Guerrinha

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Jorge Guerra, mais conhecido como Guerrinha (Franca, 21 de junho de 1959) é um ex-jogador e atual treinador brasileiro de basquetebol.[1]

Guerrinha
Informações pessoais
Nome completo Jorge Guerra
Data de nasc. 21 de junho de 1959 (64 anos)
Local de nasc. Franca, (SP), Brasil
Apelido Guerrinha
Informações profissionais
Clube atual Bauru
Times que treinou
Anos Clubes Jogos (V - D)
1997–1998
1998–2003
2003–2004
2005–2007
2007–2015
2016–2021
2021–
COC/Ribeirão Preto (SP)
Bauru (SP)
Automóvel Clube (RJ)
Rio Claro (SP)
Bauru (SP)
Mogi das Cruzes (SP)
Bauru (SP)

Carreira editar

Clubes

Guerrinha começou a jogar basquete aos 10 anos no Franca Basquete, à época chamado Clube dos Bagres. Após se federar, defendeu o Yara Clube, de Franca, na categoria infantil e o Clube Recreativo, de Orlândia, no infanto. Retornou ao Franca Basquete, para jogar no adulto do então Amazonas Franca em 1975. A passagem no Franca durou até o ano de 1991. Atuou também em clubes como Monte Líbano (SP), Dharma/Yara/Franca (SP) e COC/Ribeirão Preto (SP), onde encerrou a carreira no ano de 1997.[2]

Pelo time da Capital do Basquete foram quatro Sul-Americanos (1977, 1980, 1990 e 1991), quatro Campeonatos Brasileiros (1980, 1981, 1990 e 1991), cinco Paulistas (1975, 1976, 1977, 1988 e 1990) e três Campeonatos do Interior (1975, 1976 e 1977). Também foi vice-campeão do Mundial Interclubes (1980), cinco vezes vice-campeão brasileiro (1979, 1981, 1982, 1986 e 1988-89) e quatro vezes vice-campeão paulista (1978, 1979, 1980 e 1991).[3]

Seleção Brasileira

Era integrante da equipe titular da Seleção Brasileira de Basquetebol Masculino que conquistou o título pan-americano de 1987, disputado na cidade de Indianápolis, nos Estados Unidos. No jogo final, a equipe enfrentou o time anfitrião e os venceu por 120 a 115. Foi a primeira vez que a seleção norte-americana masculina de basquete perdeu um jogo como anfitrião,[4] e a primeira vez que foi derrotada em um jogo final,[5] além de ter sido a primeira vez que um adversário fez mais de cem pontos diante de seus torcedores.[6] Na ocasião, o Brasil levou o ouro após uma virada épica sobre os Estados Unidos, após estar perdendo no intervalo por 14 pontos. Além disso, o Brasil quebrou uma invencibilidade de 34 partidas oficiais do time norte-americano de basquete.[3]

"Foi uma emoção muito grande. Uma conquista assim marca uma geração, marca um jogador. Era um grupo de atletas que começou a se formar em 1983 e foi até 1992. Foram 10 temporadas juntos, disputando Olimpíadas e Mundiais. Era um grupo coeso, tinha aquela paixão de jogar pela Seleção, tinha qualidade em nível internacional. Era uma época mais romântica. Hoje é muito profissional, então são coisas que a gente guarda, lembra, vai curtir ainda por muitos anos", contou Guerrinha em uma entrevista à Rádio Poliesportiva.[3]

Além disso, já havia sido vice-campeão Pan-Americano em 1983 com a Seleção. Também faturou um Pré-Olímpico das Américas (1988) e dois Sul-Americanos (1985 e 1989).[3]

