Graciano dos Santos Neves

político brasileiro

Graciano dos Santos Neves (São Mateus, 12 de junho de 186821 de abril de 1922) foi um médico e político brasileiro.[1]

Graciano dos Santos Neves
Governador do  Espírito Santo
Período 23 de maio de 1896 até
23 de setembro de 1897
Antecessor(a) José de Melo Carvalho Muniz Freire
Sucessor(a) Constante Sudré
8º Vice-governador do Espírito Santo  Espírito Santo
Período 3 de maio de 1892 até
23 de maio de 1896
Deputado federal pelo  Espírito Santo
Período 1906 até 1909
Dados pessoais
Nascimento 12 de junho de 1868
São Mateus
Morte 21 de abril de 1922 (53 anos)
Rio de Janeiro
Progenitores Mãe: Constância Gomes da Cunha Santos Neves
Pai: Graciano dos Santos Neves
Alma mater Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro
Cônjuge Áurea Santos Neves
Profissão médico

Biografia editar

Fez os estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, porém não concluiu o curso de engenheiro, transferindo-se para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, na qual se formou em 30 de dezembro de 1889.[1]

Em 8 de dezembro de 1891 ocorreu uma intervenção no governo do estado do Espírito Santo pelo Partido Republicano Construtor, devida à renúncia do governador Alfeu Adolfo Monjardim de Andrade e Almeida, em protesto contra o golpe de estado de 23 de novembro de 1891, resultando na renúncia do presidente Deodoro da Fonseca em favor do vice-presidente Floriano Peixoto. Graciano dos Santos Neves, o coronel Inácio Henrique de Gouveia e Galdino Teixeira de Barros Loreto foram indicados pelo Partido Republicano Construtor para assumir o governo provisoriamente, até as eleições de um novo presidente, que viria a ser José de Melo Carvalho Muniz Freire, em 3 de maio de 1892. Com a posse desse, tornou-se vice-presidente do estado, ainda em 1892.[1]

Quatro anos depois, em 23 de maio de 1896, assumiu novamente a presidência do estado, agora mediante eleição direta.[2] Renunciou porém ao cargo em 23 de setembro de 1897, desapontado com os rumos da política.[1]

Voltou à política em 1906, quando foi eleito deputado federal na chapa liderada por José de Melo Carvalho Muniz Freire, seu antigo aliado. Não foi reeleito para o cargo, em 1909, ao concorrer como candidato independente da chapa oficial, do Partido Republicano Espírito-Santense (PRES), que substituiu o PRC, que foi extinto.[1]

Graciano permaneceu no Rio de Janeiro, onde foi técnico do Jardim Botânico, tendo ocupado sua direção interinamente. Por concurso de 1913 ocupou o cargo de professor da Escola Superior de Agricultura, lecionando as disciplinas de botânica, morfologia e fisiologia vegetal. E faleceu naquela cidade a 21 de abril de 1922.[1]

Escreveu um livro com o título A Doutrina do Engrossamento, versando ironicamente sobre a bajulação entre políticos, com o único propósito da auto-promoção, e quanto isto o desapontou, baseado em sua experiência como interventor e presidente do Espírito Santo.[3]


Precedido por
Alfeu Adolfo Monjardim de Andrade e Almeida
Junta governativa capixaba de 1891
1891 — 1892
Sucedido por
José de Melo Carvalho Muniz Freire
Precedido por
José de Melo Carvalho Muniz Freire
Governador do Espírito Santo
1896 — 1897 [4]
Sucedido por
Constante Gomes Sodré

Referências

  1. a b c d e f Nara Saletto e Fernando Achiamé NEVES,Graciano dos Santos , Verbetes Cpdoc FGV
  2. Pequeno dicionário informativo do Estado do Espírito Santo. [S.l.]: p. 19. 1959 
  3. Huapaya, Raoni Schimitt (24 de junho de 2016). «Doutrina do engrossamento de Graciano Neves:». organização, estudo introdutório e notas para um livro eletrônico. Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Ciências Humanas e Naturais. 
  4. «Presidentes de Estado do Espírito Santo». Portal do Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 9 de agosto de 2019