Geraldina Pereira de Oliveira

Geraldina Pereira Canuto de Oliveira (1936 - 15 de outubro de 2009) foi uma trabalhadora rual brasileira.

Geraldina Pereira de Oliveira
Nascimento 1936
Morte 15 de outubro de 2009
Prêmios

Ainda bem jovem trabalhava em fazendas na região de Trindade (Goiás). Casou-se em 1958 com seu primo João Canuto. O casal, que já militava na luta pelos direitos dos trabalhadores rurais desde a década de 1960, se filiou ao MDB em 1970. Em 1973, João mudou-se para o sul do Pará, voltando um ano depois para buscar Geraldina e os filhos.

Com o acirramento dos conflitos fundiários e trabalhistas, João Canuto foi assassinado em 1985. Polítios e fazendeiros locais ofereceram ajuda material a Geraldina, que, no entanto, se dedicou a lutar por justiça, exigindo a condenação dos assassinos de seu marido. Em 1987 conseguiu a reabetura do inquérito sobre o crime. As investigações, porém, prosseguiram lentamente. Só em 2004 a Primeira Câmara Criminal Isolada do Pará condenou, em decisão definitiva, os dois acusados: o ex-prefeito de Rio Maria Adilson Laranjeira e o fazendeiro Vantuir Gonçalves de Paula.[1]

A luta de Geraldina por justiça foi registrada no livro Viúvas da Terra- Morte e Impunidade nos rincões do Brasil, do jornalista Kléster Cavalcanti, e no documentário Mulheres, Mães e Viúvas da Terra: Sobrevivência da Luta, Esperança de Justiça, dirigido por Evandro Medeiros.[2][3]

Recebeu o Diploma Bertha Lutz do Senado federal em 2006.[4]

Referências