Técnico

A carreira de técnico de Guerrinha começou em 1997, no COC/Ribeirão Preto (SP), time pelo qual foi um dos principais responsáveis por fundar no final de 1996. Já no primeiro ano como treinador, levou a equipe ao vice-campeonato do Paulista de 1997[7] e do Nacional de 1998. No segundo semenstre de 1998, se transferiu para o Bauru (SP), onde teve grande sucesso. O primeiro feito foi levar o esquadrão bauruense à sua primeira participação em uma competição brasileira: o Campeonato Nacional de 1999. Mais tarde naquele mesmo ano, foi vice-campeão do Sul-Americano de Clubes e campeão paulista, seu primeiro título na carreira. Em 2000, ficou em segundo lugar com o Bauru no Campeonato Paulista. Porém, em 2002, conquistou o Nacional de 2002 com o time bauruense. Em meados de 2003, a primeira passagem de Guerrinha pelo Bauru se encerrou, após a equipe pedir licença das principais competições da temporada 2003-04.[8]

Depois de deixar o Bauru foi contratado pelo ACF/Campos (RJ), onde foi campeão carioca em 2003 e vice em 2004. Após a equipe fluminense declinar a participação no Campeonato Nacional do ano seguinte, foi contratado pelo Rio Claro Basquete (SP) que estava retornando às atividades, no primeiro semestre de 2005. Ficou no projeto rioclarense até o final da temporada 2006-2007. Com a negativa do Rio Claro em participar do Paulista de 2007, deixou a agremiação da Cidade Azul e voltou à cidade de Bauru no segundo semestre do ano de 2007 e foi o principal responsável por refundar a equipe bauruense juntamente com antigos dirigentes. Neste recomeço do Dragão, Guerrinha acumulou funções além das de treinador, atuando também como diretor e assessor de imprensa. A segunda passagem durou oito anos e foi recheada de títulos: Campeonato Paulista de 2013 e 2014, Liga Sul-Americana de 2014, Liga das Américas de 2015, além dos vices no NBB 14-15 e na Copa Intercontinental de 2015.[8] Depois de dirigir o Bauru nos amistosos que o time realizou na NBA, o segundo período de Jorge Guerra no comando do time se encerrou em outubro de 2015. Em 10 de junho de 2016, foi apresentado como o novo técnico do Mogi das Cruzes. Pela equipe mogiana, conquistou o Campeonato Paulista de 2016 e a Liga Sul-Americana de 2016. Na temporada 2017/2018, foi vice-campeão do NBB e da Liga das Américas de 2018. Em junho de 2021, foi contratado pelo Bauru, indo assim para a terceira passagem pelo time bauruense. Em dezembro de 2022 conquistou mais um título no comando do Bauru Basket, a Liga Sulamericana de 2022.

Títulos como jogador editar

Franca editar

Seleção Brasileira editar

Títulos como técnico editar

Bauru editar

Automóvel Clube/Campos editar

Mogi das Cruzes editar

Referências

  1. CBB (13 de julho de 2007). «Perfil de Guerrinha no CBB». Consultado em 2 de fevereiro de 2015 
  2. Terceiro Tempo. «Guerrinha, ex-jogador e atualmente treinador de basquete». Consultado em 2 de fevereiro de 2015 
  3. a b c d Filardi, Eric (15 de maio de 2020). «Top 5 maiores armadores do basquete brasileiro». Rádio Poliesportiva. Consultado em 24 de setembro de 2020 
  4. esportes.terra.com.br/ Indianápolis 1987
  5. estadao.com.br/ Basquete comemora os 20 anos da conquista do Pan de 1987
  6. rio2011.mil.br/[ligação inativa] Basquete: confira a histórica vitória do Brasil sobre os EUA em 1987
  7. «Acervo Digital - Folha de S.Paulo». Acervo Digital - Folha de S.Paulo. Consultado em 21 de junho de 2021 
  8. a b «Fábio Balassiano - Personagens do Basquete Brasileiro: Guerrinha». balanacesta.blogosfera.uol.com.br. Consultado em 21 de junho de 2021 

Ligações externas editar

Túnel do Tempo: há 27 anos, Brasil vence os Estados Unidos na final masculina de basquete