Nota: Não confundir com Gazzola.

A Gazola S/A Indústria Metalúrgica foi uma empresa metalúrgica brasileira sediada em Caxias do Sul, Brasil.

Gazola
Razão social Gazola S/A Indústria Metalúrgica
Sociedade anônima
Atividade Metalúrgica
Fundação 1932
Fundador(es) José Gazola
Encerramento 2010
Sede Caxias do Sul,  Brasil
Produtos Talheres, produtos de aço inoxidável, material bélico

Fundada em 1932 por José Gazola, sob a razão social José Gazola & Cia, a empresa originou-se de uma fábrica de artefatos bélicos, cuja demanda fora motivada pela Revolução Constitucionalista de 1932.[1] Com o término do conflito, passou a produzir munição para caça, sendo a pioneira no ramo no Brasil. O sucesso do produto despertou o interesse de um grupo paulista, que adquiriu o controle parcial da empresa. José então passou a se dedicar a outros segmentos, como cápsulas de estanho para garrafas de vinho, e em seguida abriu um setor de cutelaria, talheres e utilidades domésticas.[2][3]

As atividades nesse ramo seriam interrompidas em 1942, quando, por ocasião do ingresso do Brasil na Segunda Guerra Mundial, a empresa foi declarada de utilidade e interesse militar e voltou a fabricar material bélico. Tal situação persistiria até 1946.[1] Na década de 1950, as suas panelas da marca Elmo ganharam ampla aceitação.[3]

Em 1967, tornou-se sociedade anônima e, em 1971, realizou a abertura de seu capital na Bolsa de Valores de São Paulo. A partir de 1990, a companhia expandiu seu portfólio de produtos com o início da produção de panelas de aço inoxidável. Em 1999, ingressou no mercado de componentes e acessórios para implementos rodoviários.

Combalida por dificuldades financeiras, a empresa teve sua falência decretada em agosto de 2009. Um mês mais tarde, um recurso provido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul possibilitou a retomada de suas atividades - fato que só ocorreu em meados de dezembro do mesmo ano. Desestruturada pelo período em que permaneceu fechada, a companhia não logrou sucesso em sua tentativa de recuperação e teve suas operações fabris encerradas em meados de 2010.

O registro de companhia aberta foi suspenso pela Comissão de Valores Mobiliários pela primeira vez em 16 de abril de 2010, em virtude da não publicação de demonstrativos financeiros desde o exercício de 2008. Em maio de 2012, o registro foi definitivamente cancelado pela autarquia.[4]

Em 2013, parte do acervo da companhia foi adquirido por dois empresários. Itens históricos de propriedade da empresa, tombados pelo município, começaram a ser catalogados com o objetivo de integrar um museu.[5]

Em novembro de 2013, por ocasião da conclusão de processo sancionador conduzido pela CVM, os administradores da empresa receberam condenações, na forma de multas e inabilitações de exercício de função em companhias abertas, sob a alegação de abuso de poder de controle.[6]

Referências

  1. a b Duarte, José Bacchieri (ed.). Centenário da Imigração Italiana 1875-1975. Edel, 1975, p. 127
  2. Barbosa, Fidélis Dalcin. Antônio Prado e sua história. Projeto Passo Fundo, 1980, p. 387
  3. a b Lopes, Rodrigo. "Gazola: pérolas de um acervo". Pioneiro, 06/08/2014
  4. " CVM cancela oficialmente registro de companhia aberta da Gazola". Infomoney, 08/05/2012
  5. "Acervo da antiga Metalúrgica Gazola, de Caxias do Sul, será preservado". Pioneiro, 16/12/2013
  6. "CVM aplica multa milionária em caso envolvendo metalúrgica de Caxias do Sul". Zero Hora, 27/11/2013

Ligações externas editar

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