de junho de 2010
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