Kuarup (gravadora)

A Kuarup, anteriormente Kuarup Discos, é uma gravadora e produtora cultural carioca independente, fundada em 1977 pelo produtor musical Mario de Aratanha e pelo instrumentista Airton Lima Barbosa.

Kuarup
Fundação 1977
Fundador(es) Mario de Aratanha
Airton Lima Barbosa
Distribuidor(es) Sony Music Brasil
País de origem Brasil
Página oficial https://www.kuarup.com.br/

A Kuarup é uma das principais produtoras culturais independentes do Brasil. Acumulou diversas premiações, incluindo dois Grammy Awards. Atua como gravadora, editora, produtora de audiovisual e de eventos. Também é prestadora de serviços no segmento cultural, com atuação na promoção de artistas e atividades culturais, assessoria de imprensa, gestão e estratégia em redes sociais, gravação, mixagem, masterização e pós-produção.[1]

História editar

Foi fundada no Rio de Janeiro em 1977 pelo produtor Mario de Aratanha e pelo fagotista Airton Barbosa, do Quinteto Villa-Lobos. Logo em seguida teve a adesão da socióloga e artista plástica francesa Janine Houard, que assina algumas produções e as capas do catálogo da Kuarup.[1]

Nos primeiros 10 anos a Kuarup trabalhou com choros e a obra de Heitor Villa-Lobos. Aos poucos foi ampliando o leque para a música nordestina, a cantoria, a música caipira. A ideia era valorizar a cultura brasileira de raiz, ouvida tanto nos bailes de forró quanto nas salas de concerto.[2]

Parte de seu catálogo de obras vinha sendo motivo de disputas judiciais desde 1996, quando o violonista Turíbio Santos iniciou uma ação na qual pedia a proibição da comercialização de seus discos, tendo recebido cinco anos depois as fitas masters de 10 de seus álbuns. Em 2006 reduziu suas atividades e permaneceu praticamente inativa nos anos seguintes. Em 2009 despediu-se do mercado.[2] Seu acervo composto de 200 títulos, entre eles álbuns célebres de artistas como Elomar, Xangai, Renato Teixeira, Pena Branca & Xavantinho, Henrique Cazes, Paulo Moura e Arthur Moreira Lima, além da maior coleção de discos gravados com a obra de Villa-Lobos fica sem pouso certo. O cerrar das portas da gravadora foi anunciado por seu idealizador, Mário de Aratanha (que tocava o negócio com a socióloga francesa Janine Houard), sem alarde.[3]

Foi reativada em 2011 com nova direção e uma parceria de distribuição com a Sony Music. O catálogo foi relançado e no primeiro lote foram nove relançamentos, entre eles o premiado clássico "Ao vivo em Tatuí", de Renato Teixeira e Pena Branco & Xavantinho.[4]

Ver também editar

Referências

  1. a b «Quem Somos – Kuarup». Consultado em 8 de junho de 2021 
  2. a b (15 de junho de 2011). «Fora do mercado há 5 anos, catálogo da Kuarup volta às prateleiras». Acervo. Consultado em 8 de junho de 2021 
  3. Brasil, Jornal do (2 de maio de 2021). «Gravadora Kuarup anuncia seu fim e é obra de artistas é ameaçada». Acervo. Consultado em 8 de junho de 2021 
  4. Zupo, Daniella (13 de julho de 2011). «Kuarup está de volta e relança seu catálogo». Viamundo. Consultado em 8 de junho de 2021 
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