Gilmar Machado

político do Brasil

Gilmar Alves Machado (Cascalho Rico, 6 de novembro de 1961)[1] é um professor e político brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores. Foi duas vezes deputado estadual, e foi deputado federal por quarto mandatos consecutivos. A baixa reputação de seu partido o levou a uma derrota afervorada nas urnas da cidade de Uberlândia nas eleições, com apenas 10,28% dos votos apurados, perdendo para o Odelmo Leão.

Gilmar Machado
Gilmar Machado
Foto:José Cruz/ABr
Deputado federal de Minas Gerais
Período 1999 - 2003 (51ª Legislatura)
2003 - 2007 (52ª Legislatura)
2007 - 2011 (53ª Legislatura)
2011 - 2012 (54ª Legislatura)
Deputado estadual de Minas Gerais
Período 1991 - 1995 (12ª Legislatura)
1995 - 1999 (13ª Legislatura)
Prefeito de Uberlândia
Período 1° de janeiro de 2013 à 31 de dezembro de 2016
Antecessor(a) Odelmo Leão
Sucessor(a) Odelmo Leão
Dados pessoais
Nascimento 6 de novembro de 1961 (62 anos)
Cascalho Rico, Minas Gerais
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade Federal de Uberlândia
Esposa Rosângela Paniago Machado
Partido PT (1980-presente)
Religião Evangélico
Profissão Professor
Website gilmarmachado.com.br

Biografia editar

Gilmar Machado é filho de Sebastião Delfino Machado e de Maria Floripes Alves, nasceu no interior de Minas Gerais na cidade de Cascalho Rico.[1] Formado em história pela Universidade Federal de Uberlândia, tornou-se professor do ensino médio.[1]

Atuou nas disciplinas de história e geografia no Instituto Rio Branco entre os anos de 1983 à 1991, entre 1982 e 1984 lecionou história na Escola Estadual Messias Pedreiro, na Escola Estadual Marechal Castelo Branco atuou por três anos entre 1983 e 1986 e por último foi professor na Escola Estadual Professora Juvenília Ferreira dos Santos em 1986.[1]

Vida pessoal editar

Seu pai, Sebastião Delfino Machado era produtor rural e a mãe, Maria Floripes Alves era servidora pública. Após concluir o ensino médio, Gilmar se mudou para Uberlândia, onde inicio o curso universitário.

Foi secretário da Associação dos Moradores do Bairro Luizote de Freitas em Uberlândia entre 1981 e 1983 e presidiu o Diretório Acadêmico de Geografia e História da Universidade Federal de Uberlândia em 1983 e 1984.

Gilmar Machado também foi presidente do Sindicato Único dos Trabalhores em Educação em Uberlândia por três anos, 1987-1990 e diretor da Central Única dos Trabalhadores - CUT em Minas Gerais no ano de 1989.

Gilmar é casado com a cirurgiã dentista Rosângela Borgens Paniago Machado e tem dois filhos Gustavo Barcelos Machado e Letícia Barcelos Machado. É evangélico praticante e pertence a Igreja Batista Central. Gilmar tem outros cinco irmãos, todos profissionais ligados a educação.

Carreira política editar

É fundador do PT em Uberlândia, e um dos articuladores da fundação do partido em Minas Gerais.[1] Foi líder do PT na Assembléia Legislativa de Minas Gerais e vice-presidente do Diretório Estadual do PT no estado.[1] Exerceu a vice liderança do PT entre 2003 e 2004 na Câmara dos Deputados e foi vice-líder do Governo Lula no Congresso Nacional.[2] [1]

Foi deputado estadual de Minas Gerais em 1990 e reeleito em 1994, sendo líder da bancada governista em ambos os mandatos.[1] Em 1998 foi eleito deputado federal pela primeira vez, e desde então ocupa a cadeira na Câmara dos Deputados por quatro mandatos consecutivos. [1] Disputou pelo Partido dos Trabalhadores as eleições municipais de 2004 concorrendo ao cargo de prefeito de Uberlândia, obtendo o terceiro lugar com 62.058 votos. Também havia sido candidato ao mesmo cargo em 1992.

