João Paulo de Albuquerque Maranhão, ou simplesmente Paulo Maranhão, (Belém, 11 de abril de 1872Belém, 19 de abril de 1966) foi um jornalista, professor, empresário e político brasileiro, outrora deputado federal pelo Pará.[1][2][3]

Paulo Maranhão

Paulo Maranhão
Deputado federal pelo Pará
Período 1924-1930
1951-1955
Dados pessoais
Nascimento 11 de abril de 1872
Belém, PA
Morte 19 de abril de 1966 (94 anos)
Belém, PA
Alma mater Liceu Paraense
Partido PSP (1947–1958)
Profissão jornalista, professor, empresário

Dados biográficos

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Filho de Manuel de Albuquerque Maranhão e Luísa Francisca de Albuquerque Maranhão. Começou a trabalhar na sua época de estudante como aprendiz de torneiro mecânico e serralheiro antes de seu primeiro contato com a imprensa nas oficinas do Diário de Belém, onde foi colaborador. Marinheiro nas embarcações que singravam rumo ao estado do Amazonas, foi jornalista no Diário do Grão-Pará e em A República, chegando a dirigir este último. Nomeado professor do ensino primário sob concurso público em 1892, lecionou nos municípios de Marapanim e Viseu.[1]

Em 1896 ingressou na Folha do Norte, jornal onde permaneceria até o fim da vida. Professor de literatura do Instituto de Educação do Pará, foi secretário de Educação no segundo governo Lauro Sodré.[nota 1] e diretor da Recebedoria de Rendas no governo Antônio Emiliano de Sousa Castro. Nesse ínterim elegeu-se senador estadual[4][5][nota 2] e comprou a Folha do Norte em 1919.[1] Durante a República Velha elegeu-se deputado federal em 1924, 1927 e 1930, mas teve o mandato extinto pela Revolução de 1930.[2][6] Nos anos seguintes chegou a ser preso durante as duas passagens de Magalhães Barata como interventor no Pará.[1]

O retorno de Paulo Maranhão para a política aconteceu após o Estado Novo como candidato a senador via PSP em 1947, mas foi derrotado por Augusto Meira. Eleito deputado federal em 1950, perdeu outra disputa para senador em 1954 e outra para deputado federal em 1958.[3] Embora afastado do meio político nos anos seguintes, posicionou-se a favor do Regime Militar de 1964 enquanto mantinha sua atividade jornalística.

Notas

  1. Lauro Sodré governou o Pará entre 24 de junho de 1891 e 1º de fevereiro de 1897, retornando ao cargo entre 1º de fevereiro de 1917 e 1º de fevereiro de 1921.
  2. O Senado Estadual foi uma casa legislativa de duração efêmera cuja existência está implicitamente prevista no decreto publicado após a Proclamação da República. Ao todo, dez estados brasileiros instituíram essa figura jurídico-política durante a República Velhaː Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo .

Referências

  1. a b c d BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Paulo Maranhão no CPDOC». Consultado em 22 de outubro de 2021 
  2. a b BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Paulo Maranhão». Consultado em 22 de outubro de 2021 
  3. a b BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 22 de outubro de 2021 
  4. BRASIL. Presidência da República. «Decreto n.º 1 de 15/11/1889». Consultado em 22 de outubro de 2021 
  5. BRASIL. Presidência da República. «Constituição de 1891». Consultado em 22 de outubro de 2021 
  6. BRASIL. Senado Federal. «Decreto n.º 19.398 de 11/11/1930». Consultado em 22 de outubro de 2021