Flávio Castrioto de Figueiredo Melo (Niterói, 20 de janeiro de 1913Petrópolis, 4 de abril de 1988), ou politicamente conhecido como Flávio Castrioto, foi um magistrado e um político brasileiro. Filho de Henrique Castrioto de Figueiredo Melo e Olga de Almeida Castrioto de Figueiredo Melo. Seu pai foi magistrado e prefeito de Niterói em 1923.[1]

Flávio Castrioto
Prefeito de Petrópolis
Período de 20 de novembro de 1945
a 2 de março de 1946,
de 11 de outubro de 1947
a 23 de janeiro de 1951,
de 31 de janeiro de 1955
a 31 de janeiro de 1959 e de 31 de janeiro de 1963
a 5 de julho de 1966
Antecessor(a) Alcindo de Azevedo Sodré
Mário Medeiros Pinheiro
Cordolino José Ambrósio
Nelson de Sá Earp
Sucessor(a) Álvaro Correia Bastos Júnior
Cordolino José Ambrósio
Nelson de Sá Earp
Rubens de Castro Bomtempo
Deputado federal do  Rio de Janeiro
Período fevereiro de 1951
até janeiro de 1955
Dados pessoais
Nascimento 20 de janeiro de 1913
Niterói
Morte 4 de abril de 1988 (75 anos)
Petrópolis
Esposa Mavys Louise Castrioto de Figueiredo Melo (primeira núpcias) e Heloísa Castrioto de Figueiredo Melo (segunda núpcias)
Partido PSP[1]
Profissão advogado

Biografia editar

Ingressou na Faculdade de Direito de Niterói, bacharelando-se em 1935. Tornou-se procurador da Fazenda Federal no estado do Rio de Janeiro entre 1941 a 1945.[1]

Em 1946 entra oficialmente na política quando foi nomeado prefeito de Petrópolis pelo então interventor do estado do Rio de Janeiro Abel Magalhães.

No ano seguinte, pela União Democrática Nacional(UDN), foi eleito para o mesmo cargo, no qual permaneceu até 1951. Neste mandato, sua principal realização foi a criação de um loteamento público: o atual Bairro Castrioto, no primeiro distrito, oriundo de terrenos pertencentes ao Município e que, em 1948, foram divididos em lotes pela própria administração municipal. Originalmente, era conhecido como Loteamento da Prefeitura, pois além de ser iniciativa pública, destinava-se aos funcionários de menor condição financeira. Lotes vendidos através de cota retirada mensalmente dos proventos desses funcionários. O loteamento não contou com infraestrutura: água, rede de esgoto, calçamento, iluminação, etc, surgiram apenas a partir do final de 1950. Na origem essas terras pertenciam à Cia. Imobilária de Petrópolis, mas foram cedidas ou compradas pela municipalidade.[2]

Tendo trocado de partido, pelo Partido Social Progressista de Ademar de Barros, foi eleito deputado federal, tendo assumido o cargo na legislatura 1951-1956. Assumiu novamente a prefeitura de Petrópolis em 1955 por intermédio da eleição ocorrida em 1954, não concluindo o mandato federal que anteriormente ocupava. Neste mandato, visando dar um aspecto mais modernista a área central da cidade, comandou o processo de revitalização urbana para obter mais espaço ao tráfego de veículos e a edificação do monumento Obelisco em homenagem a fundação da cidade pelos colonos alemães, além de conceder autorização para construção de vários espigões (edifícios de mais de 10 andares) na via principal, a então Avenida XV de Novembro - fatos estes que, para alguns, marcou uma grande descaracterização da principal via do centro histórico. Também autorizou então inúmeros loteamentos irregulares e regularizou-os pela lei, com o objetivo de solucionar o problema de habitação por que passava Petrópolis. A desordenada ocupação urbana já se fazia presente de forma sensível nos morros da cidade.[3]. Suas obras de re-urbanização deixaram dívidas para o governo posterior, de Nelson de Sá Earp.

Tendo deixado o cargo de prefeito foi, entre 1960 a 1962, presidente da Companhia Nacional de Álcalis (CNA).

Agora, filiado ao Partido Trabalhista Nacional (PTN), foi eleito mais uma vez prefeito de Petrópolis, tomou posse em 1962. Em 1966 fortes chuvas provocaram uma tragédia onde foram registrados vários óbitos [4]. Nesta época teria proferiado a frase "A obra de prevenção às chuvas não aparece nem dá voto, mas a falta da obra e suas consequências destroem a reputação de um homem público".(carece de fontes)

Tendo cassados seu mandato de prefeito e seus direitos políticos, pelo Ato Institucional Número Dois, recolheu-se aos negócios privados.

Ver também editar

Referências

  1. a b c Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. «Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro, verbete: Flávio Castrioto» 🔗. Fundação Getulio Vargas. Consultado em 15 de dezembro de 2017 
  2. ZANATA, Álvaro Luiz. Histórias e Lendas das Ruas de Petrópolis. Petrópolis: ed. do autor, 2005. pag. 113
  3. EM TEMPOS DE RODOVIÁRIA... Artigo de Oazinguito Ferreira da Silveira Filho para o Instituto Histórico de Petrópolis (IHP)
  4. 47 anos da tragédia de 1966 em Petrópolis. Diário de Petrópolis.

Ligações externas editar