Foi o representante da Câmara dos Deputados na Conferência Preparatória das Américas contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Intolerâncias Correlatas em Santiago no Chile em 2000 e na Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata em Durban na África do Sul em 2001.[1]

Foi o relator do Estatuto de Defesa do Torcedor, sancionado em 15 de maio de 2003, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do Estatuto do Desporto. Também é de sua autoria o Plano Nacional de Cultura, relatou também a Lei Agnelo/Piva, que garante recursos para o esporte, por meio do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e Comitê Paraolímpico Brasileiro.[1]

Em 2012, se candidatou a prefeito de Uberlândia concorrendo com o deputado estadual Luís Humberto do PSDB, e com Gilberto Cunha do PSOL. Ele venceu a eleição com 68,72% dos votos válidos e ocupou o cargo do então prefeito Odelmo Leão. [3]

Em 17 de fevereiro de 2023 foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de assessor especial da Secretaria Especial de Assuntos Parlamentares, dentro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. A secretária que Machado faz parte é responsável pela coordenação política e condução do relacionamento com o Congresso Nacional e partidos políticos. O ministro-chefe da pasta é Alexandre Padilha (PT). [4]

Cronologia editar

  • 1961 - Nasce em Cascalho Rico, Gilmar Alves Machado.
  • 1980 - Inicia graduação em história pela Universidade Federal de Uberlândia.
  • 1981 - Filia-se ao Partido dos Trabalhadores.
  • 1986 - Funda em Uberlândia o Partido dos Trabalhadores.
  • 1988 - Se candidata a vereador em Uberlândia, tendo a primeira participação como candidato em um processo eleitoral.
  • 1989 - Lidera a campanha do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva a presidência do Brasil, na região do Triângulo Mineiro.
  • 1991 - Toma posse como deputado estadual, ocupando pela primeira vez um cargo público.
  • 1992 - Se candidata a prefeito de Uberlândia pela primeira vez, na época Paulo Ferolla da Silva é eleito com mínima diferença de votos.
  • 1994 - É reeleito deputado estadual e conduzido a mais um mandato de quatro anos.
  • 1999 - É eleito pela primeira vez para o cargo de deputado federal com 39.863 votos.
  • 2001 - Preside a Comissão Parlamentar de Educação e Cultura do Congresso Nacional.
  • 2002 - Reelege-se deputado federal com 109.722 votos.
  • 2003 - É relator do Estatuto do Torcedor, que disciplinou as práticas de participação das pessoas nos jogos e campeonatos.
  • 2004 - Candidata-se pela segunda vez a prefeitura de Uberlândia. A disputa é vencida por Odelmo Leão.
  • 2005 - Relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO.
  • 2006 - Presidente da Comissão Parlamentar de Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional.
  • 2006 - É reeleito para o terceiro mandato de deputado federal com 82.110 votos.
  • 2008 - Assume a vice-liderança do Governo Lula.
  • 2010 - Como líder do Governo Lula é reeleito para o quarto mandato de deputado federal, sendo o mais votado da história do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, com 192.657 votos. Liderou a Frente Evangélica Nacional em apoio a Dilma Rousseff, para presidência da república.
  • 2011 - Reassume a vice-liderança no Congresso Nacional, desta vez no governo de Dilma Rousseff. A decisão foi tomada pela coordenação política do Palácio do Planalto e pela bancada do PT no Congresso.
  • 2012 - É indicado por unanimidade pelo seu partido e outros grupos políticos aliados como candidato ao cargo de prefeito de Uberlândia, em uma coalizão de mais de 10 partidos. Terá como companheiro de chapa, Paulo Vitiello Filho, empresário e vice presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Uberlândia - CDL Uberlândia. Vitiello é filiado ao PMDB
  • 2012 - É eleito prefeito de Uberlândia com 236.418 votos, 68,72% dos votos válidos. Venceu a disputa em primeiro turno, derrotando o candidato do ex-prefeito Odelmo Leão, o deputado estadual Luiz Humberto Carneiro.
  • 2018 - É preso numa operação da Polícia Federal.[5]
  • 2020 - A Justiça inocentou o ex-prefeito de Uberlândia Gilmar Machado na ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) por improbidade administrativa.[6]
  • 2023 - É nomeado Secretaria Especial de Assuntos Parlamentares, dentro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.

Prêmios e honrarias editar

Gilmar Machado possui diversas honrarias, das quais se destacam:

Referências

Ligações externas editar