Forte da Ilha de Manuel Gonçalves

O Forte da ilha de Manoel Gonçalves localizava-se na desaparecida ilha de Manoel Gonçalves, na barra do rio Açu, atual cidade de Macau, no litoral do estado do Rio Grande do Norte, no Brasil.

História editar

No contexto da Guerra Peninsular na Europa, pelo Aviso de 7 de Outubro de 1807 a Coroa portuguesa solicitou ao Governador da Capitania do Rio Grande do Norte, Tenente-coronel José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, informações do que convinha fazer para a defesa daquela Capitania. A resposta, em um detalhado Memorial ("Memória relativa à defesa da Capitania do Rio Grande do Norte (...)", pelo seu Governador Francisco José de Paula Cavalcanti de Albuquerque, datada de 30 de Maio de 1808), converteu-se em diversas fortificações ligeiras, erguidas no ano seguinte (1808), concomitantes com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil.

O Forte de Manuel Gonçalves foi uma dessas fortificações (SOUZA, 1885:77). De pequenas dimensões, possívelmente uma simples bateria, destinava-se à defesa daquela enseada. O mesmo autor refere que estava desarmada de há muito, e certamente arruinada (op. cit., p. 77), restando vestígios de muralhamento na boca do rio Assu (op. cit., p. 36).

GARRIDO (1940) cita Luís da Câmara Cascudo, que contesta a existência deste forte, uma vez que:

  • a ilha havia desaparecido anteriormente a 1840, e os seus habitantes mudado para terra firme, onde atualmente é Macau;
  • dada a insignificância demográfica e estratégica da ilha; e
  • não tendo sobrevivido nem na tradição oral (op. cit., p. 47).

Efetivamente este forte não se encontra citado no referido memorial.

Bibliografia editar

  • BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368 p.
  • GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
  • SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.

Ver também editar

Ligações externas editar

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