Golzinho é um termo brasileiro que descreve uma modalidade oficiosa e recreativa de futebol,[1][2] uma adaptação deste[1] variação do futebol de rua e da "pelada",[3] disputado geralmente nas ruas,[1] mas também em praias, onde não há goleiros e a área dos gols é bem menor que o da baliza do futsal, sendo que quase sempre não há baliza, mas apenas uma marcação feita com chinelos,[4] tijolos,[4] cocos[4] ou outros materiais.[4] Seu nome é originado da oposição ao golzão, outra modalidade.[3]

Não existe ainda uma entidade dedicada exclusivamente ao futebol 3 x 3 (o golzinho) à nível mundial como a FIFA, por exemplo, mas em Portugal já acontece, através da Superliga de Futebol 5[5] e Associação Portuguesa MiniFootball,[6] torneios nacionais desta modalidade de futebol.[5]

Por país editar

Brasil editar

No Brasil aconteciam apenas competições isoladas, organizadas por prefeituras[7] ou meios de comunicação, que afirmam organizar torneios de golzinho, cada qual com regras próprias, sempre de forma recreativa e amadora.

Em 2012, o jornal O Globo organizou o primeiro torneio de golzinho na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro.[4]

Em 2015 foi criada em João Pessoa a Confederação Brasileira de Futebol de Travinha, sendo a palavra "travinha" um nome local do golzinho. No entanto, as regras da CBFT divergem em muito do golzinho popular, ao prever uma quadra de 42m de comprimento por 30m e cinco jogadores por time, ao invés de 3. São mantidas, no entanto, as características essenciais, tais como a ausência de goleiro e o gol de tamanho reduzido.[8]

Regras editar

As regras de jogo.[9] na pratica do golzinho podem variar de acordo com cada competição[10] e até região, mas algumas regras são quase universais. Em competições de maior estrutura, as regras costumam divergir do golzinho praticado na rua.[11][12]

O tempo de jogo pode variar entre dois tempos de 7, a dois tempos de 20 minutos.[8]

O número de jogadores por equipe pode variar de dois até cinco[8], sendo o número de 3 mais usual.[4]

A regra mais universal de todas é a de que não há goleiro.[8] Geralmente há limitações de tempo de permanência dentro da pequena área.

Pode haver também limite de faltas por equipe, com a falta que exceder esse limite implicando um pênalti, que é cobrado da linha central que divide o campo. Como no golzinho não há goleiro, o pênalti é cobrado no formato de tiro livre, sem defensor.

Ligas editar

Referências

  1. a b c Nato Azevedo, para o Overmundo (20 de setembro de 2007). «Quem inventou o "Golzinho"?». Consultado em 20 de dezembro de 2010 
  2. João Paulo Garschagen, para o Globo Esporte (28 de maio de 2010). «Em vez do 'golzinho', sul-africanos jogam o 'tijolinho' em Joanesburgo». Consultado em 20 de dezembro de 2010 
  3. a b Alexsander Batista e Silva / Eguimar Felício Chaveiro. «Jogo de bola: uma análise socioespacial dos territórios dos peladeiros». Consultado em 25 de maio de 2012 
  4. a b c d e f «Campeonatos de Golzinho». Consultado em 22 de maio de 2012 
  5. a b «SODIDOF VENCEM I EDIÇÃO DO TORNEIO 3X3 EM LISBOA!». Consultado em 25 de maio de 2016 
  6. «SODIDOF VENCEM I EDIÇÃO DO TORNEIO 3X3 EM LISBOA!». Consultado em 25 de maio de 2016 
  7. «Torneio de Golzinho em Rio Verde». Consultado em 23 de maio de 2012 [ligação inativa]
  8. a b c d Rafael Luis Azevedo (18 de maio de 2017). «Já existe uma Confederação Brasileira de Futebol de Travinha. Sim, é vero!». Consultado em 4 de janeiro de 2020. Cópia arquivada em 4 de janeiro de 2020 
  9. «Regras do Golzinho». Consultado em 28 de maio de 2015 
  10. «Golzinho 3x3». Consultado em 28 de maio de 2015. Arquivado do original em 29 de maio de 2015 
  11. «Campeonato de Golzinho». Consultado em 28 de maio de 2015 
  12. «Campeonato de Golzinho Rider». Consultado em 28 de maio de 2015. Arquivado do original em 29 de maio de 2015 
  13. «Associação Portuguesa MiniFootball». Consultado em 24 de maio de 2016 
  14. «Circuito Nacional de Futebol 3x3». Consultado em 25 de maio de 2016 
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