Giulio Massarani

engenheiro, pesquisador e professor universitário brasileiro

Giulio Massarani (Roma, 16 de dezembro de 1937Curitiba, 28 de setembro de 2004) foi um engenheiro químico, pesquisador e professor universitário ítalo-brasileiro, pioneiro, com Alberto Luiz Galvão Coimbra, na criação da primeira pós-graduação em engenharia do Brasil, em 1963.

Giulio Massarani
Nascimento 16 de dezembro de 1937
Roma, Itália
Morte 28 de setembro de 2004 (66 anos)
Curitiba, Paraná, Brasil
Cônjuge Edna Massarani
Alma mater
Prêmios Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico (2002)[1]
Orientador(es)(as) Claude Thirriot
Campo(s) Engenharia química
Tese Generalisation de la Loi de DARCY (1971)

Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, membro fundador da Academia Nacional de Engenharia e um dos fundadores da Coppe/UFRJ, Giulio foi um dos primeiros professores do país a obter um título de mestre.[2]

Biografia editar

Nascido em Roma, em 1937, era filho do maestro judeu italiano Renzo Massarani e veio para o Brasil com apenas um ano, fugindo da perseguição aos judeus com os pais e os dois irmãos mais velhos. Formou-se em Engenharia Química e Química Industrial pela Escola Nacional de Química da então Universidade do Brasil (hoje a UFRJ). A fim de se aprimorar na área, mudou-se para os Estados Unidos no início dos anos 1960 para cursar o mestrado, tornando-se pioneiro nessa formação no país pela Universidade de Houston, em 1963.[2]

Participou da criação do Instituto Alberto Luís Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em seu retorno ao país, hoje um dos maiores centros de ensino e pesquisa em engenharia da América Latina.[2]

Em 1971, pela Universidade Paul Sabatier, em Toulouse, na França, defendeu seu doutorado. Ao todo, na carreira, orientou 56 dissertações de mestrado e 26 teses de doutorado. Publicou mais de 200 trabalhos técnicos em revistas científicas e é autor de 20 livros e publicações didáticas. Formou doutores que criaram cursos de pós-graduação em vários estados do País. Seu trabalho teve grande repercussão nos cursos de engenharia química de muitas universidades brasileiras e também colaborava de forma permanente com instituições de ensino e pesquisa na França, Estados Unidos e Chile.[2]

Por seu trabalho docente e científico, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, em homenagem à capacidade motivadora de Giulio a jovens estudantes, criou a Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Artística e Cultural. Além disso, uma das praças na Ilha do Fundão, próxima ao Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, recebeu o nome de Giulio Massarani.[3]

O Maestro Renzo Massarani, pai do Professor, foi responsável, durante muitos anos, por uma coluna sobre Música Clássica no Jornal do Brasil.

Morte editar

Giulio morreu em 28 de setembro de 2004, em Curitiba, aos 66 anos.[4]

Prêmios e condecorações editar

Massarani foi agraciado com vários prêmios durante sua vida acadêmica. Entre eles, destacam-se:

  • Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, concedido pelo Governo Federal;
  • Medalha RILEM (Réunion Internationale des Laboratoires et Experts des Matériaux, systèmes de construction et ouvrages),
  • Medalha Prof. João Cristóvão Cardoso, do Instituto de Química da UFRJ; e
  • Prêmio Álvaro Alberto de Tecnologia, da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro.

Referências

  1. «Agraciados pela Ordem Nacional do Mérito Científico». Canal Ciência. Consultado em 12 de abril de 2021 
  2. a b c d «Giulio Massarani». Academia Nacional de Engenharia. Consultado em 1 de junho de 2021 
  3. «Jornada de Iniciação Científica, Artística e Cultural: Apresentação». Universidade Federal do Rio de Janeiro. Consultado em 1 de junho de 2021 
  4. «Morre o químico Giulio Massarani, um dos fundadores da Coppe/UFRJ». FAPERJ. Consultado em 1 de junho de 2021 

Ligações externas editar