Martha Mödl (Nuremberg, 22 de março de 1912Stuttgart, 17 de dezembro de 2001) foi uma soprano alemã, se tornando posteriormente uma mezzo-soprano. Era especialista em papéis dramáticos, mais notavelmente em papéis wagnerianos como: Isolde, Kundry, e Brünnhilde.

Martha Mödl
Nascimento 22 de março de 1912
Nuremberga
Morte 17 de dezembro de 2001 (89 anos)
Estugarda
Sepultamento Ostfriedhof
Cidadania Alemanha
Ocupação cantora de ópera, autobiógrafo
Prêmios
Instrumento voz
Causa da morte doença

Martha Mödl nasceu em Nuremberg,[1] começou a estudar canto com vinte e oito anos no Conservatório da sua cidade natal. Quando Wieland Wagner a conheceu, fez dela uma das cantoras do grupo de cantores da "Nova Bayreuth". Durante a década de 1960 sofreu dificuldades vocais e acabou por cantar o repertório das mezzo-sopranos, como por exemplo Klytemnestra em Elektra, mesmo assim ela manteve seu dramático intenso.

Começo de carreira editar

Como era uma cantora de qualidades vocais exepicionais ela começou a ter seu nome rapidamente famoso quando começou a cantar papeis de Richard Wagner. Em 1951, quando Walter Legge e Furtwangler estavam montando o famoso Tristão e Isolda com Kirsten Flagstad pensaram rápidamente que ela seria uma Branja interessante, mas por que Modl iria cantar o papel de Isolda em 1952 com Karajan ela formalmente recusou, sendo substituida por Blanche Thebom, protegida de Flagstad.

Anos 50 editar

O ápice e a queda de sua carreira foi nos anos 50, quando ela e Astrid Varnay tomaram conta dos papéis de Wagner. Mödl foi literalmente uma soprano que dominou o período entre Flagstad e Birgit Nilsson sendo sempre lembrada por sua interpretação Magistral do papel de Kundry em Parsifal tendo o cantando de 1951 a 1959 em Bayreuth e sendo considerada como referencial no papel somente comparavel a Christa Ludwig e Waltraud Meier. A alemã tem o seu melhor registro do papel quando o gravou em 1951 com Wolfgang Windgassen e em 1953 quando gravou com Ramón Vinay e a incrível regência de Clemens Krauss.

Brunnhilde editar

Furtwangler foi convidado em 1953 para fazer um Der Ring des Nibelungen em Roma com a RAI, sendo Flagstad já idosa para o papel que apresentara em 1950 com o mesmo regente no alla Scalla de milão, Furtwangler chamou Modl para Brunnhilde. Ela literalmente mostrou-se como um Brunnhilde sem muita tecnica (tanto que "detonou" sua voz) mas com uma interpretação completa e encarando o papel de forma que conquistou o local com uma das cinco maiores Brunnhildes da história ao lado de Astrid Varnay, Birgit Nilsson, Kirsten Flagstad e Hildegard Behrens. Gravou novamente o pepel em 1955 mas somente em Gotterdammerung ao lado do regente Joseph Keilberth. Sua Brunnhilde tem somente um registro em estúdio e somente de Die Walküre ao lado de Furtwangler e a magnifica e jovial Sieglinde de Leonie Rysanek.

Beethoven editar

Ela gravou um dos maiores Fidelio da história ao lado de Furtwangler junto a Sena Jurinac. E neste Fidelio muitos dizem que só foi superado pela interpretação de Otto Klemperer.

Kundry editar

O papel que sustentou por mais tempo foi Kundry e que realmente entrou para história com ela, pois sua voz perderia o brilho que antes teve. Kundry foi um feito, mesmo que ela tenha tirado do papel parte da sensualidade que conseguiu dar ao drama humano intenso e sua voz coube muito bem ao papel pois seus graves eram fartos e muito naturais.

 
Sepultura Martha Mödl; Munique, Ostfriedhof

Queda editar

Ela teve sua voz acabada em 1955 para maioria dos papeis de soprano e em 1959 até sua Kundry estava em decineo tendo de dedicar-se a papeis de mezzo. Modl deu um show como a ama em A Mulher sem Sombra (1918) de Richard Strauss, e depois deu um outra interessante visão de Klytämnestra, mãe de Elektra, em Elektra do mesmo compositor. Ainda cantou alguns papeis de Tchaikovsky, mas com sua voz totalmente fragilizada., e The Queen of Spades em Nice (1989)[2]

Sepultada no Ostfriedhof em Munique.

Discografia selecionada editar

Referências

  1. Blyth A. Martha Mödl - obituary. Opera (magazine), March 2002, p311-313.
  2. Report from Nice, in Opera (magazine), March 1990, p291.

Bibliografia editar

Ligações externas editar