Lonchorhina é um gênero de morcegos da família Phyllostomidae, subfamília Lonchorhininae. São facilmente identificados pela folha nasal muito grande, as maiores entre os morcegos. As espécies do gênero podem ser encontradas no México, América Central, e América do Sul, atingindo seu limite austral no Brasil.[1]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaLonchorhina

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Chiroptera
Família: Phyllostomidae
Subfamília: Lonchorhininae
Género: Lonchorhina
(Tomes, 1863)
Espécies
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Taxonomia e Sistemática editar

O gênero Lonchorhina era tradicionalmente classificado na subfamília Phyllostominae, porém estudos filogenéticos revelaram que a subfamília, como tradicionalmente concebida, era polifilética, e um clado contendo o gênero Lonchorhina era recuperado em algumas filogenias como grupo-irmão de outro clado contendo as demais subfamílias de Phyllostomidae, exceto Macrotinae, Micronycterinae e Desmodontinae.[2] Por esse motivo optou-se utilizar uma subfamília monotípica Lonchorhininae para o gênero.

Atualmente são reconhecidas seis espécies no gênero, uma delas descrita em 2016 para a Colômbia, Lonchorhina mankomara, que é a espécie de morcego com a maior folha nasal conhecida.

Espécies editar

Distribuição geográfica e habitat editar

O gênero ocorre no sul do México (Oaxaca e Veracruz), na América Central, na Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica e Panamá, na América do Sul, na Colômbia, Venezuela, Guianas, Suriname, Trinidad e Tobago, Equador, Peru, Bolívia e Brasil. O registro mais ao sul conhecido para o gênero é da espécie Lonchorhina aurita, capturada no Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, em Iporanga, São Paulo.[1]

Descrição editar

São morcegos de tamanho médio (comprimento do antebraço entre 41 e 60 mm), com folha nasal muito desenvolvida, orelhas relativamente grandes e cauda comprida que atinge a extremidade do uropatágio.[1] A fórmula dentária das espécies do gênero é I 2/2 C 1/1 P 2/3 M 3/3 =34.

Ecologia editar

Pouco se conhece sobre a dieta das espécies de Lonchorhina, mas pela sua dentição sugere-se que a espécie seja insetívora.

Espécies de Lonchorhina geralmente estão associadas a cavernas ou afloramentos rochosos. Apesar de rara ao longo de sua distribuição, em áreas de cavernas as espécies do gênero podem ocorrer em altas densidades e ser localmente abundantes.[3] Trajano constatou, estudando L. aurita em São Paulo, que os animais saíam das cavernas somente após escuridão total.[3]

 
Uropatágio de Lonchorhina.

Referências

  1. a b c Gardner, Alfred L. Mammals of South America, Volume 1 (em inglês). [S.l.: s.n.] doi:10.7208/chicago/9780226282428.001.0001 
  2. Baker, Robert J.; Solari, Sergio; Cirranello, Andrea; Simmons, Nancy B. (1 de junho de 2016). «Higher Level Classification of Phyllostomid Bats with a Summary of DNA Synapomorphies». Acta Chiropterologica. 18 (1): 1–38. ISSN 1508-1109. doi:10.3161/15081109ACC2016.18.1.001 
  3. a b Trajano, Eleonora. «Ecologia de populações de morcegos cavernícolas em uma região cárstica do sudeste do Brasil». Revista Brasileira de Zoologia. 2 (5): 255–320. ISSN 0101-8175. doi:10.1590/S0101-81751984000100001 
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